22 março 2014

Bain Capital compra Intermédica por quase R$ 2 bilhões

Fundo fica com 100% das ações da operadora

 A operadora de planos de saúde Intermédica, que faturou R$ 979 milhões em 2012, foi vendida neste sábado para o fundo de private equity Bain Capital por quase R$ 2 bilhões. O Bain, que já controla no Brasil a empresa de call center Atento, fica com 100% das ações da empresa e seu fundador, Paulo Barbanti, deve deixar o cotidiano da companhia.

 A Intermédica foi assessorada no processo pelos bancos de investimento BTG Pactual e Credit Suisse. Do lado do Bain estavam o Morgan Stanley e o Itaú BBA.

 O fundo disputava a compra da operadora com o rival TPG, mas conseguiu apresentar uma oferta melhor na reta final das negociações.

 Nos últimos cinco anos, a empresa contratou ao menos cinco bancos de investimento para tentar encontrar um comprador, mas as negociações sempre esbarraram no preço final.

 Em 2011, Barbanti contratou Glauco Abdala, um dos sócios fundadores da consultoria de gestão Galeazzi Associados, para ser presidente e preparar a Intermédica para uma oferta na bolsa de valores. Meses depois desistiu, retomou o controle da companhia e resolveu vendê-la há cinco meses, como antecipou a coluna Primeiro Lugar, de EXAME. Procurada, a empresa não quis se manifestar. Thiago Bronzatto | Leia mais em exame 22/03/2014

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Intermédica é vendida à Bain Capital 

Após receber inúmeras ofertas nos últimos cinco anos, a Intermédica foi 100% vendida para a gestora americana de private equity Bain Capital por cerca de R$ 2 bilhões, segundo fontes do setor.

 O fundador da Intermédica, o médico Paulo Barbanti, deixa a operadora de planos de saúde, uma das maiores do país com 4 milhões de usuários. Em 2012, a operadora fechou com receita de R$ 1,8 bilhão, um aumento de 6,4%. Já o lucro líquido teve queda de 9%, para R$ 50,6 milhões. Além da Intermédica, o grupo conta com uma seguradora, a Notre Dame, voltada ao público de alta renda, e uma operadora de planos dentais.

 As negociações começaram em agosto do ano passado e três fundos americanos participaram da reta final do processo: o Texas Pacific Group (TPG), o KKR e a Bain Capital, que fechou a transação no sábado. É o segundo investimento da Bain Capital no Brasil. O primeiro foi a empresa de telemarketing Atento.

 O TPG disputou palmo a palmo a operadora de planos de saúde com a Bain Capital. Em 2012, o TPG já havia feito uma proposta com valor semelhante, mas na última hora Barbanti desistiu de vender sua empresa.

 A Intermédica era um dos ativos do setor de saúde mais cobiçados pelo mercado. Além dos fundos, o empresário Edson Bueno, fundador da Amil, também chegou a fazer propostas que foram rejeitadas. Barbanti dizia que não tinha interesse em vender sua operadora para concorrentes e se um dia vendesse seria para um fundo de investimento estrangeiro.

 A Intermédica sempre gerou grande interesse porque é uma empresa sem dívida. Barbanti sempre teve aversão à empréstimos bancários e controlou à rédeas curtas os custos da operadora. Além disso, tem uma ampla rede própria de clínicas e hospitais que ajudam a manter custos. A operadora, fundada em 1968, foi uma das pioneiras em trabalhar com uma rede verticalizada.

 Em 2011, Barbanti chegou a anunciar que planejava abrir o capital da Intermédica, mas poucos meses depois desistiu. Também contratou Glauco Abdalla, sócio da Galeazzi, para reestruturar e modernizar a empresa, mas o executivo permaneceu na casa apenas três a quatro meses.

 O motivo de sua saída e de outros executivos, normalmente contratados por quantias elevadas, foi o estilo centralizador de Barbanti e que para muitos interlocutores do setor de saúde nunca deixaria sua operadora.

 Porém, do ano passado para cá, Barbanti estava menos presente na companhia, tirando férias e viajando para fora do país, atitudes raras do médico, o que para alguns já era uma sinalização de que ele venderia a empresa.

 O setor de fusões e aquisições na área de saúde passou por fases de negociações mais intensas envolvendo grandes companhias líderes desse mercado. Esse é um movimento que reflete a necessidade de as companhias gerarem escala por meio da criação de uma base de usuários maior. Fonte Valor Econômico Por Beth Koike | Leia mais em seguros-se 24/03/2014


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