A Voyager Resources divulgou hoje (27) a aquisição do projeto de cobre Salobo Sul, uma área de 3.066 hectares próxima às minas da Vale Salobo 1 e Salobo 2, em Carajás (PA). A mineradora afirmou também que vai propor aos acionistas uma mudança de nome, passando a se chamar Carajás Copper Company.
As informações foram divulgadas menos de uma semana após a Voyager anunciar que está desistindo de seus projetos de cobre e ouro na Mongólia para priorizar seus ativos no Brasil.
De acordo com a mineradora, Salobo está entre os maiores projetos de cobre em desenvolvimento do mundo. Em novembro de 2012, a Vale divulgou que o projeto tinha uma capacidade nominal de 100 mil toneladas de concentrado de cobre por ano, com potencial para aumentar essa capacidade para 200 mil toneladas anuais.
Salobo engloba cerca de 1,1 bilhão de toneladas de reservas provadas e prováveis, com teor médio de 0,69% de cobre e 0,43 g/t de ouro.
Programas de exploração em Salobo Sul, realizados anteriormente pela Xstrata, incluindo um levantamento aeromagnético, apontaram fortes recursos magnéticos na parte norte do projeto. Segundo a Voyager, estas anomalias são de natureza similar às anomalias magnéticas das minas da Vale.
De acordo com a Voyager, as características magnéticas das partes Norte e Sul de Salobo, em conjunto com alguns ajustes estruturais, indicam que o projeto Salobo Sul é um dos alvos, ainda não explorados e sondados, com maior potencial em toda a província de Carajás.
A mineradora afirmou que planeja iniciar um programa de exploração, para confirmar o potencial do projeto, ainda neste trimestre.
A aquisição pela Voyager prevê o pagamento de R$ 350 mil, referentes a assinatura e transferência de título, e a emissão de até 600 milhões de ações da Voyager, em três parcelas iguais de 200 milhões de ações ao longo dos próximos 10 meses. A emissão está sujeita à aprovação dos acionistas.
A Voyager possui, além do projeto de cobre Salobo Sul, participação em outros 22 projetos dentro da província de Carajás, cobrindo uma área de mais de 1.172 quilômetros quadrados. De acordo com a mineradora, isso faz da empresa uma das maiores proprietárias da região, junto com a Vale, Codelco e Avanco Resources.
Segundo a Voyager, uma revisão dos ativos da empresa, a fim de selecionar novos alvos para sondagem e testes geoquímicos, terá início ainda neste trimestre. A companhia informou que considera uma série de opções de financiamento para avançar seu plano de negócios e pretende divulgar um novo comunicado ao mercado nas próximas semanas.
O principal ativo da empresa no Brasil está ligado ao processo 850.578/2005, que trata de áreas em Canaã dos Carajás e Curionópolis, no Pará. Na semana passada, a empresa protocolizou novos documentos para avançar na autorização de pesquisa. Leia mais em zedudu 27/08/2014
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