04 agosto 2014

Portugal fará resgate de 4,9 bi de euros de Banco Espírito Santo

Portugal irá gastar 4,9 bilhões de euros (6,58 bilhões de dólares) para resgatar seu maior banco listado, testando a resiliência da zona do euro a outra crise bancária apenas meses após Lisboa sair de um resgate internacional.

O resgate do Banco Espírito Santo (BES), que foi revelado após um fim de semana de discussões entre autoridades de Portugal e da União Europeia, vem após semanas de notícias ruins sobre o estado financeiro do banco, particularmente sua exposição a uma série de companhias lideradas pela família fundadora Espírito Santo.

Com o plano, o BES será dividido em um "banco bom", renomeado como Novo Banco, e um "banco ruim", que ficará com a exposição do BES ao problemático império de negócios Espírito Santo, assim como sua subsidiária angolana.

As perdas do banco ruim serão de responsabilidade dos detentores juniores de títulos de dívida e acionistas, incluindo a família Espírito Santo, que tem uma fatia de 20 por cento, e o banco francês Crédit Agricole, com fatia de 14,6 por cento.

O Novo Banco será recapitalizado em 4,9 bilhões de euros por um fundo de resolução bancária especial criado em 2012. O governo português emprestará 4,4 bilhões de euros ao fundo. Todos os depositantes do BES serão protegidos, assim como os detentores sênior de bônus do BES.

O banco central de Portugal, que há apenas alguns dias disse que o BES poderia ser recapitalizado por investidores privados, afirmou que o plano não envolveria custos aos cofres públicos porque o empréstimo será temporário.

O Banco de Portugal espera que o governo seja reembolsado quando o Novo Banco for eventualmente vendido a investidores privados.

"O plano não carrega risco para as finanças públicas ou contribuintes", disse o presidente do Banco de Portugal, Carlos Costa, a jornalistas em Lisboa. Por Sergio Goncalves Reuters | Leia mais em uol 04/08/2014

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