Tecnologia avança a status de diferencial competitivo em produtos nas prateleiras e transforma negócios de muitas indústrias. O futuro cada vez mais digital traz impactos sistêmicos na cadeia de TI
Uma expectativa de “mudanças profundas” paira nas previsões das consultorias que cobrem o mercado de tecnologia quanto aos próximos 12 meses. A mensagem básica é: 2014 será um ano que marcará um processo de transformação no modelo de negócios de quem fornece TI.
Os reflexos dessas mudanças de eixos começam a chegar aos canais. A consultoria Canalys aponta que ao longo dos próximos meses as revendas moverão, gradualmente, um modelo de atuação orientado a serviços gerenciados para uma oferta mais direcionada a ambientes híbridos.
“Os clientes olharão para os parceiros em quem confiam para gerenciar suas soluções e serviços cada vez mais complexos”, aponta um relatório da empresa britânica de análise, vislumbrando oportunidades vindas de frentes diversas. “Canais continuarão a vender hardware, mas fatores de decisão, mesmo de infraestrutura, serão mais orientados por software”, vislumbra.
O grande desafio para a maioria das revendas reside em como transformarão seus negócios para capitalizarem novas oportunidades. Recrutamento e retenção de talentos, certamente, figura em um ponto central, juntamente com treinamento de pessoal para suportar uma atuação com mais valor agregado.
“Canais que atuam no modelo tradicional e que não abraçarem novos modelos de negócio terão dificuldades para crescerem, especialmente com o avanço de novos compradores dentro das corporações e quando a compra de recursos tecnológicas se torna um diferenciador competitivo às organizações”, julga a Canalys.
Esse cenário quase apocalíptico é um discurso que ressurge de tempos em tempos. Em novembro, analistas do Gartner apontavam que um período de extrema competição em uma nova indústria de tecnologia da informação começará a se formar a partir desse ano.
As transformações vivenciadas a partir de agora, em grande parte, vinculam-se a mudanças sistêmicas pelas quais passa o mercado, especialmente os conceitos que vêm transformando a forma como ocorrem as interações entre pessoas e empresas.
“Companhias que fizeram sucesso no passado não serão as mesmas que terão sucesso no futuro”, alerta a Forrester, prevendo impactos de tecnologias disruptivas agindo sobre a cadeia tecnológico ao longo dos próximos 12 meses.
“Clientes, competidores e canais se tornam digitais”, comenta Nigel Fenwick, analista que mapeia o lado comprador na consultoria, afirmando que essa década colocará muitas empresas flertando com sua extinção. “Muitos não terão tempo suficiente para se salvarem”, julga.
Setores inteiros vem sendo impactados por tecnologias que transformam modelos de negócios nas mais variadas indústrias, do turismo à comunicação, passando pela locação de automóveis e transporte aéreo.
Uma pesquisa da Forrester aponta que 74% dos executivos entrevistados acredita que sua empresa tem uma estratégia digital, enquanto apenas 15% julgam que suas companhias tem habilidades e capacidades para executar tal plano.
Diferente do que se viu até então, a ideia da digitalização das organizações efetivamente parece deixar o caráter teórico e conceitual. “É preciso pensar a companhia como parte de um ecossistema dinâmico de valor que conecta recursos dentro e fora da organização para criar valor aos clientes”.
O movimento implica na adoção tecnológica, especialmente ferramentas capazes de entregar melhores experiências aos clientes além de garantir mais agilidade e eficiência operacional para que as companhias se mantenham competitivas.
TI no front
As companhias querem levar valor aos seus consumidores finais. Na outra ponta desse corda estão os provedores de TI que podem ajudar seus clientes a endereçar soluções e ajuda-los a direcionar suas estratégias a partir do uso de um arcabouço ferramental de aplicações.
O discurso não é de todo novo. Outras consultorias de mercado já vem, há um bom par de anos, alertando para as transformações trazidas pelas novas tecnologias e novas formas de consumir tecnologia.
Tanto é verdade que a mensagem já foi ouvida – em alguns casos, assimilada – por um grande número de players da indústria de TI que movem suas estratégias e ajustam suas ofertas para estarem preparados para novas demandas de mercado. Leia mais em crn.itweb 11/03/2014
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