A Braskem afirmou nesta manhã que não concorda com a recomendação da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de impugnação da compra de ativos da Solvay Indupa. Em nota, a petroquímica brasileira informa que a Superintendência impugnou a operação por entender que esta teria potencial anticompetitivo. "A Braskem discorda dessa conclusão e irá apresentar sua manifestação no prazo de 30 dias para obter a aprovação da operação pelo plenário do Cade", diz na nota. A Braskem afirma seguir confiante de que a aquisição da Solvay Indupa será aprovada pelo Cade.
A empresa ainda destaca que, como previsto em lei, o parecer da Superintendência não tem força de decisão, constituindo a primeira etapa do processo de análise da operação, que agora será apreciada pelo plenário do Cade.
"A Braskem entende que o mercado relevante de PVC e soda cáustica é internacional, em linha com a jurisprudência consolidada do Cade para as resinas termoplásticas. De fato, os preços praticados no mercado brasileiro seguem a dinâmica de preços do mercado internacional, sendo a Braskem uma tomadora de preços ("price taker") e não uma formadora de preços ("price maker"). Além disso, com a aquisição da Solvay Indupa, a participação da Braskem em PVC e soda cáustica no mercado internacional será de 2% e 1%, respectivamente, o que não representa uma ameaça à competição", argumenta a empresa.
A recomendação pela impugnação do negócio consta de despacho publicado hoje no Diário Oficial da União. A operação, anunciada em dezembro do ano passado, prevê a aquisição de 70,59% do capital social da Solvay Indupa Argentina pela Braskem. O negócio está avaliado em US$ 290 milhões. Por LUCI RIBEIRO, estadao | leia mais em estadao.msn 24/06/2014
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