A Cowan continua com 20% - e não 25% - dos blocos na Namíbia) Braço da construtora mineira Cowan no setor petrolífero, a Cowan Petróleo e Gás planeja diversificar as áreas de exploração, para diluir o risco do negócio. Segundo o diretor da petroleira, Guilherme Santana, essa estratégia motivou a venda de uma participação em dois blocos que a companhia possui na Namíbia.
A Cowan concluiu em março a transferência de uma fatia de 65% nos blocos 2613A e 2613B para a americana Murphy Oil e a austríaca OMV. A brasileira continuará com 20% das áreas, enquanto a Murphy será a operadora, com 40%, e a OMV terá 25%. A estatal da Namíbia Namcor manterá 15% dos ativos. O valor do negócio não foi revelado.
Santana explicou que a companhia não tem planos de deixar a Namíbia e, inclusive, pretende ampliar sua atuação em outros países da costa oeste da África. Mas a Cowan não avalia adquirir participação em áreas colocadas à venda pela petroleira HRT no país. "Com relação ao nosso portfólio na Namíbia, por enquanto estamos felizes. Já temos uma exposição grande e já diluímos nosso risco", afirmou.
No Brasil, onde a companhia tem participação em 18 blocos, o objetivo agora é obter a licença ambiental e perfurar no mínimo um poço na Bacia do Recôncavo, na Bahia, até o fim do ano.
A Cowan também tem compromisso de perfurar no mínimo oito poços em três blocos na Bacia do Espírito Santo, arrematados em parceria com a Petrobras na 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, em 2013. A ideia é começar a perfurar no início do próximo ano.
Ainda com relação à 11ª Rodada, a petroleira possui três blocos na Bacia de Tucano Sul, na Bahia, também em parceria com a Petrobras. Nessa região, o objetivo é realizar um levantamento sísmico em meados de 2015.
A Cowan espera assinar entre maio e junho os contratos de concessão dos dez blocos conquistados na 12ª Rodada, em parceria com a Petrobras, a franco-belga GDF-Suez e a Ouro Preto Óleo e Gás, petroleira criada por Rodolfo Landim (ex-presidente da BR Distribuidora e da OGX).
Questionado sobre a possibilidade de fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), Santana disse que a empresa está sempre aberta a oportunidades. "Somos mineiros, né? Conversar é sempre bom".
Ex-superintendente da ANP com passagem pela Petra Energia, Santana foi contratado para montar a estratégia do grupo Cowan no setor de petróleo e gás, em meados dos anos 2000, quando a petroleira foi criada.
Com quase 60 anos, a Cowan tem forte atuação em construção pesada. Entre outros investimentos estão as participações no consórcio responsável pelas obras da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro e na Tropical Indústria de Alimentos, que fabrica o suco "Tial".
Fonte: Valor Econômico/Rodrigo Polito | Leia mais em portosenavios 08/04/2014
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