Segundo fontes, companhia francesa negocia a venda da unidade com a suíça depois que a Fresenius abandonou o processo
A Danone está em negociações avançadas para vender o seu negócio de nutrição médica para a Nestlé depois que a Fresenius abandonou o processo, segundo fontes com conhecimento do assunto.
Embora a venda para a Nestlé seja o resultado mais provável, a transação enfrenta obstáculos antitrustes em alguns mercados da Europa Ocidental onde as duas empresas operam, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas porque as deliberações são privadas.
As negociações com a Nestlé ainda podem dar errado e existem possibilidades de a Danone, que tem sede em Paris, acabar decidindo não vender a unidade, disseram as fontes.
Há, ainda, outros ofertantes interessados no negócio de nutrição médica, disse uma das fontes. A Danone, maior fabricante de iogurte do mundo, pode levantar 3 bilhões de euros (US$ 4,1 bilhões) com a venda, disseram as fontes.
“Para a Nestlé, adquirir o negócio de nutrição médica da Danone preencheria todos os requisitos estratégicos -- dependeria do preço para ser um bom negócio ou não”, disse o analista James Edwardes Jones, da RBC Europe, acrescentando que não enxerga uma razão convincente para a Danone vender a unidade.
A Fresenius, que era considerada uma das concorrentes mais fortes pela unidade de nutrição médica, não está mais interessada, disseram as fontes.
O CEO Ulf Mark Schneider disse na semana passada que a empresa não está trabalhando em negociações maiores que 1 bilhão de euros no momento.
Fortimel, Neocate
Representantes da Danone, da Nestlé -- que tem sede em Vevey, Suíça -- e da Fresenius não quiseram comentar.
As vendas da unidade da Danone, que abrange o Fortimel, para conter a desnutrição, e o Neocate, um produto hipoalergênico para crianças, subiram 5,2 por cento no primeiro trimestre, para 328 milhões de euros, em uma base comparável.
A receita da divisão foi de 1,3 bilhão de euros em todo o ano passado, ou 6 por cento do total do grupo.
A unidade obtém 67 por cento de suas vendas na Europa e tem o Reino Unido e a França como seus dois maiores mercados.Manuel Baigorri, Andrew Roberts e Matthew Boyle, da Bloomberg | Leia mais em Exame 12/05/2014
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