A companhia elétrica mineira Cemig anunciou nesta sexta-feira que formou consórcio com a Empresas Públicas de Medellín (EPM) para disputar a privatização da geradora colombiana de energia Isagén.
A Cemig não deu detalhes sobre a participação da companhia no consórcio. Representantes da companhia não estavam disponíveis para comentar o assunto.
A Isagén tem seis usinas de energia, das quais 86,4 por cento são de geração hidráulica e 13,57 por cento de geração térmica. A capacidade instalada total da companhia é de 2.212 megawatts, dos quais 1.912 MW são de fonte hidráulica e 300 MW de fonte térmica.
A participação da companhia na privatização da Isagén pode marcar a primeira incursão relevante da Cemig no exterior. A companhia é a terceira maior geradora de energia do Brasil, com 70 usinas, além de ativos de transmissão e distribuição.
"Esta oportunidade se insere na estratégia de desenvolvimento (...) da Cemig, que busca um crescimento equilibrado, nos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, tanto por via orgânica quanto por via de fusões e aquisições", afirmou a companhia em comunicado.
O governo colombiano, que tem cerca de 57,7 por cento da Isagén, informou no final de fevereiro que retomaria nas próximas semanas o processo de venda de participação majoritária na companhia, uma operação que ronda os 2,5 bilhões de dólares. A empresa chegou a ser colocada à venda entre 2007 e 2010 durante o governo do presidente Álvaro Uribe, mas o processo foi suspenso.
A demora no processo de privatização da empresa tem causado incertezas diante da proximidade de eleições na Colômbia, disse o analista David Ballén, da corretora Alianza Valores, no final de fevereiro.
A incerteza tem atingido o preço das ações da Isagén. O papel fechou nesta sexta-feira cotado a 2.975 pesos ante o valor estabelecido pelo governo para a venda, de 3,178 pesos.
(Por Alberto Alerigi Jr., edição de Anna Flávia Rochas e Luciana Bruno) Reuters Leia mais em Uol 07/03/2014
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