O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou a venda da Uniasselvi no âmbito das discussões que envolvem a fusão entre Anhanguera e Kroton, segundo fontes do setor. A recomendação, no entanto, não foi aceita pelas companhias, que continuam negociando alternativas no órgão antitruste e no Ministério da Educação (MEC), conforme apurou o Valor.
Com foco no ensino a distância, a catarinense Uniasselvi foi comprada pela Kroton por R$ 510 milhões em maio de 2012.
Há projeções de mercado indicando que a venda da Uniasselvi resolveria 93% dos problemas de concorrência encontrados pelo Cade. Mas a opinião não é unânime. Relatório do HSBC destaca que a eventual venda da Uniasselvi ofereceria "alívio muito limitado aos problemas apontados pela SG [Secretária Geral do Cade]."
O ponto sensível da fusão é o ensino a distância. Segundo o Cade, Anhanguera e Kroton juntas detinham cerca de 40% desse segmento em 2012. Outros ativos das companhias na área são Unopar (Kroton) e Uniderp (Anhanguera), mas o mercado considera improvável que elas aceitem se desfazer deles. Para o HSBC, a exigência de venda de uma dessas duas instituições "seria equivalente ao bloqueio total da fusão". O prazo para o Cade dar seu aval termina em junho.Por Beth Koike | VALOR ECONÔMICO Leia mais em linearclipping 10/04/2014
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