A Anima, dona de centros universitários em Belo Horizonte e Santos (SP) e sócia da HSM, está em meio a negociações para novas aquisições que são consideradas uma das prioridades do grupo neste ano. A companhia tem R$ 488 milhões para gastar.
A maior parte desse valor foi captada na abertura de capital, realizada em outubro, mas há também geração operacional de caixa. Esses recursos podem ser destinados a aquisições e investimentos em ensino a distância.
"Nós assumimos instituições com marcas fortes ou com potencial para serem reconhecidas nas suas áreas", disse Daniel Castanho, diretor-presidente da Anima, em teleconferência com analistas na sexta-feira. "Após abrirmos capital, estávamos discutindo com algumas instituições de ensino, mas logo depois alguns outros grupos educacionais do Brasil muito bons, com nomes fortes, nos procuraram e iniciamos outras conversas", diz Castanho, acrescentando que apesar das conversas não quer fechar negócios às pressas.
Dona dos centros universitários Uni-BH e Una, em Minas Gerais, e da Unimonte (Santos), a Anima matriculou 16,4 mil calouros no vestibular do início do ano, o que representa um aumento de 12,7% em relação ao processo seletivo de 2013. Com isso, a companhia passa a deter 55,4 mil alunos de cursos presenciais de graduação e pós-graduação. O grupo ainda não atua no setor de ensino a distância.
A Anima também planeja uma expansão na área de cursos técnicos por meio do Pronatec, programa do programa federal que concede bolsas de estudos de 100% para alunos de cursos técnicos e profissionalizantes. O Ministério da Educação (MEC) aprovou 10,2 mil vagas de cursos técnicos para a Anima.
No ano passado, a companhia tocou um projeto piloto do Pronatec com 200 vagas.
No ano passado, a companhia apurou lucro líquido de R$ 384, milhões, um avanço de 44,6% quando comparado a 2012. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 19,3%. Mas a margem deste indicador recuou 2,2 pontos percentuais.
A receita líquida avançou 42,5% para R$ 461,3 milhões devido ao aumento no volume de alunos e também no valor das mensalidades. O tíquete médio dos cursos da Anima durante o ano ficou em R$ 900, reajuste de 9,5% quando comparado a 2012. "Esse crescimento pode ser explicado pelo reajuste da mensalidade pela inflação em 7%; e 2,5% pelo melhor mix dos nossos cursos", informou a companhia em relatório de resultados. (Colaborou Beth Koike | Valor Econômico | Por Marcos de Moura e Souza | De Belo Horizonte Leia mais em linearclippng 24/03/2014
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