Se 2013 foi um ano de desgosto para a maioria dos investidores do mercado de ações brasileiro, o Ano Novo não promete dar grandes alegrias. 2014 começa com as mesmas dúvidas que marcaram o ano que se encerra, como a condução da política monetária americana e a tendência de piora do quadro fiscal brasileiro, acrescida de outras incertezas, entre elas, a eleição presidencial.
"O ano começa com muitas dúvidas e falta de consenso", resume o analista técnico da Clear Corretora, Raphael Figueredo. "Há muito tempo eu não via tanta discrepância de opiniões dos analistas sobre o rumo do Ibovespa", diz o especialista, acostumado a fazer estimativas com base no comportamento dos gráficos. "Boa parte dessa falta de consenso é reflexo da perda de credibilidade do governo."
Tamanha incerteza tem dificultado até a análise gráfica, revela Figueredo, que neste momento prefere apenas traçar dois cenários - um razoável e um ruim - para o rumo da bolsa brasileira, ao invés de "chutar" um número para o índice no fim de 2014. "Não vejo um cenário que seja claramente positivo para a Bovespa no Ano Novo."
No cenário razoável, o analista acredita que a economia mundial seguirá se recuperando, na esteira do crescimento dos Estados Unidos. A aceleração da atividade pode gerar uma sobra de liquidez nos mercados que seria direcionada aos mercados emergentes. "Ações ligadas a commodities e bancos tendem a ser a grandes beneficiadas nesse quadro de recuperação."
Já o cenário ruim considera o agravamento da perda de credibilidade do governo, com câmbio e inflação em alta, e crescimento em baixa. "Podemos caminhar para uma estagflação", alerta.
Na sexta-feira, o Ibovespa subiu apenas 0,09%, para 51.266 pontos. Faltando apenas o pregão de hoje para fechar o ano, a bolsa acumula perda de 15,9% em 2013.
O dólar caiu 0,68% na sexta, a R$ 2,339. Os juros futuros seguiram o câmbio e recuaram. O DI de janeiro de 2017 desceu de 12,40% para 12,32% na BM&F. Téo Takar | Valor Econômico
Fonte: resenhaeletronica 30/12/2013
30 dezembro 2013
Cruzeiro do Sul Educacional contrata bancos para IPO
Depois de Anima e Ser Educacional, o próximo grupo de ensino que deve abrir o capital é o Cruzeiro do Sul. A empresa, que tem a gestora inglesa Actis como acionista, fechou a contratação dos bancos Itaú BBA e BTG Pactual, como coordenadores da operação, Santander e Bradesco, segundo fontes do setor. O Cruzeiro do Sul informou que não comenta rumores de mercado.
Em entrevista concedida ao Valor em maio, o diretor de desenvolvimento do Cruzeiro do Sul, Fábio Figueiredo, informou que a companhia já tinha porte para levantar entre R$ 350 milhões e R$ 450 milhões em uma oferta inicial de ações.
Sua estimativa na época era de que o grupo educacional encerraria o ano com uma receita de cerca de R$ 600 milhões, o que representa um acréscimo de pouco mais de R$ 100 milhões em relação a 2012.
Em paralelo à preparação para entrar na bolsa, a companhia está prospectando novas aquisições para ganhar musculatura. O interesse são as universidades e centros universitários localizados no Sudeste e Nordeste do país. O último negócio foi fechado em maio, com a compra da Universidade de Franca (UniFran), no interior de São Paulo, em uma transação avaliada entre R$ 120 milhões e R$ 150 milhões, segundo fontes do setor.
O grupo também é dono das universidades Cruzeiro do Sul e Unicid, dos centros universitários Módulo e UDF e dos colégios de educação básica Cruzeiro do Sul e Alto Padrão. No segmento de ensino superior, a companhia tem cerca de 75 mil alunos matriculados em campi localizados em São Paulo, Caraguatatuba e Franca (SP), além de Brasília. Na educação básica, há 3 mil alunos.
A companhia aposta no crescimento orgânico expressivo do ensino a distância. No primeiro semestre, o grupo tinha 15 mil matriculados nessa modalidade e a meta é chegar a 60 mil alunos até 2016. A expansão virá, principalmente, da Unifran que em junho obteve autorização do MEC para abrir 9,3 mil vagas em cursos com aulas pela web.
O Cruzeiro do Sul tem como acionistas as famílias Figueiredo e Padovese, fundadores da Universidade Cruzeiro do Sul, com mais de 50% de participação; a gestora inglesa Actis, com uma fatia de cerca de 35%; e as famílias Naddeo e Ludovice, da Unicid e Unifran, respectivamente. Beth Koike | Valor Econômico
Fonte: resenhaeletronica 30/12/2013
Em entrevista concedida ao Valor em maio, o diretor de desenvolvimento do Cruzeiro do Sul, Fábio Figueiredo, informou que a companhia já tinha porte para levantar entre R$ 350 milhões e R$ 450 milhões em uma oferta inicial de ações.
Sua estimativa na época era de que o grupo educacional encerraria o ano com uma receita de cerca de R$ 600 milhões, o que representa um acréscimo de pouco mais de R$ 100 milhões em relação a 2012.
Em paralelo à preparação para entrar na bolsa, a companhia está prospectando novas aquisições para ganhar musculatura. O interesse são as universidades e centros universitários localizados no Sudeste e Nordeste do país. O último negócio foi fechado em maio, com a compra da Universidade de Franca (UniFran), no interior de São Paulo, em uma transação avaliada entre R$ 120 milhões e R$ 150 milhões, segundo fontes do setor.
O grupo também é dono das universidades Cruzeiro do Sul e Unicid, dos centros universitários Módulo e UDF e dos colégios de educação básica Cruzeiro do Sul e Alto Padrão. No segmento de ensino superior, a companhia tem cerca de 75 mil alunos matriculados em campi localizados em São Paulo, Caraguatatuba e Franca (SP), além de Brasília. Na educação básica, há 3 mil alunos.
A companhia aposta no crescimento orgânico expressivo do ensino a distância. No primeiro semestre, o grupo tinha 15 mil matriculados nessa modalidade e a meta é chegar a 60 mil alunos até 2016. A expansão virá, principalmente, da Unifran que em junho obteve autorização do MEC para abrir 9,3 mil vagas em cursos com aulas pela web.
O Cruzeiro do Sul tem como acionistas as famílias Figueiredo e Padovese, fundadores da Universidade Cruzeiro do Sul, com mais de 50% de participação; a gestora inglesa Actis, com uma fatia de cerca de 35%; e as famílias Naddeo e Ludovice, da Unicid e Unifran, respectivamente. Beth Koike | Valor Econômico
Fonte: resenhaeletronica 30/12/2013
Com sócios, Logz investe R$ 1 bi em projetos
Empresa de logística aposta em novo terminal e monta fundo de R$ 850 mi para aquisições
Quando a novata Logz Logística nasceu, em janeiro de 2010, o setor portuário vivia sob intensa incerteza regulatória. Na época, uma decisão do governo federal havia interrompido um dos mais promissores ciclos de investimentos privados no setor com ajustifícativa de concorrência desleal com os terminais arrendados nos portos públicos. Ainda assim, a Logz apostou numa reviravolta e se associou a importantes projetos, como o Porto de Itapoá e o Terminal de Santa Catarina (Tese).
Hoje, com os novos rumos traçados pelo modelo portuário - aprovado no primeiro semestre de 2013 -, o apetite da empresa (formada por fundos de investimentos administrados pela BRZ) foi renovado. Com seus parceiros, vai investir mais de R$ 1 bilhão na construção de um novo terminal e na expansão de empreendimentos existentes. Os planos não param por aí: a empresa tem mais R$ 850 milhões em caixa para garimpar negócios Brasil afora. Pode ser participação em novos projetos, como a construção de um terminal na Região Norte, ou a aquisição de ativos.
Dos investimentos já definidos, o Terminal de Grãos de Santa Catarina (TGSG) vai custar cerca de R$ 500 milhões e representará importante rota para desafogar os portos públicos do Sudeste na exportação de grãos. O empreendimento será erguido ao lado do Porto de São Francisco do Sul (SC) e terá capacidade para movimentar 8 milhões de toneladas/ano - metade da movimentação do Porto de Paranagúá neste ano, um dos mais tradicionais do País.
A empresa aguarda a liberação da licença de instalação para iniciar as obras, que devem durar 18 meses. "A expectativa é que a autorização saia em um mês", prevê o diretor corporativo da Logz, Marcelo Muniz.
Nesse empreendimento* a companhia terá como sócia a chinesa Hope Full, uma das maiores esmagadoras de soja. Pelo projeto, o terminal será ul~ tramoderno, com a instalação de dois ship loaders (sistema de carregamento de grãos) e duas esteiras. O terminal será atendido tanto por rodovia como pelos trilhos (no caso, da ALL).
O TGSG será erguido ao lado de outro empreendimento da Logz, com sócios. O Tese, terminal privado dentro do porto público de São Francisco do Sul, também será expandido. Receberá cerca de R$ 150 milhões, num projeto que tem o objetivo de captar novas cargas da região, cujo potencial está calculado em 12 milhões de toneladas.
Mundo ideal. Do outro lado da Baía de Babitonga encontra-se a menina dos olhos da Logz: o Porto de Itapoá, considerado um dos mais modernos na movimentação de contêineres, com equipamentos de última geração e calado (profundidade) ideal para receber os maiores navios do mundo.
Acionista do grupo, que inclui Hamburg Süd e Battistella, a Logz participará do investimento de cerca de R$ 400 milhões para dobrar a atual capacidade de Itapoá, de 500 mil para 1 milhão de teus (unidade padrão equivalente a um contêi-ner de 20 pés) por ano.
A obra de 12 meses depende de audiência pública e autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). "A expansão já estava prevista no proj eto original do porto. Quando atingisse a capacidade total, faríamos os investimentos. O momento chegou", diz Muniz. Em operação desde junho de 2011, Itapoá ficou mais de seis meses operando com limitações por falta de estrada. O governo de Santa Catarina não conseguiu concluir a tempo as obras da rodovia SC-415, que dá acesso ao terminal. Segundo Muniz, os planos da empresa para o setor portuário são otimistas. aAlém dos projetos já definidos, estamos no início de" um novo fundo (de R$ 850 milhões) para investimentos." Entre os negócios que enchem os olhos da empresa, estão projetos logísticos que integrem a rota para o Norte - que vão liberar os portos do sul e criar porta de saída do Brasil para o exterior. "Acho que em seis meses podemos ter algum empreendimento constituído." Caixa R$ 1 bilhão é o investimento conjunto - R$ 850 mi são recursos da Logz para outros projetos
Autor(es): Renée Pereira O Estado de S. Paulo
Fonte: clippingmp30/12/2013
Quando a novata Logz Logística nasceu, em janeiro de 2010, o setor portuário vivia sob intensa incerteza regulatória. Na época, uma decisão do governo federal havia interrompido um dos mais promissores ciclos de investimentos privados no setor com ajustifícativa de concorrência desleal com os terminais arrendados nos portos públicos. Ainda assim, a Logz apostou numa reviravolta e se associou a importantes projetos, como o Porto de Itapoá e o Terminal de Santa Catarina (Tese).
Hoje, com os novos rumos traçados pelo modelo portuário - aprovado no primeiro semestre de 2013 -, o apetite da empresa (formada por fundos de investimentos administrados pela BRZ) foi renovado. Com seus parceiros, vai investir mais de R$ 1 bilhão na construção de um novo terminal e na expansão de empreendimentos existentes. Os planos não param por aí: a empresa tem mais R$ 850 milhões em caixa para garimpar negócios Brasil afora. Pode ser participação em novos projetos, como a construção de um terminal na Região Norte, ou a aquisição de ativos.
Dos investimentos já definidos, o Terminal de Grãos de Santa Catarina (TGSG) vai custar cerca de R$ 500 milhões e representará importante rota para desafogar os portos públicos do Sudeste na exportação de grãos. O empreendimento será erguido ao lado do Porto de São Francisco do Sul (SC) e terá capacidade para movimentar 8 milhões de toneladas/ano - metade da movimentação do Porto de Paranagúá neste ano, um dos mais tradicionais do País.
A empresa aguarda a liberação da licença de instalação para iniciar as obras, que devem durar 18 meses. "A expectativa é que a autorização saia em um mês", prevê o diretor corporativo da Logz, Marcelo Muniz.
Nesse empreendimento* a companhia terá como sócia a chinesa Hope Full, uma das maiores esmagadoras de soja. Pelo projeto, o terminal será ul~ tramoderno, com a instalação de dois ship loaders (sistema de carregamento de grãos) e duas esteiras. O terminal será atendido tanto por rodovia como pelos trilhos (no caso, da ALL).
O TGSG será erguido ao lado de outro empreendimento da Logz, com sócios. O Tese, terminal privado dentro do porto público de São Francisco do Sul, também será expandido. Receberá cerca de R$ 150 milhões, num projeto que tem o objetivo de captar novas cargas da região, cujo potencial está calculado em 12 milhões de toneladas.
Mundo ideal. Do outro lado da Baía de Babitonga encontra-se a menina dos olhos da Logz: o Porto de Itapoá, considerado um dos mais modernos na movimentação de contêineres, com equipamentos de última geração e calado (profundidade) ideal para receber os maiores navios do mundo.
Acionista do grupo, que inclui Hamburg Süd e Battistella, a Logz participará do investimento de cerca de R$ 400 milhões para dobrar a atual capacidade de Itapoá, de 500 mil para 1 milhão de teus (unidade padrão equivalente a um contêi-ner de 20 pés) por ano.
A obra de 12 meses depende de audiência pública e autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). "A expansão já estava prevista no proj eto original do porto. Quando atingisse a capacidade total, faríamos os investimentos. O momento chegou", diz Muniz. Em operação desde junho de 2011, Itapoá ficou mais de seis meses operando com limitações por falta de estrada. O governo de Santa Catarina não conseguiu concluir a tempo as obras da rodovia SC-415, que dá acesso ao terminal. Segundo Muniz, os planos da empresa para o setor portuário são otimistas. aAlém dos projetos já definidos, estamos no início de" um novo fundo (de R$ 850 milhões) para investimentos." Entre os negócios que enchem os olhos da empresa, estão projetos logísticos que integrem a rota para o Norte - que vão liberar os portos do sul e criar porta de saída do Brasil para o exterior. "Acho que em seis meses podemos ter algum empreendimento constituído." Caixa R$ 1 bilhão é o investimento conjunto - R$ 850 mi são recursos da Logz para outros projetos
Autor(es): Renée Pereira O Estado de S. Paulo
Fonte: clippingmp30/12/2013
Crocs receberá US$200 mi da Blackstone; CEO vai se aposentar
A Crocs disse que o Blackstone Group está fazendo um investimento de 200 milhões de dólares que vai dar à empresa de private equity uma participação de 13 por cento na empresa de calçados.
Em troca dos 200 milhões, a Blackstone receberá ações preferenciais que podem ser convertidas em ações ordinárias em três anos, se forem respeitadas determinadas condições. A Blackstone também receberá dois assentos no conselho.
A Crocs também disse, na noite de domingo, que o presidente-executivo da companhia, John McCarvel, planeja se aposentar em abril e também vai desistir de seu assento no conselho da Crocs.
"Vamos recrutar um novo CEO que irá trabalhar com o conselho reestruturado para refinar nossos planos estratégicos de curto prazo e de longo prazo, que incluirá um foco mais nítido sobre o crescimento dos lucros com menos ênfase no crescimento de primeira linha", disse o presidente do conselho, Thomas Smach, em um comunicado. (Por Michael Erman e Sakthi Prasad)Reuters
Fonte: yahoo 30/12/2013
Em troca dos 200 milhões, a Blackstone receberá ações preferenciais que podem ser convertidas em ações ordinárias em três anos, se forem respeitadas determinadas condições. A Blackstone também receberá dois assentos no conselho.
A Crocs também disse, na noite de domingo, que o presidente-executivo da companhia, John McCarvel, planeja se aposentar em abril e também vai desistir de seu assento no conselho da Crocs.
"Vamos recrutar um novo CEO que irá trabalhar com o conselho reestruturado para refinar nossos planos estratégicos de curto prazo e de longo prazo, que incluirá um foco mais nítido sobre o crescimento dos lucros com menos ênfase no crescimento de primeira linha", disse o presidente do conselho, Thomas Smach, em um comunicado. (Por Michael Erman e Sakthi Prasad)Reuters
Fonte: yahoo 30/12/2013
2013 deve ter recorde de fusões e aquisições
A economia desacelerou e o Brasil perdeu atratividade de investidores em relação a outros emergentes, mas o mercado de fusões e aquisições mostrou fôlego.
Um levantamento da PwC revela alta de 2,4% no número de transações no país este ano em relação à 2012. Autor: Vinculado ao valor.com.br.empresas
Fonte: ecofinancas 30/12/2013
Um levantamento da PwC revela alta de 2,4% no número de transações no país este ano em relação à 2012. Autor: Vinculado ao valor.com.br.empresas
Fonte: ecofinancas 30/12/2013
FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DA SEMANA DE 23 a 29/dez/13
No decorrer da semana de 23 a 29/dez/13, foram anunciadas com destaque pela imprensa 16 operações de Fusões e Aquisições, envolvendo direta ou indiretamente empresas brasileiras de 9 setores.
Dos nove setores, os de TRANSPORTES, SERVIÇOS PARA EMPRESAS, EDUCAÇÃO e SHOPPING CENTERS foram os mais ativos e representaram 69% do total.
Destaque para a transação realizada pela Vale com o acordo para a venda de sua participação no capital da empresa de logística integrada VLI para um fundo gerido pela Brookfield Asset Management, por R$ 2 bilhões. Vale ressaltar também para a operação da petroleira OGX, de Eike Batista, que passará ao comando dos credores. A nova estrutura societária foi acertada em acordo com os credores.
"Market Movers” - Exterior
M & A - VENDA
IPO
02 - JBS adquire indústria Massa Leve por R$260 mi. A JBS, maior exportadora global de carne bovina, adquiriu a indústria alimentícia Massa Leve por 260 milhões de reais, ampliando sua participação em segmentos de maior valor agregado. A Massa Leve atua na produção e comercialização de pratos prontos, pizzas congeladas, massas frescas, tortas, pão de queijo, folhados e sanduíches. 23/12/2013
03 e 04 - BNDESPar faz aporte de R$ 1 bi na Odebrecht TransPort. A BNDESPar (BNDES), aportou R$ 1 bilhão na Odebrecht TransPort. Com a conclusão da reestruturação societária da empresa de investimento de longo prazo da Organização Odebrecht, a BNDESPar passou a deter 10,61% da sociedade. Na mesma operação de aumento de capital, o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) optou por manter sua participação de 30% na Odebrecht TransPort e, para isso, injetou mais R$ 428,5 milhões na companhia.23/12/2013
05 - Advent e Alothon vendem Atmosfera para grupo Elis. Os fundos de private equity Advent International e Alothon Group anunciaram a venda da Atmosfera, companhia do setor de lavanderias industriais no país, para a Elis, empresa francesa especializada em aluguel e limpeza de materiais têxteis e uniformes profissionais. Com 16 anos no mercado, a Atmosfera é especializada na limpeza e aluguel de uniformes, tapetes, toalhas e lençóis para hospitais, hotéis e indústrias. A companhia deve encerrar 2013 com faturamento de 280 milhões de reais.23/12/2013
06 - Vale venderá participação na VLI a fundo gerido pela Brookfield Asset. A mineradora Vale informou que firmou um acordo para a venda de 26,5% de sua participação no capital da empresa de logística integrada VLI para um fundo gerido pela Brookfield Asset Management, por R$ 2 bilhões. Em setembro, a companhia havia acertado a transferência de 20% do capital da VLI para a japonesa Mitsui, por R$ 1,51 bilhão, e de 15,9% para o Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS) por R$ 1,2 bilhão. 23/12/2013
07 - Sócios da Booz & Company aprovam fusão com PwC. Booz & Company comunica que seus sócios aprovaram a proposta de fusão com a PwC anunciada recentemente e que ainda está sujeita a aprovações regulatórias e a outros requisitos formais. "A combinação entre a PwC e a Booz & Company dará origem a uma organização de serviços profissionais única no mundo, que trabalhará com todos os stakeholders para criar confiança e solucionar problemas complexos que vão desde a estratégia até a execução", complementou. Não haverá votação por parte dos sócios da PwC. 23/12/2013
08 - Iguatemi faz permuta de terreno para outlet em MG. A Iguatemi comunicou a permuta de terreno de 200 mil metros quadrados para a construção do Premium Outlet, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), com investimento total de R$ 140,7 milhões.O Premium Outlet terá 30.300 metros quadrados de ABL e a Iguatemi terá 54% do empreendimento, a construtora São José terá 36,0% e os demais sócios terão 10%. 24/12/2013
09 - Credores fecham acordo e serão donos da petroleira de Eike. A petroleira OGX, de Eike Batista, passará ao comando dos credores. O empresário perderá seu poder e ficará com apenas um décimo da companhia que um dia lhe garantiu o posto de homem mais rico do Brasil. A nova estrutura societária foi acertada na véspera do Natal em acordo com os credores internacionais. Será uma empresa "sem dono", com ações nas mãos de dezenas de investidores. Mas a gestão ficará a cargo de executivos indicados pelos principais credores, que são os fundos Pimco, BlackRock, Ashmore e GSO. Ele prevê a conversão de toda a dívida da OGX, de US$ 5,8 bilhões, em ações, e a injeção de US$ 200 milhões a US$ 215 milhões, dinheiro suficiente para sustentar a operação da petroleira em 2014. A dívida total corresponde aos valores cobrados por credores internacionais (US$ 3,8 bilhões), por fornecedores (US$ 500 milhões) e pela empresa naval OSX (US$ 1,5 bilhão), também de Eike. Se tudo correr como planejado, esses três grupos de credores passarão a deter 90% das ações da OGX. A participação atual de Eike, de mais de 50%, será reduzida a 5%.26/12/2013
10 - Vale vende fatia de 44,25% na Fosbrasil por US$52 mi. A Vale assinou acordo com a Israel Chemicals para vender sua fatia de 44,25 por cento no capital da produtora de ácido fosfórico purificado Fosbrasil por 52 milhões de dólares, como parte de sua estratégia de focar em ativos estratégicos, disse a mineradora.26/12/2013
11 - LPS Consultoria de Imóveis compra 49% da Netimóveis. A LPS Brasil - Consultoria de Imóveis firmou memorando de entendimentos vinculante, por meio do qual se obrigou a subscrever ações representativas de 49% do capital social da Netimóveis Brasil Rede Imobiliária, de Belo Horizonte. O desembolso total da companhia para subscrição das ações será de R$ 16 milhões.26/12/2013
12- Tempo vende para Caixa divisão de planos odontológicos. A Tempo Participações celebrou contrato para a venda da divisão de planos odontológicos (Tempo Dental) para a Caixa Seguros, pelo valor de R$ 133,595 milhões. A transação inclui a compra e venda da totalidade das quotas detidas pela companhia na Odonto Empresas para a Caixa Seguros, contrato de transferência da carteira de clientes da Prevdonto para a Odonto Empresas. 23/12/2013
13 - Vale vende ações da Log-In e movimenta R$ 234,8 milhões. A Vale vendeu 28,9 milhões de ações da Log-In em leilão realizado nesta tarde na BM&FBovespa. O preço final foi de R$ 8,11 por papel, acima do valor mínimo de R$ 8 proposto pela mineradora. O leilão movimentou R$ 234,8 milhões. De acordo com a última atualização da composição de capital, a Vale detinha 31,3% (28,737 milhões) do total de papéis, seguida pela Fama Investimentos (16,2%), Petros (12,8%) e o Banco Fator (5,1%).26/12/2013
14 - Braço financeiro do Bird vira sócio da Ser Educacional. O Banco Mundial (Bird), por meio do braço financeiro, IFC, anunciou que se tornou sócio de mais uma empresa do Brasil, a Ser Educacional, grupo de educação que abriu o capital em outubro. O IFC comprou cerca de R$ 45 milhões em ações da empresa. Entre os fatores que levaram o IFC a comprar as ações da empresa brasileira, está o projeto de expansão do grupo para os próximos dois anos. A Ser Educacional promete melhorar as instalações universitárias, implementar um programa de ensino à distância e ser uma consolidadora do setor de educação, via fusões e aquisições.26/12/2013
15 - Odebrecht tem nova subsidiária de logística. A OdebrechtTransPort está se associando à Agrovia para desenvolver um projeto de logística integrada para exportação de açúcar produzido no Nordeste por meio do Porto de Suape, em Pernambuco. Para isso, as duas empresas irão formar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) para construção e operação, por um período de 25 anos, de um terminal de 72,5 mil metros quadrados e cais de 355 metros de extensão. O investimento previsto é de R$ 150 milhões nos dois primeiros anos. A Odebrecht ficará com 75% da SPE e a Agrovia, 25%. 26/12/2013
16 - Tanure, por meio da JG Petrochem, é o mais novo acionista da HRT. O empresário Nelson Tanure é apontado como acionista JG Petrochem, que tem cerca de 2,7% do capital social da HRT. Com essa fatia, Tanure, que tem comprado papéis da HRT desde novembro, só tem participação menor do que o Banco Itaú (5%) e o fundo americano Discovery, que detém 17,7% da petroleira brasileira. 30/12/2013
ANÁLISE DA SEMANA
Principais transações.Dos nove setores, os de TRANSPORTES, SERVIÇOS PARA EMPRESAS, EDUCAÇÃO e SHOPPING CENTERS foram os mais ativos e representaram 69% do total.
Destaque para a transação realizada pela Vale com o acordo para a venda de sua participação no capital da empresa de logística integrada VLI para um fundo gerido pela Brookfield Asset Management, por R$ 2 bilhões. Vale ressaltar também para a operação da petroleira OGX, de Eike Batista, que passará ao comando dos credores. A nova estrutura societária foi acertada em acordo com os credores.
TOPs - MAIORES TRANSAÇÕES EM VALOR
A MAIOR- AVale firmou um acordo para a venda de 26,5% de sua participação no capital da empresa de logística integrada VLI para um fundo gerido pela Brookfield Asset Management, por R$ 2 bilhões. Registre-se também a que a petroleira OGX, de Eike Batista, passará ao comando dos credores. O empresário perderá seu poder e ficará com apenas um décimo da companhia. A nova estrutura societária foi acertada em acordo com os credores. A dívida total corresponde aos valores cobrados por credores internacionais (US$ 3,8 bilhões), por fornecedores (US$ 500 milhões) e pela empresa naval OSX (US$ 1,5 bilhão), também de Eike. Se tudo correr como planejado, esses três grupos de credores passarão a deter 90% das ações da OGX. A participação atual de Eike, de mais de 50%, será reduzida a 5%. Estas também são as maiores transações envolvendo a compra de empresa brasileira por empresa estrangeira. Também em relação a Private Equity
NEGÓCIOS DA SEMANA
"Market Movers" - Brasil. - Vale arrecada mais R$ 355 milhões com venda de ativos não estratégicos.
- Ser Educacional negocia compra de universidade no Pará por R$ 152 milhões.
- JBS adquire indústria Massa Leve por R$260 mi.
- LPS Consultoria de Imóveis compra 49% da Netimóveis.
- Odebrecht tem nova subsidiária de logística.
"Market Movers” - Exterior
- Apple confirma compra de empresa de análise de mapas BroadMap. BroadMap está entre 15 aquisições feitas pela Apple em 2013. Catch.com, concorrente do Evernote, também está na lista, diz site. Companhia dedicada à análise de dados de mapeamento, a BroadMap deve reforçar o sistema de mapas da fabricante do iPhone e do iPad, que já apresentou problemas no passado.
- AT&T vende parte de sua fatia na América Móvil por US$282 mi. A norte-americana AT&T vendeu neste mês 250 milhões de ações da gigante mexicana de telecomunicações América Móvil por 282 milhões de dólares, segundo documentos enviados à comissão de valores mobiliários norte-americana.26/12/2013
- Lafarge vende atividades de gesso para Etex por €145 mi. Fabricante francesa de cimentos Lafarge disse que venderá sua participação remanescente de 20 por cento nas operações de gesso da Europa e da América do Sul para o grupo belga de materiais de construção Etex por 145 milhões de euros (198 milhões de dólares) em dinheiro. 26/12/2013
- Textron vai comprar Beechcraft por US$1,4 bi. A Textron, fabricante dos aviões Cessna, disse que vai comprar a fabricante de aeronaves Beechcraft Corp por cerca de 1,4 bilhão de dólares em dinheiro, em um acordo que deve expandir o negócio de aviação comercial da Textron. 27/12/2013
- As 10 maiores aquisições de tecnologia de 2013. Aquisições são uma ocorrência normal na indústria de TI e 2013 certamente teve a sua quota. Alguns fornecedores de TI, como a Cisco e a IBM, estiveram tão ativos como sempre, enquanto outras, com destaque para a Oracle, gastaram menos tempo fazendo compras este ano do que nos últimos anos. 10 . Western Digital: Virident e STEC ; 9 . IBM: Trusteer; 8 . EMC: ScaleIO ; 7 . Oracle: Acme Packet; 6 . Cisco: Insieme Networks; 5 . Salesforce: ExactTarget; 4 . IBM: SoftLayer; 3 . Cisco: Sourcefire; 2 . Microsoft: Nokia ; 1 . Dell: Dell 26/12/2013
HUMORES & RUMORES
M &
A - COMPRA- Marubeni confirma interesse na Eneva. Marubeni negocia a compra de uma fatia da Eneva, ex-MPX, que hoje é uma sociedade entre o empresário Eike Batista e a alemã E.ON. O presidente da Marubeni para o Brasil e a América do Sul, Yoji Ibuki, confirmou o interesse na empresa de energia criada pelo grupo EBX - que atualmente tem duas empresas em recuperação judicial, a petroleira OGX e a construtora naval OSX - e frisou que as negociações continuam em curso. 23/12/2013
- BRF e Americana Group fecham parceria no Oriente Médio. Companhia afirmou que acordo está em fase preliminar e pode ou não levar a uma transação envolvendo as duas empresas. A companhia anunciou que fechou um acordo não vinculante com a Americana Group, que visa uma colaboração estratégica para a região do Oriente Médio. 23/12/2013
- Fundador da Amil pode pagar R$ 3,5 bilhões por Dasa. A Diagnósticos da América (Dasa) publicou edital de oferta pública para aquisição das ações da empresa pela Cromossomo Participações, sociedade controlada por Edson de Godoy Bueno e Dulce Pugliese de Godoy Bueno, maiores acionistas da rede de laboratórios. Bueno é também fundador da operadora de planos de saúde Amil. Segundo analistas, o empresário pode ser bem sucedido em sua estratégia de fechar o capital e passar a ser o único sócio da empresa, o que envolveria um desembolso de mais de R$ 3,5 bilhões.24/12/2013
- Aquisições e fusões financiadas conquistam espaço no Brasil. "Adquira agora mesmo uma empresa em condições especiais: pague uma pequena entrada e financie o resto em até oito anos." O anúncio é fictício, mas se existisse não estaria longe de retratar um procedimento cada vez mais comum no mercado brasileiro: o uso de dívida em processos de fusões e aquisições.26/12/2013
- Empresas nacionais com fôlego para investir. Levantamento realizado pela agência Austin Rating aponta que setores brasileiros apresentam endividamento baixo e têm espaço para ampliar investimentos nos próximos anos. Na média, o endividamento da amostra equivale a 61% do patrimônio líquido, um nível considerado confortável. São destaques os setores de mineração e de petróleo e gás, com menor nível de endividamento, comparados aos demais.Além deles, foram analisados os segmentos de concessões de rodovias, siderurgia, construção civil, telecomunicações, energia elétrica, papel e celulose e metalurgia. 27/12/2013
M & A - VENDA
- Cencosud e Itaú não fecham acordo em negócio de cartões. O grupo varejista chileno Cencosud disse que não conseguiu chegar a um acordo com o Itaú Unibanco para a venda de 51 por cento da sua operação de cartões de crédito na Argentina e no Chile, e deve criar uma empresa para lidar melhor com esse negócio. A operação considerava a compra de ações da administradora de cartões de crédito Cencosud por meio da filial Itaú Chile e da participação no negócio na Argentina por meio da sua respectiva filial no país, por 307 milhões de dólares. 23/12/2013
- Vale arrecada mais R$ 355 milhões com venda de ativos não estratégicos. A mineradora Vale arrecadou mais R$ 355,2 milhões com a venda de participação em ativos, dentro de sua estratégia de desinvestimento e foco no seu negócio principal: a produção de minério de ferro. Anunciou a venda da empresa de fertilizantes Fosbrasil por US$ 52 milhões para a Israel Chemicals e arrecadou mais R$ 233 milhões ao se desfazer de sua fatia na empresa de transporte de cargas Log-In em leilão na BMF8cBovespa. Com as operações desta semana, a Vale já levantou este ano US$ 6,1 bilhões com os desinvestimentos. 27/12/2013
IPO
- Economatica: 6 dos 10 IPOs de 2013 têm retorno positivo. Das dez empresas que realizaram ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) em 2013, seis apresentaram retorno positivo no acumulado do ano até o último dia 20, aponta levantamento da Economatica. Desde a abertura do capital em fevereiro, as ações da empresa de softwares Linx registraram uma valorização de 85,78%, segundo o estudo. Em contrapartida, as ações da Biosev, braço sucroenergético da trading francesa Louis Dreyfus Commodities, acumulam queda de 31,94% desde o IPO, em abril. 23/12/2013
- Calendário apertado deve inibir lançamento de ações em 2014. Uma das principais fontes de recursos baratos para empresas que querem crescer pelo mundo, as ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) prometem mais um ano morno em 2014 no mercado brasileiro, efeito do pouco apetite dos investidores estrangeiros pelo país, um calendário apertado - o ano tem eleições e Copa do Mundo - e uma possível cautela das companhias em levantar dinheiro para investir em uma economia que cresce a ritmo mais lento. Em 2013, as ofertas de ações iniciais no Brasil cresceram estatisticamente de forma vigorosa frente ao ano anterior, em uma alta de 233%, para R$ 17,3 bilhões, com dez operações. Especialistas alertam, porém, que os dados acabaram distorcidos por uma grande operação: a BB Seguridade, braço de seguros do Banco do Brasil, levantou sozinha R$ 11,5 bilhões em seu IPO, 66% do total no ano. Esta foi, inclusive, a maior oferta do tipo no mundo em 2013.
- IPOs movimentam R$ 20,5 bi no ano apesar de incertezas. Olhado sob a frieza dos números, 2013 foi espetacular para ofertas de ações no Brasil. O volume captado pelas empresas que estrearam na bolsa, de R$ 20,5 bilhões, foi o maior desde 2007, o período de ouro dos IPOs no país. Entre novatas e companhias já listadas, foram captados R$ 23,9 bilhões em 18 operações. A Bovespa também foi palco da maior emissão de ações do mundo neste ano, com a abertura de capital da BB Seguridade, que movimentou R$ 11,5 bilhões.
RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES
01 - Ser Educacional negocia compra de universidade no Pará por R$ 152 milhões. A Ser Educacional informou que assinou memorando de entendimentos para negociar a compra da totalidade das quotas representativas da União de Ensino Superior do Pará (Unespa) e do Instituto Santareno de Ensino Superior (Ises), o valor total da aquisição das quotas, quando concluída, será de aproximadamente R$ 152 milhões.23/12/201302 - JBS adquire indústria Massa Leve por R$260 mi. A JBS, maior exportadora global de carne bovina, adquiriu a indústria alimentícia Massa Leve por 260 milhões de reais, ampliando sua participação em segmentos de maior valor agregado. A Massa Leve atua na produção e comercialização de pratos prontos, pizzas congeladas, massas frescas, tortas, pão de queijo, folhados e sanduíches. 23/12/2013
03 e 04 - BNDESPar faz aporte de R$ 1 bi na Odebrecht TransPort. A BNDESPar (BNDES), aportou R$ 1 bilhão na Odebrecht TransPort. Com a conclusão da reestruturação societária da empresa de investimento de longo prazo da Organização Odebrecht, a BNDESPar passou a deter 10,61% da sociedade. Na mesma operação de aumento de capital, o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) optou por manter sua participação de 30% na Odebrecht TransPort e, para isso, injetou mais R$ 428,5 milhões na companhia.23/12/2013
05 - Advent e Alothon vendem Atmosfera para grupo Elis. Os fundos de private equity Advent International e Alothon Group anunciaram a venda da Atmosfera, companhia do setor de lavanderias industriais no país, para a Elis, empresa francesa especializada em aluguel e limpeza de materiais têxteis e uniformes profissionais. Com 16 anos no mercado, a Atmosfera é especializada na limpeza e aluguel de uniformes, tapetes, toalhas e lençóis para hospitais, hotéis e indústrias. A companhia deve encerrar 2013 com faturamento de 280 milhões de reais.23/12/2013
06 - Vale venderá participação na VLI a fundo gerido pela Brookfield Asset. A mineradora Vale informou que firmou um acordo para a venda de 26,5% de sua participação no capital da empresa de logística integrada VLI para um fundo gerido pela Brookfield Asset Management, por R$ 2 bilhões. Em setembro, a companhia havia acertado a transferência de 20% do capital da VLI para a japonesa Mitsui, por R$ 1,51 bilhão, e de 15,9% para o Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS) por R$ 1,2 bilhão. 23/12/2013
07 - Sócios da Booz & Company aprovam fusão com PwC. Booz & Company comunica que seus sócios aprovaram a proposta de fusão com a PwC anunciada recentemente e que ainda está sujeita a aprovações regulatórias e a outros requisitos formais. "A combinação entre a PwC e a Booz & Company dará origem a uma organização de serviços profissionais única no mundo, que trabalhará com todos os stakeholders para criar confiança e solucionar problemas complexos que vão desde a estratégia até a execução", complementou. Não haverá votação por parte dos sócios da PwC. 23/12/2013
08 - Iguatemi faz permuta de terreno para outlet em MG. A Iguatemi comunicou a permuta de terreno de 200 mil metros quadrados para a construção do Premium Outlet, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), com investimento total de R$ 140,7 milhões.O Premium Outlet terá 30.300 metros quadrados de ABL e a Iguatemi terá 54% do empreendimento, a construtora São José terá 36,0% e os demais sócios terão 10%. 24/12/2013
09 - Credores fecham acordo e serão donos da petroleira de Eike. A petroleira OGX, de Eike Batista, passará ao comando dos credores. O empresário perderá seu poder e ficará com apenas um décimo da companhia que um dia lhe garantiu o posto de homem mais rico do Brasil. A nova estrutura societária foi acertada na véspera do Natal em acordo com os credores internacionais. Será uma empresa "sem dono", com ações nas mãos de dezenas de investidores. Mas a gestão ficará a cargo de executivos indicados pelos principais credores, que são os fundos Pimco, BlackRock, Ashmore e GSO. Ele prevê a conversão de toda a dívida da OGX, de US$ 5,8 bilhões, em ações, e a injeção de US$ 200 milhões a US$ 215 milhões, dinheiro suficiente para sustentar a operação da petroleira em 2014. A dívida total corresponde aos valores cobrados por credores internacionais (US$ 3,8 bilhões), por fornecedores (US$ 500 milhões) e pela empresa naval OSX (US$ 1,5 bilhão), também de Eike. Se tudo correr como planejado, esses três grupos de credores passarão a deter 90% das ações da OGX. A participação atual de Eike, de mais de 50%, será reduzida a 5%.26/12/2013
10 - Vale vende fatia de 44,25% na Fosbrasil por US$52 mi. A Vale assinou acordo com a Israel Chemicals para vender sua fatia de 44,25 por cento no capital da produtora de ácido fosfórico purificado Fosbrasil por 52 milhões de dólares, como parte de sua estratégia de focar em ativos estratégicos, disse a mineradora.26/12/2013
11 - LPS Consultoria de Imóveis compra 49% da Netimóveis. A LPS Brasil - Consultoria de Imóveis firmou memorando de entendimentos vinculante, por meio do qual se obrigou a subscrever ações representativas de 49% do capital social da Netimóveis Brasil Rede Imobiliária, de Belo Horizonte. O desembolso total da companhia para subscrição das ações será de R$ 16 milhões.26/12/2013
12- Tempo vende para Caixa divisão de planos odontológicos. A Tempo Participações celebrou contrato para a venda da divisão de planos odontológicos (Tempo Dental) para a Caixa Seguros, pelo valor de R$ 133,595 milhões. A transação inclui a compra e venda da totalidade das quotas detidas pela companhia na Odonto Empresas para a Caixa Seguros, contrato de transferência da carteira de clientes da Prevdonto para a Odonto Empresas. 23/12/2013
13 - Vale vende ações da Log-In e movimenta R$ 234,8 milhões. A Vale vendeu 28,9 milhões de ações da Log-In em leilão realizado nesta tarde na BM&FBovespa. O preço final foi de R$ 8,11 por papel, acima do valor mínimo de R$ 8 proposto pela mineradora. O leilão movimentou R$ 234,8 milhões. De acordo com a última atualização da composição de capital, a Vale detinha 31,3% (28,737 milhões) do total de papéis, seguida pela Fama Investimentos (16,2%), Petros (12,8%) e o Banco Fator (5,1%).26/12/2013
14 - Braço financeiro do Bird vira sócio da Ser Educacional. O Banco Mundial (Bird), por meio do braço financeiro, IFC, anunciou que se tornou sócio de mais uma empresa do Brasil, a Ser Educacional, grupo de educação que abriu o capital em outubro. O IFC comprou cerca de R$ 45 milhões em ações da empresa. Entre os fatores que levaram o IFC a comprar as ações da empresa brasileira, está o projeto de expansão do grupo para os próximos dois anos. A Ser Educacional promete melhorar as instalações universitárias, implementar um programa de ensino à distância e ser uma consolidadora do setor de educação, via fusões e aquisições.26/12/2013
15 - Odebrecht tem nova subsidiária de logística. A OdebrechtTransPort está se associando à Agrovia para desenvolver um projeto de logística integrada para exportação de açúcar produzido no Nordeste por meio do Porto de Suape, em Pernambuco. Para isso, as duas empresas irão formar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) para construção e operação, por um período de 25 anos, de um terminal de 72,5 mil metros quadrados e cais de 355 metros de extensão. O investimento previsto é de R$ 150 milhões nos dois primeiros anos. A Odebrecht ficará com 75% da SPE e a Agrovia, 25%. 26/12/2013
16 - Tanure, por meio da JG Petrochem, é o mais novo acionista da HRT. O empresário Nelson Tanure é apontado como acionista JG Petrochem, que tem cerca de 2,7% do capital social da HRT. Com essa fatia, Tanure, que tem comprado papéis da HRT desde novembro, só tem participação menor do que o Banco Itaú (5%) e o fundo americano Discovery, que detém 17,7% da petroleira brasileira. 30/12/2013
RELATÓRIOS - DESTAQUES DA
SEMANA
- SEGUINTE >>> 30/dez/13 a 05/jan/14>>>;
- SEMANA ANTERIOR >>> 16 a 22/dez/13 >>>;
- FUSÕES E AQUISIÇÕES: 71 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM NOVEMBRO/13
- TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em novembro/2013
QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DA SEMANA tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilacão semanal das notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidos a partir de notícias publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br, não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.
Tanure, por meio da JG Petrochem, é o mais novo acionista da HRT
O empresário Nelson Tanure é apontado como acionista JG Petrochem, que tem cerca de 2,7% do capital social da HRT, informaram fontes do Valor.
Com essa fatia, Tanure, que tem comprado papéis da HRT desde novembro, só tem participação menor do que o Banco Itaú (5%) e o fundo americano Discovery, que detém 17,7% da petroleira brasileira. Autor: Vinculado ao valor.com.br.empresas
Fonte: ecofinancas 30/12/2013
Com essa fatia, Tanure, que tem comprado papéis da HRT desde novembro, só tem participação menor do que o Banco Itaú (5%) e o fundo americano Discovery, que detém 17,7% da petroleira brasileira. Autor: Vinculado ao valor.com.br.empresas
Fonte: ecofinancas 30/12/2013
29 dezembro 2013
CEO da Henkel atenua perspectivas de aquisições
O grupo alemão de bens de consumo Henkel atenuou expectativas de que estaria olhando aquisições no futuro próximo, dizendo que o mercado hoje oferece poucas oportunidades de aquisição, segundo matéria do Handelsblatt, citando o presidente-executivo Kasper Rorsted.
Os comentários de Rorsted contrastam com as falas feitas pela presidente do Conselho de Fiscal da Henkel, Simone Bagel-Trah, que disse três semanas atrás que havia chegado o momento para focar novamente em aquisições.
"Com as baixas taxas de juros, quase ninguém quer trocar negócios por dinheiro", segundo citação atribuída a Rorsted no jornal de negócios Handelsblatt, em uma entrevista que será publicada na segunda-feira.
"Oportunidades ainda vão surgir dentro dos próximos três anos", disse o presidente-executivo.
No mês passado, o próprio Rorsted disse que o grupo olharia para oportunidades de aquisição se elas fossem um bom encaixe estratégico e que o grupo tem 4 bilhões de euros (5,5 bilhões de dólares) disponíveis para aquisições.
Em sua última grande aquisição, a Henkel comprou a National Starch em 2008 por 3,7 bilhões de euros para expandir sua divisão de adesivos. (Por Andreas Cremer) Reuters
Fonte: Uol 29/12/2013
Os comentários de Rorsted contrastam com as falas feitas pela presidente do Conselho de Fiscal da Henkel, Simone Bagel-Trah, que disse três semanas atrás que havia chegado o momento para focar novamente em aquisições.
"Com as baixas taxas de juros, quase ninguém quer trocar negócios por dinheiro", segundo citação atribuída a Rorsted no jornal de negócios Handelsblatt, em uma entrevista que será publicada na segunda-feira.
"Oportunidades ainda vão surgir dentro dos próximos três anos", disse o presidente-executivo.
No mês passado, o próprio Rorsted disse que o grupo olharia para oportunidades de aquisição se elas fossem um bom encaixe estratégico e que o grupo tem 4 bilhões de euros (5,5 bilhões de dólares) disponíveis para aquisições.
Em sua última grande aquisição, a Henkel comprou a National Starch em 2008 por 3,7 bilhões de euros para expandir sua divisão de adesivos. (Por Andreas Cremer) Reuters
Fonte: Uol 29/12/2013
Nascidas para crescer
Conheça as empresas que souberam aproveitar o fim da inflação e a expansão econômica brasileira
O ano de 1990 jamais sairá da memória do empreendedor paulista Marco Antônio Stefanini. Com apenas três anos de vida, sua empresa, a Stefanini, fundada para dar cursos de informática e prestar serviços, tinha tudo para, enfim, decolar. Em janeiro, ela contava com 31 cursos programados para os quatro meses seguintes. “Seria um salto enorme”, lembra Stefanini. No entanto, em 16 de março daquele ano, o então presidente Fernando Collor de Mello anunciou seu plano para acabar com a inflação com um ippon, o golpe perfeito do judô, que finaliza as competições no tatame. 88.jpg Marco Antônio Stefanini, fundador da Stefanini: "Na época da inflação, não conseguíamos planejar nada; vivíamos sempre focados no dia a dia"
A principal medida do que ficou conhecido como Plano Collor foi o famigerado confisco da poupança, promovido pela ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello, afetando as finanças de milhões de brasileiros – dos pequenos poupadores a empresários como Stefanini, a quem restou apenas um cliente, que o pagou 120 dias depois. “O Plano Collor praticamente matou meu negócio”, diz ele. Desiludido, ele chegou a preencher formulários de imigração para a Austrália e para o Canadá. Só não embarcou porque os consulados daqueles dois países demoraram mais de um ano para conceder o visto.
Como tinha tempo livre, passou a dar palestras gratuitas, a fim de prospectar clientes. Ia de ônibus, pois seu carro havia sido roubado. Em 1991, os negócios voltaram, ainda que timidamente, e o empresário decidiu ficar no Brasil. Sábia decisão. “Criamos um DNA gerencial para lidar com crises”, afirma Stefanini. O negócio decolou a partir de 1993, quando a introdução das primeiras etapas do Plano Real trouxe estabilidade à economia brasileira. “Antes, não conseguíamos planejar”, diz Stefanini. “Vivíamos sempre focados no dia a dia.” Naquele ano, a consultoria de serviços de tecnologia faturou seu primeiro milhão de dólares.
Em 1994, a receita triplicou. Atualmente, ele comanda um grupo que fatura mais de R$ 2 bilhões por ano e atua em 30 países. Desde 2010, a Stefanini fez mais de dez aquisições no País e fora daqui, o que faz dela, segundo a Fundação Dom Cabral, de Belo Horizonte, a terceira companhia mais internacionalizada do Brasil. Perde apenas para o frigorífico JBS e para a siderúrgica Gerdau. A Stefanini é um exemplo das companhias que resistiram às turbulências de uma economia que registrou inconcebíveis (para quem vive no Brasil de hoje) 2.476% de inflação em 1993, e souberam aproveitar as oportunidades da estabilização econômica. 89.jpg Rômulo Dias, presidente da Cielo: "Antes do Real, o mercado de cartões era um negócio com o qual ninguém ganhava dinheiro"
Nesse sentido, melhor sorte tiveram empresas como a Cielo, de transações eletrônicas, a vendedora de planos de saúde Qualicorp, a rede de ensino Anhanguera Educacional, a companhia de tevê a cabo NET e a cervejaria Petrópolis, que já nasceram em um país diferente, numa época de inflação controlada. E souberam tirar partido desse período, que pode ser dividido em três fases. Na primeira, com o controle da inflação, as companhias puderam, enfim, fazer um planejamento de longo prazo, a despeito das crises da época, como a mexicana, a asiática e a russa, entre 1994 e 1998, e a queda das Torres Gêmeas, em 2001.
A partir de 2004, o crescimento da renda e o aumento do crédito trouxeram novos consumidores ao mercado. E, em 2008, quando a crise financeira global derrubou mercados ao redor do mundo e enfraqueceu os Estados Unidos e a Europa, as empresas brasileiras, fortalecidas na ocasião, saíram à compra de ativos baratos no Exterior, reforçando seu processo de globalização. A área de cartões de crédito é emblemática das mudanças pela qual passou o Brasil com o fim da hiperinflação. “Antes do Real, esse mercado era um negócio com o qual ninguém ganhava dinheiro e também não havia escala”, diz Rômulo Dias, presidente da Cielo, a maior companhia brasileira de transações eletrônicas, controlada pelo Bradesco e pelo Banco do Brasil.
É fácil de entender o que Dias quer dizer, principalmente para quem viveu a época da hiperinflação. Primeiro, havia poucos lojistas que aceitavam cartões. Entre aqueles que o faziam, a prática era cobrar mais caro de quem pagava as mercadorias e os serviços com o plástico. Conclusão: os brasileiros preferiam o cheque e o dinheiro. “As transações com cartão de crédito eram quase nulas na época”, afirma Dias. A estabilização econômica foi a parteira do mercado brasileiro de cartões. A Cielo, fundada em 1995 com o nome de Companhia Brasileira de Meios de Pagamentos (CBMP), começou a operar uma rede credenciada de mais de 100 mil estabelecimentos.
Em 1996, passou a se chamar Visanet. Desde então, cresceu de forma acelerada. Sua receita aumentou 250% desde 2006. O lucro líquido expandiu-se 3,5 vezes no mesmo período. Com valor de mercado de mais de R$ 51 bilhões, a Cielo, que detém uma participação de mercado de 53%, é a nona empresa mais valiosa do Brasil. Essa valorização deve-se à explosão de seu segmento de atuação. Neste ano, o valor de transações por cartão de crédito e débito deve somar R$ 844 bilhões, um aumento de 17%. Em 2015, a estimativa da Abecs, associação que representa o setor, é chegar a R$ 1 trilhão. E ainda há muito espaço para crescer. 90.jpg
No Brasil, o gasto com cartão de crédito dividido pelo consumo nacional está na casa dos 26%. Nos Estados Unidos, 50%. Além disso, as transações ainda estão concentradas nos consumidores do Sul e Sudeste. “Em dez anos, podemos chegar a 45%”, estima Dias. A expansão dos cartões reflete o aumento do poder de compra dos brasileiros, que também beneficiou o setor de bebidas. “O baixo desemprego e a renda em alta favoreceram sua expansão”, diz Pedro Galdi, analista da corretora SLW. Entre 1994 e 2012, o País passou da quinta para a terceira posição entre os maiores produtores de cerveja, indo de 6 bilhões para 13 bilhões de litros, segundo a alemã Barth-Haas, cujos relatórios são referência no setor.
O Grupo Petrópolis é um exemplo de como a nova conjuntura favoreceu as cervejarias. Criada em 1994, a empresa desbancou a Schincariol da vice-liderança do setor, em outubro de 2011. Hoje, a Petrópolis possui uma fatia estimada de 11,3% desse mercado e faturou cerca de R$ 10 bilhões em 2013. Nos últimos anos, além de satisfazer suas necessidades de consumo, a nova classe média passou a investir cada vez mais em educação e a preocupar-se com a saúde. “Essas famílias querem, pelo menos, um membro com diploma superior”, diz Carlos Monteiro, presidente da CM Consultoria.
Esse mercado, porém, só deslanchou após mudanças na legislação, entre 1995 e 1998, permitirem a criação de instituições de ensino universitário com fins lucrativos. O resultado foi um salto de 176% no setor privado, que passou de 764 instituições em 1998, para 2.112 no ano passado. Como comparação, as instituições públicas avançaram 36%, para 284. A Anhanguera Educacional, fundada em 1994, floresceu nesses 20 anos. Hoje, em processo de fusão com a Kroton, para criar o maior grupo de ensino do mundo em valor de mercado, a Anhanguera mostra que soube aproveitar esse impulso propiciado pela mudança nas regras do setor e pelo aumento do poder aquisitivo da população brasileira, principalmente das classe C e D.
“A demanda reprimida dos jovens trabalhadores sempre foi grande”, diz Antonio Carbonari Netto, um dos fundadores do grupo e membro do conselho de administração. “Pensávamos em prepará-los para o mercado de trabalho.” Mas Carbonari é apenas um de muitos exemplos de empresários que encontraram um novo mundo de consumidores. Na área de saúde, José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp, foi um dos que mais se beneficiaram da evolução das últimas duas décadas. Colocado na 107a posição do ranking da Forbes de 2013 dos brasileiros mais ricos, com uma fortuna de R$ 1,14 bilhão, ele era um simples vendedor de planos de saúde da Golden Cross, até meados da década de 1990. 91.jpg Antonio Carbonari Netto, da Anhanguera Educacional: "O Real permitiu à classe média emergente preparar seus jovens para o mercado"
Foi nessa função, ainda na Golden Cross, que Seripieri Filho teve a ideia de criar um novo mercado para o setor de saúde no Brasil: o dos planos coletivos por adesão. Em 1997, fundou a Qualicorp, fazendo a intermediação entre as operadoras e os grandes clientes, como associações de classe. Nesse modelo, a Qualicorp aproveitou a expansão do mercado de planos de saúde, que cresceu 50% na década de 2000. Com isso, atraiu alguns dos mais conhecidos fundos de investimentos internacionais. Em 2008, vendeu uma fatia de 46% de seu capital para o americano General Atlantic por US$ 156 milhões.
Dois anos depois, foi a vez de outro gigante americano, o Carlyle, pagar US$ 1,1 bilhão pelo controle da empresa. Ao sair do negócio, em 2012, o fundo americano embolsou o dobro desse valor. Atualmente, os brasileiros do 3G, de Jorge Paulo Lemann, são os sócios de Seripieri. Nessas duas décadas, que fizeram florescer setores como o de cartões de crédito, saúde e educação, poucos segmentos evoluíram tanto quanto o de tevê por assinatura. Na primeira metade dos anos 1990, a tevê paga era um artigo de luxo, disponível para poucos em alguns lugares do País, e sua clientela, na maior parte das vezes, estava confinada nas regiões nobres das maiores cidades do País.
Para complicar, a quase totalidade da programação era transmitida exclusivamente em inglês. A popularização da tecnologia foi atrasada pelos altos preços dos pacotes cobrados pelas operadoras e por deficiências na infraestrutura, mas as operadoras de tevê paga já atingem 17,8 milhões de lares brasileiros. A maior beneficiada é a NET, dona de 33,7% desse mercado. Essa fatia aumenta para 53,6%, se for contabilizada a participação da Embratel, empresa da América Móvil, do bilionário mexicano Carlos Slim. Um resultado e tanto para uma empresa que tem origem em uma pequena operadora de Mato Grosso do Sul, que ao fim de 1993 tinha menos de cinco mil clientes.
O grande avanço da NET ocorreu só em 2005, após Slim propor a integração da tevê paga com banda larga e telefonia fixa, lançando o conceito triple play. “Isso era um sucesso nos Estados Unidos, mas aqui ninguém explorava”, diz Eduardo Tude, da consultoria paulista Teleco. “A NET, então, deixou de ser uma empresa pura de tevê por assinatura.” A recompensa foi tornar-se a maior provedora de banda larga do Brasil, superando a Oi, no terceiro trimestre de 2013. É um feito e tanto para uma empresa que, tal como a Stefanini, pode exibir uma história de crescimento propiciada por um ambiente mais amigável para os negócios trazido pela estabilização.
Por Ralphe MANZONI JR., Márcio JULIBONI e Carlos Eduardo VALIM
Fonte: istoedinheiro 27/12/2013
O ano de 1990 jamais sairá da memória do empreendedor paulista Marco Antônio Stefanini. Com apenas três anos de vida, sua empresa, a Stefanini, fundada para dar cursos de informática e prestar serviços, tinha tudo para, enfim, decolar. Em janeiro, ela contava com 31 cursos programados para os quatro meses seguintes. “Seria um salto enorme”, lembra Stefanini. No entanto, em 16 de março daquele ano, o então presidente Fernando Collor de Mello anunciou seu plano para acabar com a inflação com um ippon, o golpe perfeito do judô, que finaliza as competições no tatame. 88.jpg Marco Antônio Stefanini, fundador da Stefanini: "Na época da inflação, não conseguíamos planejar nada; vivíamos sempre focados no dia a dia"
A principal medida do que ficou conhecido como Plano Collor foi o famigerado confisco da poupança, promovido pela ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello, afetando as finanças de milhões de brasileiros – dos pequenos poupadores a empresários como Stefanini, a quem restou apenas um cliente, que o pagou 120 dias depois. “O Plano Collor praticamente matou meu negócio”, diz ele. Desiludido, ele chegou a preencher formulários de imigração para a Austrália e para o Canadá. Só não embarcou porque os consulados daqueles dois países demoraram mais de um ano para conceder o visto.
Como tinha tempo livre, passou a dar palestras gratuitas, a fim de prospectar clientes. Ia de ônibus, pois seu carro havia sido roubado. Em 1991, os negócios voltaram, ainda que timidamente, e o empresário decidiu ficar no Brasil. Sábia decisão. “Criamos um DNA gerencial para lidar com crises”, afirma Stefanini. O negócio decolou a partir de 1993, quando a introdução das primeiras etapas do Plano Real trouxe estabilidade à economia brasileira. “Antes, não conseguíamos planejar”, diz Stefanini. “Vivíamos sempre focados no dia a dia.” Naquele ano, a consultoria de serviços de tecnologia faturou seu primeiro milhão de dólares.
Em 1994, a receita triplicou. Atualmente, ele comanda um grupo que fatura mais de R$ 2 bilhões por ano e atua em 30 países. Desde 2010, a Stefanini fez mais de dez aquisições no País e fora daqui, o que faz dela, segundo a Fundação Dom Cabral, de Belo Horizonte, a terceira companhia mais internacionalizada do Brasil. Perde apenas para o frigorífico JBS e para a siderúrgica Gerdau. A Stefanini é um exemplo das companhias que resistiram às turbulências de uma economia que registrou inconcebíveis (para quem vive no Brasil de hoje) 2.476% de inflação em 1993, e souberam aproveitar as oportunidades da estabilização econômica. 89.jpg Rômulo Dias, presidente da Cielo: "Antes do Real, o mercado de cartões era um negócio com o qual ninguém ganhava dinheiro"
Nesse sentido, melhor sorte tiveram empresas como a Cielo, de transações eletrônicas, a vendedora de planos de saúde Qualicorp, a rede de ensino Anhanguera Educacional, a companhia de tevê a cabo NET e a cervejaria Petrópolis, que já nasceram em um país diferente, numa época de inflação controlada. E souberam tirar partido desse período, que pode ser dividido em três fases. Na primeira, com o controle da inflação, as companhias puderam, enfim, fazer um planejamento de longo prazo, a despeito das crises da época, como a mexicana, a asiática e a russa, entre 1994 e 1998, e a queda das Torres Gêmeas, em 2001.
A partir de 2004, o crescimento da renda e o aumento do crédito trouxeram novos consumidores ao mercado. E, em 2008, quando a crise financeira global derrubou mercados ao redor do mundo e enfraqueceu os Estados Unidos e a Europa, as empresas brasileiras, fortalecidas na ocasião, saíram à compra de ativos baratos no Exterior, reforçando seu processo de globalização. A área de cartões de crédito é emblemática das mudanças pela qual passou o Brasil com o fim da hiperinflação. “Antes do Real, esse mercado era um negócio com o qual ninguém ganhava dinheiro e também não havia escala”, diz Rômulo Dias, presidente da Cielo, a maior companhia brasileira de transações eletrônicas, controlada pelo Bradesco e pelo Banco do Brasil.
É fácil de entender o que Dias quer dizer, principalmente para quem viveu a época da hiperinflação. Primeiro, havia poucos lojistas que aceitavam cartões. Entre aqueles que o faziam, a prática era cobrar mais caro de quem pagava as mercadorias e os serviços com o plástico. Conclusão: os brasileiros preferiam o cheque e o dinheiro. “As transações com cartão de crédito eram quase nulas na época”, afirma Dias. A estabilização econômica foi a parteira do mercado brasileiro de cartões. A Cielo, fundada em 1995 com o nome de Companhia Brasileira de Meios de Pagamentos (CBMP), começou a operar uma rede credenciada de mais de 100 mil estabelecimentos.
Em 1996, passou a se chamar Visanet. Desde então, cresceu de forma acelerada. Sua receita aumentou 250% desde 2006. O lucro líquido expandiu-se 3,5 vezes no mesmo período. Com valor de mercado de mais de R$ 51 bilhões, a Cielo, que detém uma participação de mercado de 53%, é a nona empresa mais valiosa do Brasil. Essa valorização deve-se à explosão de seu segmento de atuação. Neste ano, o valor de transações por cartão de crédito e débito deve somar R$ 844 bilhões, um aumento de 17%. Em 2015, a estimativa da Abecs, associação que representa o setor, é chegar a R$ 1 trilhão. E ainda há muito espaço para crescer. 90.jpg
No Brasil, o gasto com cartão de crédito dividido pelo consumo nacional está na casa dos 26%. Nos Estados Unidos, 50%. Além disso, as transações ainda estão concentradas nos consumidores do Sul e Sudeste. “Em dez anos, podemos chegar a 45%”, estima Dias. A expansão dos cartões reflete o aumento do poder de compra dos brasileiros, que também beneficiou o setor de bebidas. “O baixo desemprego e a renda em alta favoreceram sua expansão”, diz Pedro Galdi, analista da corretora SLW. Entre 1994 e 2012, o País passou da quinta para a terceira posição entre os maiores produtores de cerveja, indo de 6 bilhões para 13 bilhões de litros, segundo a alemã Barth-Haas, cujos relatórios são referência no setor.
O Grupo Petrópolis é um exemplo de como a nova conjuntura favoreceu as cervejarias. Criada em 1994, a empresa desbancou a Schincariol da vice-liderança do setor, em outubro de 2011. Hoje, a Petrópolis possui uma fatia estimada de 11,3% desse mercado e faturou cerca de R$ 10 bilhões em 2013. Nos últimos anos, além de satisfazer suas necessidades de consumo, a nova classe média passou a investir cada vez mais em educação e a preocupar-se com a saúde. “Essas famílias querem, pelo menos, um membro com diploma superior”, diz Carlos Monteiro, presidente da CM Consultoria.
Esse mercado, porém, só deslanchou após mudanças na legislação, entre 1995 e 1998, permitirem a criação de instituições de ensino universitário com fins lucrativos. O resultado foi um salto de 176% no setor privado, que passou de 764 instituições em 1998, para 2.112 no ano passado. Como comparação, as instituições públicas avançaram 36%, para 284. A Anhanguera Educacional, fundada em 1994, floresceu nesses 20 anos. Hoje, em processo de fusão com a Kroton, para criar o maior grupo de ensino do mundo em valor de mercado, a Anhanguera mostra que soube aproveitar esse impulso propiciado pela mudança nas regras do setor e pelo aumento do poder aquisitivo da população brasileira, principalmente das classe C e D.
“A demanda reprimida dos jovens trabalhadores sempre foi grande”, diz Antonio Carbonari Netto, um dos fundadores do grupo e membro do conselho de administração. “Pensávamos em prepará-los para o mercado de trabalho.” Mas Carbonari é apenas um de muitos exemplos de empresários que encontraram um novo mundo de consumidores. Na área de saúde, José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp, foi um dos que mais se beneficiaram da evolução das últimas duas décadas. Colocado na 107a posição do ranking da Forbes de 2013 dos brasileiros mais ricos, com uma fortuna de R$ 1,14 bilhão, ele era um simples vendedor de planos de saúde da Golden Cross, até meados da década de 1990. 91.jpg Antonio Carbonari Netto, da Anhanguera Educacional: "O Real permitiu à classe média emergente preparar seus jovens para o mercado"
Foi nessa função, ainda na Golden Cross, que Seripieri Filho teve a ideia de criar um novo mercado para o setor de saúde no Brasil: o dos planos coletivos por adesão. Em 1997, fundou a Qualicorp, fazendo a intermediação entre as operadoras e os grandes clientes, como associações de classe. Nesse modelo, a Qualicorp aproveitou a expansão do mercado de planos de saúde, que cresceu 50% na década de 2000. Com isso, atraiu alguns dos mais conhecidos fundos de investimentos internacionais. Em 2008, vendeu uma fatia de 46% de seu capital para o americano General Atlantic por US$ 156 milhões.
Dois anos depois, foi a vez de outro gigante americano, o Carlyle, pagar US$ 1,1 bilhão pelo controle da empresa. Ao sair do negócio, em 2012, o fundo americano embolsou o dobro desse valor. Atualmente, os brasileiros do 3G, de Jorge Paulo Lemann, são os sócios de Seripieri. Nessas duas décadas, que fizeram florescer setores como o de cartões de crédito, saúde e educação, poucos segmentos evoluíram tanto quanto o de tevê por assinatura. Na primeira metade dos anos 1990, a tevê paga era um artigo de luxo, disponível para poucos em alguns lugares do País, e sua clientela, na maior parte das vezes, estava confinada nas regiões nobres das maiores cidades do País.
Para complicar, a quase totalidade da programação era transmitida exclusivamente em inglês. A popularização da tecnologia foi atrasada pelos altos preços dos pacotes cobrados pelas operadoras e por deficiências na infraestrutura, mas as operadoras de tevê paga já atingem 17,8 milhões de lares brasileiros. A maior beneficiada é a NET, dona de 33,7% desse mercado. Essa fatia aumenta para 53,6%, se for contabilizada a participação da Embratel, empresa da América Móvil, do bilionário mexicano Carlos Slim. Um resultado e tanto para uma empresa que tem origem em uma pequena operadora de Mato Grosso do Sul, que ao fim de 1993 tinha menos de cinco mil clientes.
O grande avanço da NET ocorreu só em 2005, após Slim propor a integração da tevê paga com banda larga e telefonia fixa, lançando o conceito triple play. “Isso era um sucesso nos Estados Unidos, mas aqui ninguém explorava”, diz Eduardo Tude, da consultoria paulista Teleco. “A NET, então, deixou de ser uma empresa pura de tevê por assinatura.” A recompensa foi tornar-se a maior provedora de banda larga do Brasil, superando a Oi, no terceiro trimestre de 2013. É um feito e tanto para uma empresa que, tal como a Stefanini, pode exibir uma história de crescimento propiciada por um ambiente mais amigável para os negócios trazido pela estabilização.
Por Ralphe MANZONI JR., Márcio JULIBONI e Carlos Eduardo VALIM
Fonte: istoedinheiro 27/12/2013
Fusões e aquisições movimentam o setor TIC
Por outro lado, Telefónica tenta repassar sua parte na TIM.
O ano foi movimento em fusões e aquisições para as companhias de tecnologia: a Cisco e a Nokia compraram, cada uma, empresas por valores acima de 2 bilhões de dólares.
Porém, um dos maiores negócios do ano foi a fusão entre a Oi e a Portugal Telecom, no início de outubro. O negócio prevê um aumento de 13,1 bilhões no capital da brasileira com uma parte em dinheiro mínima de R$ 7 bilhões.
A aquisição da Sourcefire, empresa com foco em inteligência para segurança cibernética, se deu por US$ 2,7 bilhões, ou US$ 76 por ação, em dinheiro, pela Cisco. Já a Nokia pagou por US$ 2,2 bilhões para ter o controle total do negócio Nokia Siemens Networks, a joint venture das duas empresas com foco em equipamento de redes, cuja aposta é em tecnologias para operar 4G LTE.
Enquanto alguns diversificam o portfólio e aumentam seus negócios, outros querem reverter prejuízos se desfazendo de sua participação. Após negar uma possível fusão e ter prazo determinado em 18 meses pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para reduzir presença na telefonia móvel do Brasil, a Telefónica deve se desfazer da sua participação na da filial nacional da Telecom Italia, a TIM Participações.
Confira as principais notícias do ano sobre fusões e aquisições:
- Fusão entre Oi e Portugal Telecom pode reduzir dívida até 2015
- Cisco mira em segurança com aquisição da Sourcefire por US$ 2,7 bilhões
- Ericsson anuncia aquisição da Telcocell e ampliará serviços para operadoras
- Aquisição de US$ 800 milhões pode alavancar negócios no PayPal
- Grupo Abril investe em e-commerce com aquisição da empresa Meu Espelho
- McAfee adquire Stonesoft e reforça portfólio de segurança corporativa
- Locaweb adquire empresa de e-mail marketing 'All In Mail'
- Nokia compra joint venture ‘Nokia Siemens Networks’ por US$ 2,2 bilhões
- Extreme começa a integração da Enterasys no Brasil
Fonte: ipnews 20/12/2013
O ano foi movimento em fusões e aquisições para as companhias de tecnologia: a Cisco e a Nokia compraram, cada uma, empresas por valores acima de 2 bilhões de dólares.
Porém, um dos maiores negócios do ano foi a fusão entre a Oi e a Portugal Telecom, no início de outubro. O negócio prevê um aumento de 13,1 bilhões no capital da brasileira com uma parte em dinheiro mínima de R$ 7 bilhões.
A aquisição da Sourcefire, empresa com foco em inteligência para segurança cibernética, se deu por US$ 2,7 bilhões, ou US$ 76 por ação, em dinheiro, pela Cisco. Já a Nokia pagou por US$ 2,2 bilhões para ter o controle total do negócio Nokia Siemens Networks, a joint venture das duas empresas com foco em equipamento de redes, cuja aposta é em tecnologias para operar 4G LTE.
Enquanto alguns diversificam o portfólio e aumentam seus negócios, outros querem reverter prejuízos se desfazendo de sua participação. Após negar uma possível fusão e ter prazo determinado em 18 meses pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para reduzir presença na telefonia móvel do Brasil, a Telefónica deve se desfazer da sua participação na da filial nacional da Telecom Italia, a TIM Participações.
Confira as principais notícias do ano sobre fusões e aquisições:
- Fusão entre Oi e Portugal Telecom pode reduzir dívida até 2015
- Cisco mira em segurança com aquisição da Sourcefire por US$ 2,7 bilhões
- Ericsson anuncia aquisição da Telcocell e ampliará serviços para operadoras
- Aquisição de US$ 800 milhões pode alavancar negócios no PayPal
- Grupo Abril investe em e-commerce com aquisição da empresa Meu Espelho
- McAfee adquire Stonesoft e reforça portfólio de segurança corporativa
- Locaweb adquire empresa de e-mail marketing 'All In Mail'
- Nokia compra joint venture ‘Nokia Siemens Networks’ por US$ 2,2 bilhões
- Extreme começa a integração da Enterasys no Brasil
Fonte: ipnews 20/12/2013
27 dezembro 2013
Transnordestina Logística aprova cisão parcial da companhia
Os acionistas da Transnordestina Logística aprovaram hoje a cisão parcial da companhia e a incorporação da parcela cindida pela Ferrovia Transnordestina Logística (FTL).
A operação faz parte de uma proposta de reorganização de negócios, no âmbito do acordo de investimentos celebrado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Valec e o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).
O objetivo é a separação dos ativos ligados à Malha I e a incorporação de tal parcela cindida pela FTL, viabilizando a criação de "adequada estrutura de acompanhamento e fiscalização dos órgãos públicos" em relação aos ativos e passivos ligados à Malha II. A Malha I compreende os trechos de São Luís a Mucuripe, Arrojado a Recife, Itabaiana a Cabedelo e Paula Cavalcante a Macau. A Malha II corresponde às seguintes ligações: Missão Velha a Salgueiro, Salgueiro a Trindade, Trindade a Eliseu Martins, Salgueiro ao Porto de Suape e Missão Velha ao Porto de Pecém.
Um protocolo foi firmado no dia 5 de dezembro entre os administradores da FTL e da companhia. A separação será feita de tal forma que a FTL receberá, pelo seu valor contábil, a totalidade dos bens, direitos e obrigações constantes da parcela cindida.
Na incorporação, a CSN e a Taquari Participações, atuais acionistas, receberão 193,449 milhões de ações ordinárias, em substituição à redução de seu investimento na companhia e com base na relação de substituição de 0,01816 ações de emissão da parte cindida por 1 ação de emissão da FTL, cabendo à CSN 153,3 milhões de ações ordinárias de emissão da incorporadora e à Taquari, 40,145 milhões de papéis.
Em setembro, CSN, Valec, FDNE e BNDESPar assinaram novo acordo de acionistas. O objetivo, na época, era tratar dos recursos que precisariam ser aportados na Transnordestina para a implementação da Malha II. O trecho teve seus prazos de conclusão ajustados e prevê o financiamento e aportes de aproximadamente R$ 7,5 bilhões para a construção de 1,7 mil quilômetros de linhas. Até junho, R$ 4,1 bilhões tinham sido investidos.
Fonte: Uol 27/12/2013
A operação faz parte de uma proposta de reorganização de negócios, no âmbito do acordo de investimentos celebrado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Valec e o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).
O objetivo é a separação dos ativos ligados à Malha I e a incorporação de tal parcela cindida pela FTL, viabilizando a criação de "adequada estrutura de acompanhamento e fiscalização dos órgãos públicos" em relação aos ativos e passivos ligados à Malha II. A Malha I compreende os trechos de São Luís a Mucuripe, Arrojado a Recife, Itabaiana a Cabedelo e Paula Cavalcante a Macau. A Malha II corresponde às seguintes ligações: Missão Velha a Salgueiro, Salgueiro a Trindade, Trindade a Eliseu Martins, Salgueiro ao Porto de Suape e Missão Velha ao Porto de Pecém.
Um protocolo foi firmado no dia 5 de dezembro entre os administradores da FTL e da companhia. A separação será feita de tal forma que a FTL receberá, pelo seu valor contábil, a totalidade dos bens, direitos e obrigações constantes da parcela cindida.
Na incorporação, a CSN e a Taquari Participações, atuais acionistas, receberão 193,449 milhões de ações ordinárias, em substituição à redução de seu investimento na companhia e com base na relação de substituição de 0,01816 ações de emissão da parte cindida por 1 ação de emissão da FTL, cabendo à CSN 153,3 milhões de ações ordinárias de emissão da incorporadora e à Taquari, 40,145 milhões de papéis.
Em setembro, CSN, Valec, FDNE e BNDESPar assinaram novo acordo de acionistas. O objetivo, na época, era tratar dos recursos que precisariam ser aportados na Transnordestina para a implementação da Malha II. O trecho teve seus prazos de conclusão ajustados e prevê o financiamento e aportes de aproximadamente R$ 7,5 bilhões para a construção de 1,7 mil quilômetros de linhas. Até junho, R$ 4,1 bilhões tinham sido investidos.
Fonte: Uol 27/12/2013
M.Dias Branco aprova incorporação da Bomgosto
Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), os acionistas da M.Dias Branco aprovaram a incorporação da subsidiária Indústria de Alimentos Bomgosto, localizada em Pernambuco.
O patrimônio líquido da Bomgosto é de R$ 1,133 bilhão, tendo como referência o balanço até 30 de novembro de 2013.
Segundo a ata da AGE, em razão da incorporação serão extintos os estabelecimentos comerciais da Bomgosto, como as filiais nos Estados da Paraíba e Alagoas, que serão extintas e baixadas. Por Marcelle Gutierrez | Estadão
Fonte: yahoo 27/12/2013
O patrimônio líquido da Bomgosto é de R$ 1,133 bilhão, tendo como referência o balanço até 30 de novembro de 2013.
Segundo a ata da AGE, em razão da incorporação serão extintos os estabelecimentos comerciais da Bomgosto, como as filiais nos Estados da Paraíba e Alagoas, que serão extintas e baixadas. Por Marcelle Gutierrez | Estadão
Fonte: yahoo 27/12/2013
Empresas nacionais com fôlego para investir
O nível de endividamento médio de 331 companhias, de 61%, indica
Levantamento exclusivo realizado pela agência classificadora de risco Austin Rating para o Brasil Econômico aponta que setores brasileiros apresentam endividamento baixo e têm espaço para ampliar investimentos nos próximos anos. Na média, o endividamento da amostra equivale a 61% do patrimônio líquido, um nível considerado confortável por Alex Agostini, economista-chefe da agência, que coordenou o levantamento. São destaques os setores de mineração e de petróleo e gás, com menor nível de endividamento, comparados aos demais.
Além deles, foram analisados os segmentos de concessões de rodovias, siderurgia, construção civil, telecomunicações, energia elétrica, papel e celulose e metalurgia. O estudo reúne 331 empresas de capital aberto permanentemente acompanhadas pela Austin Rating e inclui os principais grupos empresariais do país. Ele foi realizado com base nos balanços apresentados pelas empresas no período de dezembro de 2010 ao primeiro semestre 2013.
“Taxas de endividamento superiores a 100%, ainda que de prazo mais longo e em situações de elevada rentabilidade, já impõem à empresa uma gestão mais complexa e reduzem o espaço para mais endividamento e, em consequência, novos investimentos”, explica ele. “Taxas abaixo desse patamar, de forma geral, ainda garantem fôlego para a captação de recursos destinados a investimentos”, diz ele. É apontada a relação entre patrimônio líquido e ativo imobilizado e entre patrimônio líquido e investimentos em outras companhias — as duas formas de avaliar os investimentos das empresas.
A ampliação da posição em imobilizados é uma indicação de que a companhia está investindo em seu próprio negócio. A expansão em investimentos aponta a participação acionária em outras empresas. O volume de endividamento apurado incluiu captações internas e externas de recursos com custo financeiro (empréstimos, debêntures e bônus, por exemplo). O patrimônio líquido somado das 331 empresas analisadas era de R$ 1,252 trilhão ao fim do primeiro semestre de 2013.
A análise por setor mostra, por exemplo, que o segmento de Petróleo e Gás, incluindo sua principal representante, a Petrobras, apresentava no primeiro semestre de 2013 um endividamento total equivalente a 26% do patrimônio líquido (total de capital próprio da empresa). Esta taxa vem subindo nos últimos dois anos: em dezembro de 2010, estava em 18,24% do patrimônio líquido. Ao mesmo tempo, fica claro que o endividamento vem sendo destinado a investimentos na expansão do próprio setor.
Os ativos imobilizados das empresas analisadas equivaliam a 61,48% do patrimônio líquido em dezembro de 2010 e, ao fim do primeiro semestre de 2013, estava em 88,39%. O setor, pela dimensão e potencial, tem grande capacidade de alavancar uma expansão econômica futura. As empresas de concessão de rodovias estão entre as que apresentam endividamento elevado: 158,85% do patrimônio somados de um total de 28 empresas analisadas.
Embora elevado, o nível de endividamento caiu em relação a dezembro de 2012 (186,69% do patrimônio líquido) e, para Agostini, ele não chega a ser um problema, já que o grupo apresenta elevada rentabilidade—lucro equivalente a 29,3% do patrimônio líquido em junho de 2013; 22,44% em dezembro de 2012; e 19,47% em dezembro de 2011. Já os investimentos no próprio ramo são bastante baixos — os ativos imobilizados correspondem a cerca de 3% do patrimônio.
Investimentos em outras empresas estavam em 54,5% do patrimônio líquido ao fim do primeiro semestre deste ano. O grupo de mineração — três empresas foram analisadas, dentre elas a Vale — apresenta baixo nível de endividamento: 21,86% do patrimônio líquido somado (R$ 161 bilhões) em junho de 2013. Na mesma data, os investimentos em participações correspondiam a 80% do patrimônio líquido. “Um bom nível”, diz Agostini.
A rentabilidade, negativa em 2012, mostra recuperação. Estava em 6,4%, contra -14,3% em dezembro de 2012. O economista explica que a rentabilidade média da maior parte dos negócios fica em torno de 12%, mas há setores de rentabilidade elevadíssima. A indústria do fumo e as administradoras de cartões de crédito, ambas com taxas superiores a 70% do patrimônio líquido, são exemplos.
No caso da siderurgia, percebe-se a elevação dos investimentos em participações acionárias em outras empresas (equivalente a 119,4% do patrimônio líquido em junho de 2013) e não na imobilização de ativos. “Há um movimento de diversificação de negócios nesse setor”, explica o economista-chefe da Austin Rating. “A rentabilidade ainda está em recuperação, mas no futuro, com a recuperação da rentabilidade, haverá espaço para novos investimentos, já que o endividamento é baixo”, explica.
Em telecomunicações, o movimento é semelhante. As empresas priorizam investimentos em participações e não no próprio negócio. O nível de endividamento baixo — 28,3% do patrimônio líquido em junho de 2013 e participações na casa de 80%. A rentabilidade e o endividamento abaixo da média indicam que o setor aguarda o retorno das participações em outras empresas para retomar o ciclo de investimentos. Sônia Filgueiras | Brasil Econômico
Fonte: resenhaeletronica 27/12/2013
Levantamento exclusivo realizado pela agência classificadora de risco Austin Rating para o Brasil Econômico aponta que setores brasileiros apresentam endividamento baixo e têm espaço para ampliar investimentos nos próximos anos. Na média, o endividamento da amostra equivale a 61% do patrimônio líquido, um nível considerado confortável por Alex Agostini, economista-chefe da agência, que coordenou o levantamento. São destaques os setores de mineração e de petróleo e gás, com menor nível de endividamento, comparados aos demais.
Além deles, foram analisados os segmentos de concessões de rodovias, siderurgia, construção civil, telecomunicações, energia elétrica, papel e celulose e metalurgia. O estudo reúne 331 empresas de capital aberto permanentemente acompanhadas pela Austin Rating e inclui os principais grupos empresariais do país. Ele foi realizado com base nos balanços apresentados pelas empresas no período de dezembro de 2010 ao primeiro semestre 2013.
“Taxas de endividamento superiores a 100%, ainda que de prazo mais longo e em situações de elevada rentabilidade, já impõem à empresa uma gestão mais complexa e reduzem o espaço para mais endividamento e, em consequência, novos investimentos”, explica ele. “Taxas abaixo desse patamar, de forma geral, ainda garantem fôlego para a captação de recursos destinados a investimentos”, diz ele. É apontada a relação entre patrimônio líquido e ativo imobilizado e entre patrimônio líquido e investimentos em outras companhias — as duas formas de avaliar os investimentos das empresas.
A ampliação da posição em imobilizados é uma indicação de que a companhia está investindo em seu próprio negócio. A expansão em investimentos aponta a participação acionária em outras empresas. O volume de endividamento apurado incluiu captações internas e externas de recursos com custo financeiro (empréstimos, debêntures e bônus, por exemplo). O patrimônio líquido somado das 331 empresas analisadas era de R$ 1,252 trilhão ao fim do primeiro semestre de 2013.
A análise por setor mostra, por exemplo, que o segmento de Petróleo e Gás, incluindo sua principal representante, a Petrobras, apresentava no primeiro semestre de 2013 um endividamento total equivalente a 26% do patrimônio líquido (total de capital próprio da empresa). Esta taxa vem subindo nos últimos dois anos: em dezembro de 2010, estava em 18,24% do patrimônio líquido. Ao mesmo tempo, fica claro que o endividamento vem sendo destinado a investimentos na expansão do próprio setor.
Os ativos imobilizados das empresas analisadas equivaliam a 61,48% do patrimônio líquido em dezembro de 2010 e, ao fim do primeiro semestre de 2013, estava em 88,39%. O setor, pela dimensão e potencial, tem grande capacidade de alavancar uma expansão econômica futura. As empresas de concessão de rodovias estão entre as que apresentam endividamento elevado: 158,85% do patrimônio somados de um total de 28 empresas analisadas.
Embora elevado, o nível de endividamento caiu em relação a dezembro de 2012 (186,69% do patrimônio líquido) e, para Agostini, ele não chega a ser um problema, já que o grupo apresenta elevada rentabilidade—lucro equivalente a 29,3% do patrimônio líquido em junho de 2013; 22,44% em dezembro de 2012; e 19,47% em dezembro de 2011. Já os investimentos no próprio ramo são bastante baixos — os ativos imobilizados correspondem a cerca de 3% do patrimônio.
Investimentos em outras empresas estavam em 54,5% do patrimônio líquido ao fim do primeiro semestre deste ano. O grupo de mineração — três empresas foram analisadas, dentre elas a Vale — apresenta baixo nível de endividamento: 21,86% do patrimônio líquido somado (R$ 161 bilhões) em junho de 2013. Na mesma data, os investimentos em participações correspondiam a 80% do patrimônio líquido. “Um bom nível”, diz Agostini.
A rentabilidade, negativa em 2012, mostra recuperação. Estava em 6,4%, contra -14,3% em dezembro de 2012. O economista explica que a rentabilidade média da maior parte dos negócios fica em torno de 12%, mas há setores de rentabilidade elevadíssima. A indústria do fumo e as administradoras de cartões de crédito, ambas com taxas superiores a 70% do patrimônio líquido, são exemplos.
No caso da siderurgia, percebe-se a elevação dos investimentos em participações acionárias em outras empresas (equivalente a 119,4% do patrimônio líquido em junho de 2013) e não na imobilização de ativos. “Há um movimento de diversificação de negócios nesse setor”, explica o economista-chefe da Austin Rating. “A rentabilidade ainda está em recuperação, mas no futuro, com a recuperação da rentabilidade, haverá espaço para novos investimentos, já que o endividamento é baixo”, explica.
Em telecomunicações, o movimento é semelhante. As empresas priorizam investimentos em participações e não no próprio negócio. O nível de endividamento baixo — 28,3% do patrimônio líquido em junho de 2013 e participações na casa de 80%. A rentabilidade e o endividamento abaixo da média indicam que o setor aguarda o retorno das participações em outras empresas para retomar o ciclo de investimentos. Sônia Filgueiras | Brasil Econômico
Fonte: resenhaeletronica 27/12/2013
IPOs movimentam R$ 20,5 bi no ano apesar de incertezas
Olhado sob a frieza dos números, 2013 foi espetacular para ofertas de ações no Brasil. O volume captado pelas empresas que estrearam na bolsa, de R$ 20,5 bilhões, foi o maior desde 2007, o período de ouro dos IPOs no país. Entre novatas e companhias já listadas, foram captados R$ 23,9 bilhões em 18 operações. A Bovespa também foi palco da maior emissão de ações do mundo neste ano, com a abertura de capital da BB Seguridade, que movimentou R$ 11,5 bilhões.
É um caso clássico de como as aparências podem enganar. O ano de 2013 teve, sim, bons momentos para as ofertas, mas foi suado para as empresas que se arriscaram a ir à bolsa e exigiu habilidade dos coordenadores dessas operações. Reticentes com a política econômica brasileira e atentos à retomada do crescimento dos Estados Unidos, investidores foram seletivos. Impuseram descontos até mesmo em ofertas há muito aguardadas pelo mercado, como as da empresa de turismo CVC e a da Via Varejo, as duas últimas do ano.
Para conquistar investidores arredios, os bancos de investimentos que trabalham na estruturação das ofertas tiveram de aprofundar o trabalho de preparação das empresas e inovaram no desenho de algumas operações (ver texto abaixo).
O que se viu neste ano não é muito diferente do que os banqueiros de investimentos esperam para 2014, que terá como desafio adicional um calendário bem mais apertado por conta da Copa do Mundo e das eleições. "Vai ser um ano no mínimo curioso", resumiu Jean-Marc Etlin, vice-presidente-executivo do Itaú BBA, em uma recente entrevista à imprensa.
Num mercado em que as operações precisam seguir trâmites rigorosos e têm "janelas" para ser colocadas, esses dois eventos vão reduzir ainda mais os espaços para lançar as ofertas. No caso das eleições, a depender do tom da campanha pode haver também aumento da volatilidade, o que dificulta a formação de preços nas ofertas.
"Ninguém vai sair com uma oferta no meio da Copa. Até dá para sair, mas atrapalha, tira o foco", afirma Hans Lin, corresponsável pelo banco de investimentos do Bank of America Merrill Lynch (BofA) no Brasil.
Para não ter de disputar a atenção dos investidores com Neymar, Messi e os candidatos à eleição presidencial, os bancos têm recomendado às companhias que façam suas ofertas de preferência no primeiro trimestre. Quem quiser captar recursos no primeiro semestre e não competir com a Copa terá de estar pronto, no máximo, até o fim de maio, afirma Renato Ejnisman, responsável pelo banco de investimentos do Bradesco BBI.
Algumas empresas, no entanto, já têm sinalizado que pretendem deixar suas operações para 2015, observa Paulo Corchaki, responsável pela área de investimentos do UBS Wealth Management Brasil.
Um mau sinal é que não há, por enquanto, pedidos de ofertas arquivados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ser lançadas em janeiro ou fevereiro. Nos bancos de investimentos, há poucas operações no radar para o começo do ano.
Marcelo Millen, responsável pela área de ofertas de ações do Credit Suisse, calcula que há cerca de 50 empresas candidatas a ir à bolsa. No entanto, poucas já contrataram os bancos para iniciar os procedimentos.
"Se 2014 for igual a este ano em volume de ofertas, terá sido razoavelmente bom", diz Lin, do BofA.
As expectativas recaem ainda sobre as empresas de consumo, que têm dado o tom nas ofertas nos últimos ano. Porém, desta vez também são esperadas ofertas de companhias de infraestrutura, que vão precisar captar recursos para fazer investimentos. Ofertas como da Invepar, da Odebrecht TransPort e uma nova tentativa da Votorantim Cimentos são algumas das operações aguardadas para o próximo ano. Se saírem, darão um empurrão no volume de captações, já que tendem a ser ofertas grandes.
O caso da Votorantim Cimentos ilustra bem o que aconteceu com as ofertas neste ano. A empresa controlada pelos Ermírio de Moraes estava pronta para fazer seu IPO em junho. Porém, suspendeu a operação quando o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deu os primeiros sinais de que poderia reduzir seu programa de incentivos monetários - o que deslocou capital dos países emergentes para os Estados Unidos.
Até então, o mercado brasileiro estava aquecido para as ofertas. Depois de um 2012 fraco, o ano começou com a bem-sucedida estreia da fabricante de software Linx e continuou dessa forma nos meses seguintes, com operações como a da Smiles e da BB Seguridade.
Com as declarações do presidente do Fed, Ben Bernanke, em maio, o cenário virou de cabeça para baixo. Atraídos pela alta das taxas de juros dos títulos do Tesouro americano, os investidores tornaram-se muito mais seletivos com ativos de países emergentes.
O impacto foi maior no Brasil que em outros mercados. Além do contexto internacional, agravou-se a insatisfação dos investidores com o governo. "Foi um ano muito difícil, em que houve uma cristalização do mau humor em relação ao Brasil", afirma Fábio Nazari, chefe de mercado de capitais do BTG Pactual. "As expectativas em relação ao país estão superbaixas."
Esse é o clima que ainda persiste no fim de 2013 e deve se estender pelos próximos meses. "O ano teve dois contextos diferentes e 2014 também vai ser desafiador", diz Alessandro Zema, corresponsável pelo banco de investimentos do Morgan Stanley no Brasil.
O Fed anunciou recentemente que começará a reduzir o programa de estímulos monetários em janeiro, com impacto incerto sobre o mercado brasileiro. Para alguns banqueiros, o efeito já está precificado. Para outros, entretanto, a medida ainda poderá gerar alguns solavancos.
Ao mesmo tempo, a insatisfação com a política econômica persiste, o que pode manter os investidores estrangeiros pouco dispostos a apostar em novas ações na bolsa brasileira. "O necessário é que o governo seja muito firme na política fiscal", observa Marcelo Porto, responsável pela área de renda variável do Morgan Stanley. "Se forem confirmados os sinais de uma política fiscal mais restritiva, vai soar bem."
Por Talita Moreira e Ana Paula Ragazzi | De São Paulo e do Rio | Valor econômico
Fonte: portalsoma 27/12/2013
É um caso clássico de como as aparências podem enganar. O ano de 2013 teve, sim, bons momentos para as ofertas, mas foi suado para as empresas que se arriscaram a ir à bolsa e exigiu habilidade dos coordenadores dessas operações. Reticentes com a política econômica brasileira e atentos à retomada do crescimento dos Estados Unidos, investidores foram seletivos. Impuseram descontos até mesmo em ofertas há muito aguardadas pelo mercado, como as da empresa de turismo CVC e a da Via Varejo, as duas últimas do ano.
Para conquistar investidores arredios, os bancos de investimentos que trabalham na estruturação das ofertas tiveram de aprofundar o trabalho de preparação das empresas e inovaram no desenho de algumas operações (ver texto abaixo).
O que se viu neste ano não é muito diferente do que os banqueiros de investimentos esperam para 2014, que terá como desafio adicional um calendário bem mais apertado por conta da Copa do Mundo e das eleições. "Vai ser um ano no mínimo curioso", resumiu Jean-Marc Etlin, vice-presidente-executivo do Itaú BBA, em uma recente entrevista à imprensa.
Num mercado em que as operações precisam seguir trâmites rigorosos e têm "janelas" para ser colocadas, esses dois eventos vão reduzir ainda mais os espaços para lançar as ofertas. No caso das eleições, a depender do tom da campanha pode haver também aumento da volatilidade, o que dificulta a formação de preços nas ofertas.
"Ninguém vai sair com uma oferta no meio da Copa. Até dá para sair, mas atrapalha, tira o foco", afirma Hans Lin, corresponsável pelo banco de investimentos do Bank of America Merrill Lynch (BofA) no Brasil.
Para não ter de disputar a atenção dos investidores com Neymar, Messi e os candidatos à eleição presidencial, os bancos têm recomendado às companhias que façam suas ofertas de preferência no primeiro trimestre. Quem quiser captar recursos no primeiro semestre e não competir com a Copa terá de estar pronto, no máximo, até o fim de maio, afirma Renato Ejnisman, responsável pelo banco de investimentos do Bradesco BBI.
Algumas empresas, no entanto, já têm sinalizado que pretendem deixar suas operações para 2015, observa Paulo Corchaki, responsável pela área de investimentos do UBS Wealth Management Brasil.
Um mau sinal é que não há, por enquanto, pedidos de ofertas arquivados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ser lançadas em janeiro ou fevereiro. Nos bancos de investimentos, há poucas operações no radar para o começo do ano.
Marcelo Millen, responsável pela área de ofertas de ações do Credit Suisse, calcula que há cerca de 50 empresas candidatas a ir à bolsa. No entanto, poucas já contrataram os bancos para iniciar os procedimentos.
"Se 2014 for igual a este ano em volume de ofertas, terá sido razoavelmente bom", diz Lin, do BofA.
As expectativas recaem ainda sobre as empresas de consumo, que têm dado o tom nas ofertas nos últimos ano. Porém, desta vez também são esperadas ofertas de companhias de infraestrutura, que vão precisar captar recursos para fazer investimentos. Ofertas como da Invepar, da Odebrecht TransPort e uma nova tentativa da Votorantim Cimentos são algumas das operações aguardadas para o próximo ano. Se saírem, darão um empurrão no volume de captações, já que tendem a ser ofertas grandes.
O caso da Votorantim Cimentos ilustra bem o que aconteceu com as ofertas neste ano. A empresa controlada pelos Ermírio de Moraes estava pronta para fazer seu IPO em junho. Porém, suspendeu a operação quando o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deu os primeiros sinais de que poderia reduzir seu programa de incentivos monetários - o que deslocou capital dos países emergentes para os Estados Unidos.
Até então, o mercado brasileiro estava aquecido para as ofertas. Depois de um 2012 fraco, o ano começou com a bem-sucedida estreia da fabricante de software Linx e continuou dessa forma nos meses seguintes, com operações como a da Smiles e da BB Seguridade.
Com as declarações do presidente do Fed, Ben Bernanke, em maio, o cenário virou de cabeça para baixo. Atraídos pela alta das taxas de juros dos títulos do Tesouro americano, os investidores tornaram-se muito mais seletivos com ativos de países emergentes.
O impacto foi maior no Brasil que em outros mercados. Além do contexto internacional, agravou-se a insatisfação dos investidores com o governo. "Foi um ano muito difícil, em que houve uma cristalização do mau humor em relação ao Brasil", afirma Fábio Nazari, chefe de mercado de capitais do BTG Pactual. "As expectativas em relação ao país estão superbaixas."
Esse é o clima que ainda persiste no fim de 2013 e deve se estender pelos próximos meses. "O ano teve dois contextos diferentes e 2014 também vai ser desafiador", diz Alessandro Zema, corresponsável pelo banco de investimentos do Morgan Stanley no Brasil.
O Fed anunciou recentemente que começará a reduzir o programa de estímulos monetários em janeiro, com impacto incerto sobre o mercado brasileiro. Para alguns banqueiros, o efeito já está precificado. Para outros, entretanto, a medida ainda poderá gerar alguns solavancos.
Ao mesmo tempo, a insatisfação com a política econômica persiste, o que pode manter os investidores estrangeiros pouco dispostos a apostar em novas ações na bolsa brasileira. "O necessário é que o governo seja muito firme na política fiscal", observa Marcelo Porto, responsável pela área de renda variável do Morgan Stanley. "Se forem confirmados os sinais de uma política fiscal mais restritiva, vai soar bem."
Por Talita Moreira e Ana Paula Ragazzi | De São Paulo e do Rio | Valor econômico
Fonte: portalsoma 27/12/2013
As 10 maiores aquisições de tecnologia de 2013
O impacto de negociações como a compra da ExactTarget pela Salesforce, de Marc Benioff
Aquisições são uma ocorrência normal na indústria de TI e 2013 certamente teve a sua quota. Alguns fornecedores de TI, como a Cisco e a IBM, estiveram tão ativos como sempre, enquanto outras, com destaque para a Oracle, gastaram menos tempo fazendo compras este ano do que nos últimos anos.
Houve uma série de negócios multibilionários de grande sucesso em 2013, com potencial para transformar alguns segmentos da indústria. Mas essa lista não se baseia apenas no valor das ofertas: algumas delas estão na lista porque seu impacto sobre a indústria e o canal superou sua movimentação financeira.
A lista – apresentada em ordem de impacto crescente – também inclui uma aquisição hors concours, já que nunca aconteceu.
10 . Western Digital: Virident e STEC
A Western Digital, fabricante de drives de estado sólido (SSDs ) e discos rígidos, gastou mais de US $ 1 bilhão com um par de aquisições que intensificou a presença da empresa no mercado de sistemas de memória flash.
O anúncio mais proeminente, divulgado em setembro, foi que iria comprar o desenvolvedor de armazenamento flash Virident por cerca de US$ 685 milhões. Enquanto o movimento reforçou o portfólio de produtos de armazenamento flash da Western Digital, também foi visto como a criação de uma cunha entre a arquirrival Seagate e a Virident , que até então tinha sido parceira de negócios para a Seagate . A aquisição foi fechada em 17 de outubro.
No início do ano, a Western Digital fechou um acordo para comprar a STEC, uma das líderes no mercado de SSD para cerca de US $ 340 milhões. A aquisição foi concluída 17 de setembro.
9 . IBM: Trusteer
A IBM expandiu significativamente sua pegada na arena da cibersegurança em agosto, quando divulgou acordo para adquirir a Trusteer, desenvolvedora israelense de software antifraude e de proteção contra outras ameaças de segurança avançadas.
A IBM não revelou o custo da aquisição, que encerrou no dia 3 de setembro. Mas reportagens publicadas na época disse que o preço estava na faixa de US $ 1 bilhão. Além de adquirir a tecnologia, fornecida como serviço na nuvem, a IBM anunciou que vai abrir um laboratório de segurança cibernética em Israel com as operações da Trusteer em seu núcleo.
8 . EMC: ScaleIO
A gigante de armazenamento de dados EMC adquiriu a ScaleIO em julho, por uma quantia não revelada – relatórios publicados na época colocou o preço de aquisição entre US $ 200 milhões e US $ 300 milhões. A ScaleIO é considerada uma pioneira na área de armazenamento definido por software e a aquisição foi vista como potencial divisor de águas, interrompendo a forma como as empresas adquirem sistemas de armazenamento e impactando a forma como o canal vende tanto armazenamento quanto computação em nuvem.
A tecnologia Elastic Converged Storage da ScaleIO cria um pool virtual de armazenamento baseado em servidor, usando qualquer combinação de dispositivos de estado sólido, cartões flash PCI e e discos rígidos. Potencialmente, a tecnologia pode eliminar a necessidade de uma rede de área de armazenamento com escala para milhares de servidores.
7 . Oracle: Acme Packet
O acordo anunciado em fevereiro e completado em abril voou sob o radar de muitos, apesar do valor de US$ 2,1 bilhão (US $ 1,7 bilhões líquidos de caixa da Acme Packet). Mas a aquisição marcou um grande passo para os esforços da Oracle para reforçar a sua posição na arena das comunicações.
A Acme Packet desenvolve tecnologia de controle, elemento crítico na entrega de voz de última geração, dados e serviços e aplicações de comunicações unificadas em redes IP. Um dos principais clientes para os produtos da Acme Packet são prestadores de serviços de telecomunicações. Este ano, a Oracle procurou se posicionar como um fornecedor estratégico de software para empresas de telecomunicações e a compra da Packet Acme é um elemento crítico desse esforço.
6 . Cisco: Insieme Networks
Como o mercado de rede definida por software (SDN) deve atingir US $ 3,7 bilhões em apenas três anos , o segmento tem uma série de novidades este ano. Mas, durante a maior parte de 2013, a Cisco manteve a indústria na dúvida sobre a sua própria estratégia SDN – a tal ponto que alguns viam a gigante da tecnologia de rede chegando tarde demais para a festa.
Tudo isso mudou em novembro, quando a Cisco anunciou que iria adquirir totalmente a Insieme Networks, uma startup de SDN da qual a Cisco já possuía 85% de participação. A aquisição foi visto como um movimento não apenas para recuperar o atraso, mas ultrapassar a concorrência – especialmente VMware – em SDN. A Cisco disse que colocaria a Insieme Networks no centro de sua estratégia SDN, levando-a a se concentrar em aplicativos de infraestrutura de tecnologia.
5 . Salesforce: ExactTarget
A Salesforce.com fechou acordo em junho para comprar ExactTarget, desenvolvedora de software cross-channel para aplicações de marketing digital que é oferecido como serviço, por US $ 2,5 bilhões. A aquisição, concluída em julho, permitiu à Salesforce expandir as funções da sua plataforma de CRM, especialmente em torno do uso de e-mail, comunicações móveis e mídia social.
O CEO Marc Benioff observou na ocasião que os diretores de marketing estão exercendo mais influência sobre os gastos de TI. Parceiros de canal da Salesforce disseram que a adição da tecnologia ExactTarget daria aos usuários do Salesforce capacidade de obter análise mais profunda do comportamento dos seus clientes.
4 . IBM: SoftLayer
A IBM levou a SoftLayer Technologies, fornecedora de infraestrutura de computação em nuvem, em negócio anunciado em junho e concluído em 8 de julho. Antes de ser anunciado, surgiram relatos de que IBM e EMC disputaram a compra por até US $ 2 bilhões – a IBM não revelou quanto pagou.
A aquisição deu impulso às operações de serviços de nuvem da IBM, para concorrer mais diretamente com a Amazon Web Services e a Rackspace. O acordo também ampliou os tipos de serviços que IBM poderia oferecer aos provedores de serviços gerenciados, em um momento em que recruta como serviço agressivamente neste segmento.
A IBM fez da SoftLayer peça central de uma campanha de marketing agressiva que lançou contra a Amazon no mês passado. Depois de perder o cobiçado contrato de computação em nuvem da CIA para a Amazon no início de 2013, adquirir a SoftLayer é uma forma de evitar que isso aconteça novamente.
3 . Cisco: Sourcefire
Poucas áreas são mais importantes para os gerentes de TI nos dias de hoje do que a segurança da rede. E essa é uma área onde a fabricante de tecnologia de redes Cisco duela com sua rival Palo Alto Networks.
Este ano Cisco procurou ganhar uma vantagem quando se anunciou em julho um acordo para comprar a Sourcefire, desenvolvedora de tecnologias avançadas de proteção contra malware, detecção de intrusão e firewall de próxima geração por expressivos $ 2,7 bilhões. A aquisição foi fechada em outubro.
A Cisco disse que a aquisição da Sourcefire, com sede em Maryland, Columbia, proporcionaria “profundo DNA de segurança”, um conjunto de habilidades que se tornou cada vez mais importante dada a complexidade que a computação móvel, a computação em nuvem e a Internet das coisas introduziu na paisagem de segurança de TI.
2 . Microsoft: Nokia
A Microsoft está tentando ir além de seu modelo de negócios de software centrado em desktop e reformular-se como uma empresa de dispositivos e serviços. Para isso, um dos seus maiores movimentos foi o negócio de US$ 7,2 bilhões para adquirir dispositivos e serviços de negócios da Nokia, anunciado em setembro. A aquisição ganhou a aprovação de acionistas da Nokia e da Comissão Europeia e deverá ser concluída no início de 2014.
A Microsoft vê a Nokia como uma maneira de virar a sua posição de atraso no negócio de telefonia móvel. O sistema operacional móvel Windows Phone tem baixa participação de mercado de um dígito, contra o iOS da Apple e o Android do Google. Pelo lado do aparelho, o Microsoft Kin foi um fracasso total.
Nokia e Microsoft já tinham relação estreita após as duas empresas fecharem aliança em fevereiro de 2011 para desenvolver um ecossistema de dispositivos móveis em torno do software Microsoft Windows Phone – um investimento que custou bilhões da Microsoft. Mas a Microsoft, aparentemente, concluiu que não era suficiente.
1 . Dell: Dell
A maior aquisição do ano não foi um caso de uma empresa comprar outra. Foi o CEO da Dell, Michael Dell, que comprou sua própria empresa com alguma ajuda de investidores financeiros para um preço de US$ 24,900 bilhões.
Não foi fácil. Dell divulgou o plano em fevereiro, após semanas de relatórios e especulação. Mas o que parecia ser uma proposta simples transformou-se em uma batalha de meses de duração com o investidor Carl Icahn sobre o futuro da empresa, antes de Michael Dell finalmente prevalecer em setembro.
Então o que acontece agora? Michael Dell já abalou a equipe de gestão da empresa. E a Dell já tomou algumas medidas que indicam uma abordagem mais focada no canal de vendas. Mas ainda é cedo. A única coisa que podemos ter certeza é que o impacto desta aquisição será sentida profundamente em 2014 e além.
IBM e Lenovo: a aquisição que não rolou
Em abril, um relatório da CRN apontou que a IBM estava em negociações para vender seu negócio de servidor x86 para a Lenovo. A IBM, que tem aparecido cada vez mais focada em software e ofertas de serviços nos últimos anos, vem lutando para ampliar suas vendas de hardware. Ainda assim, o movimento relatado pegou todos de surpresa.
A Lenovo reconheceu que as negociações estavam em andamento. A IBM, entretanto, nunca foi além, dizendo que estava pensando em alienar a participação de empresas de baixo desempenho. Mas as duas empresas nunca puxaram o gatilho sobre o negócio. Em maio, a CRN informou que as negociações tinham quebrado para baixo sobre “questões de avaliação”.
Fonte: crn.itweb 26/12/2013
Aquisições são uma ocorrência normal na indústria de TI e 2013 certamente teve a sua quota. Alguns fornecedores de TI, como a Cisco e a IBM, estiveram tão ativos como sempre, enquanto outras, com destaque para a Oracle, gastaram menos tempo fazendo compras este ano do que nos últimos anos.
Houve uma série de negócios multibilionários de grande sucesso em 2013, com potencial para transformar alguns segmentos da indústria. Mas essa lista não se baseia apenas no valor das ofertas: algumas delas estão na lista porque seu impacto sobre a indústria e o canal superou sua movimentação financeira.
A lista – apresentada em ordem de impacto crescente – também inclui uma aquisição hors concours, já que nunca aconteceu.
10 . Western Digital: Virident e STEC
A Western Digital, fabricante de drives de estado sólido (SSDs ) e discos rígidos, gastou mais de US $ 1 bilhão com um par de aquisições que intensificou a presença da empresa no mercado de sistemas de memória flash.
O anúncio mais proeminente, divulgado em setembro, foi que iria comprar o desenvolvedor de armazenamento flash Virident por cerca de US$ 685 milhões. Enquanto o movimento reforçou o portfólio de produtos de armazenamento flash da Western Digital, também foi visto como a criação de uma cunha entre a arquirrival Seagate e a Virident , que até então tinha sido parceira de negócios para a Seagate . A aquisição foi fechada em 17 de outubro.
No início do ano, a Western Digital fechou um acordo para comprar a STEC, uma das líderes no mercado de SSD para cerca de US $ 340 milhões. A aquisição foi concluída 17 de setembro.
9 . IBM: Trusteer
A IBM expandiu significativamente sua pegada na arena da cibersegurança em agosto, quando divulgou acordo para adquirir a Trusteer, desenvolvedora israelense de software antifraude e de proteção contra outras ameaças de segurança avançadas.
A IBM não revelou o custo da aquisição, que encerrou no dia 3 de setembro. Mas reportagens publicadas na época disse que o preço estava na faixa de US $ 1 bilhão. Além de adquirir a tecnologia, fornecida como serviço na nuvem, a IBM anunciou que vai abrir um laboratório de segurança cibernética em Israel com as operações da Trusteer em seu núcleo.
8 . EMC: ScaleIO
A gigante de armazenamento de dados EMC adquiriu a ScaleIO em julho, por uma quantia não revelada – relatórios publicados na época colocou o preço de aquisição entre US $ 200 milhões e US $ 300 milhões. A ScaleIO é considerada uma pioneira na área de armazenamento definido por software e a aquisição foi vista como potencial divisor de águas, interrompendo a forma como as empresas adquirem sistemas de armazenamento e impactando a forma como o canal vende tanto armazenamento quanto computação em nuvem.
A tecnologia Elastic Converged Storage da ScaleIO cria um pool virtual de armazenamento baseado em servidor, usando qualquer combinação de dispositivos de estado sólido, cartões flash PCI e e discos rígidos. Potencialmente, a tecnologia pode eliminar a necessidade de uma rede de área de armazenamento com escala para milhares de servidores.
7 . Oracle: Acme Packet
O acordo anunciado em fevereiro e completado em abril voou sob o radar de muitos, apesar do valor de US$ 2,1 bilhão (US $ 1,7 bilhões líquidos de caixa da Acme Packet). Mas a aquisição marcou um grande passo para os esforços da Oracle para reforçar a sua posição na arena das comunicações.
A Acme Packet desenvolve tecnologia de controle, elemento crítico na entrega de voz de última geração, dados e serviços e aplicações de comunicações unificadas em redes IP. Um dos principais clientes para os produtos da Acme Packet são prestadores de serviços de telecomunicações. Este ano, a Oracle procurou se posicionar como um fornecedor estratégico de software para empresas de telecomunicações e a compra da Packet Acme é um elemento crítico desse esforço.
6 . Cisco: Insieme Networks
Como o mercado de rede definida por software (SDN) deve atingir US $ 3,7 bilhões em apenas três anos , o segmento tem uma série de novidades este ano. Mas, durante a maior parte de 2013, a Cisco manteve a indústria na dúvida sobre a sua própria estratégia SDN – a tal ponto que alguns viam a gigante da tecnologia de rede chegando tarde demais para a festa.
Tudo isso mudou em novembro, quando a Cisco anunciou que iria adquirir totalmente a Insieme Networks, uma startup de SDN da qual a Cisco já possuía 85% de participação. A aquisição foi visto como um movimento não apenas para recuperar o atraso, mas ultrapassar a concorrência – especialmente VMware – em SDN. A Cisco disse que colocaria a Insieme Networks no centro de sua estratégia SDN, levando-a a se concentrar em aplicativos de infraestrutura de tecnologia.
5 . Salesforce: ExactTarget
A Salesforce.com fechou acordo em junho para comprar ExactTarget, desenvolvedora de software cross-channel para aplicações de marketing digital que é oferecido como serviço, por US $ 2,5 bilhões. A aquisição, concluída em julho, permitiu à Salesforce expandir as funções da sua plataforma de CRM, especialmente em torno do uso de e-mail, comunicações móveis e mídia social.
O CEO Marc Benioff observou na ocasião que os diretores de marketing estão exercendo mais influência sobre os gastos de TI. Parceiros de canal da Salesforce disseram que a adição da tecnologia ExactTarget daria aos usuários do Salesforce capacidade de obter análise mais profunda do comportamento dos seus clientes.
4 . IBM: SoftLayer
A IBM levou a SoftLayer Technologies, fornecedora de infraestrutura de computação em nuvem, em negócio anunciado em junho e concluído em 8 de julho. Antes de ser anunciado, surgiram relatos de que IBM e EMC disputaram a compra por até US $ 2 bilhões – a IBM não revelou quanto pagou.
A aquisição deu impulso às operações de serviços de nuvem da IBM, para concorrer mais diretamente com a Amazon Web Services e a Rackspace. O acordo também ampliou os tipos de serviços que IBM poderia oferecer aos provedores de serviços gerenciados, em um momento em que recruta como serviço agressivamente neste segmento.
A IBM fez da SoftLayer peça central de uma campanha de marketing agressiva que lançou contra a Amazon no mês passado. Depois de perder o cobiçado contrato de computação em nuvem da CIA para a Amazon no início de 2013, adquirir a SoftLayer é uma forma de evitar que isso aconteça novamente.
3 . Cisco: Sourcefire
Poucas áreas são mais importantes para os gerentes de TI nos dias de hoje do que a segurança da rede. E essa é uma área onde a fabricante de tecnologia de redes Cisco duela com sua rival Palo Alto Networks.
Este ano Cisco procurou ganhar uma vantagem quando se anunciou em julho um acordo para comprar a Sourcefire, desenvolvedora de tecnologias avançadas de proteção contra malware, detecção de intrusão e firewall de próxima geração por expressivos $ 2,7 bilhões. A aquisição foi fechada em outubro.
A Cisco disse que a aquisição da Sourcefire, com sede em Maryland, Columbia, proporcionaria “profundo DNA de segurança”, um conjunto de habilidades que se tornou cada vez mais importante dada a complexidade que a computação móvel, a computação em nuvem e a Internet das coisas introduziu na paisagem de segurança de TI.
2 . Microsoft: Nokia
A Microsoft está tentando ir além de seu modelo de negócios de software centrado em desktop e reformular-se como uma empresa de dispositivos e serviços. Para isso, um dos seus maiores movimentos foi o negócio de US$ 7,2 bilhões para adquirir dispositivos e serviços de negócios da Nokia, anunciado em setembro. A aquisição ganhou a aprovação de acionistas da Nokia e da Comissão Europeia e deverá ser concluída no início de 2014.
A Microsoft vê a Nokia como uma maneira de virar a sua posição de atraso no negócio de telefonia móvel. O sistema operacional móvel Windows Phone tem baixa participação de mercado de um dígito, contra o iOS da Apple e o Android do Google. Pelo lado do aparelho, o Microsoft Kin foi um fracasso total.
Nokia e Microsoft já tinham relação estreita após as duas empresas fecharem aliança em fevereiro de 2011 para desenvolver um ecossistema de dispositivos móveis em torno do software Microsoft Windows Phone – um investimento que custou bilhões da Microsoft. Mas a Microsoft, aparentemente, concluiu que não era suficiente.
1 . Dell: Dell
A maior aquisição do ano não foi um caso de uma empresa comprar outra. Foi o CEO da Dell, Michael Dell, que comprou sua própria empresa com alguma ajuda de investidores financeiros para um preço de US$ 24,900 bilhões.
Não foi fácil. Dell divulgou o plano em fevereiro, após semanas de relatórios e especulação. Mas o que parecia ser uma proposta simples transformou-se em uma batalha de meses de duração com o investidor Carl Icahn sobre o futuro da empresa, antes de Michael Dell finalmente prevalecer em setembro.
Então o que acontece agora? Michael Dell já abalou a equipe de gestão da empresa. E a Dell já tomou algumas medidas que indicam uma abordagem mais focada no canal de vendas. Mas ainda é cedo. A única coisa que podemos ter certeza é que o impacto desta aquisição será sentida profundamente em 2014 e além.
IBM e Lenovo: a aquisição que não rolou
Em abril, um relatório da CRN apontou que a IBM estava em negociações para vender seu negócio de servidor x86 para a Lenovo. A IBM, que tem aparecido cada vez mais focada em software e ofertas de serviços nos últimos anos, vem lutando para ampliar suas vendas de hardware. Ainda assim, o movimento relatado pegou todos de surpresa.
A Lenovo reconheceu que as negociações estavam em andamento. A IBM, entretanto, nunca foi além, dizendo que estava pensando em alienar a participação de empresas de baixo desempenho. Mas as duas empresas nunca puxaram o gatilho sobre o negócio. Em maio, a CRN informou que as negociações tinham quebrado para baixo sobre “questões de avaliação”.
Fonte: crn.itweb 26/12/2013
Vale arrecada mais R$ 355 milhões com venda de ativos não estratégicos
A mineradora Vale arrecadou ontem mais R$ 355,2 milhões com a venda de participação em ativos, dentro de sua estratégia de desinvestimento e foco no seu negócio principal: a produção de minério de ferro.
A companhia anunciou a venda de 44,25% na empresa de fertilizantes Fosbrasil por US$ 52 milhões (ou R$ 112,7 milhões ao fechamento do câmbio de ontem) para a Israel Chemicals e arrecadou mais R$ 233 milhões ao se desfazer de sua fatia de 31,3% na empresa de transporte de cargas Log-In em leilão na BMF8cBovespa. Com as operações desta semana, a Vale já levantou este ano US$ 6,1 bilhões com os desinvestimentos.
A Fosbrasil é maior produtora de ácido fosfórico purificado do Hemisfério Sul, insumo usado pela indústria de alimentos e bebidas, tratamento de metais, de águas e efluentes, na produção de açúcar, entre outros. O negócio de fertilizantes, porém, deixou de ser estratégico à companhia, tanto que o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, havia dito na semana passada que buscava sócios para desenvolver os seus projetos no setor. "Hoje o negócio de fertilizantes da Vale tem um sotaque muito brasileiro", disse, na ocasião.
A Israel Chemicals é uma das principais produtoras de fertilizantes e especialidades químicas do mundo, com faturamento global de US$ 6,7 bilhões em 2012. A empresa já detinha uma fatia de 44% na Fosbrasil e, com o acordo com a Vale, aumentará a sua participação para 88,25%. A operação ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Mudança. A venda da participação na Log-In faz parte da estratégia da Vale de reduzir os seus investimentos na área de logística e também denota a mudança de rumo da empresa. A gestão anterior, de Roger Agnelli, foi caracterizada pela diversificação de investimentos.
Na última segunda-feira, a mineradora já havia anunciado a alienação de 26,5% de sua participação no capital da VLI, companhia de logística integrada de carga geral, por R$ 2 bilhões para um fundo gerido pe- la Brookfield Asset Management. Em setembro passado, a Vale havia celebrado acordos para a venda de participação de 20% na VLI para a japonesa Mitsui e de 15,9% para o FI-FGTS.
"Com a venda, a Vale consegue extrair um valor de certa forma não precificado em suas ações, uma vez que boa parte da capacidade de geração de caixa futura de suas operações da VLI não era considerada na avaliação de Vale pelo mercado", avaliou, em relatório, William Alves, daXP Investimentos.
A venda de ativos agrada o mercado porque os analistas entendem que isso ajudará a empresa a financiar o seu maior projeto, o Serra Sul, no Pará, orçado em US$ 20 bilhões e que adicionará 90 milhões de toneladas à sua capacidade.
Além disso, a percepção é de que o processo de desinvestimento pode permitir à Vale pagar dividendos adicionais em 2014, mesmo diante dos desembolsos para o pagamento do Programa de Recuperação Fiscal (Refis).
Este ano, a empresa já efetuou um pagamento à Receita Federal de quase R$ 6 bilhões. Segundo o analista Andreas Bokkenheuser, do UBS, a estratégia da Vale é positiva, já que a companhia consegue levantar capital de forma a financiar projetos dentro de seu "core business" e criar espaço para o pagamento de dividendos. Por outro lado, o profissional destaca que o risco disso é a empresa : vender só os ativos que possuem valor de mercado, deixando, assim, apenas em seubalanço os de baixo valor.
Além dos ativos em logística e fertilizantes, a Vale também tem revisto suas posições na área de energia. A mineradora vendeu 49% de sua participação acionária na hidrelétrica Belo ! Monte para a Gemig por R$ 206 milhões, diminuindo a sua fatia de 9% para 4,41%, no fim da semana passada, além de ter anunciado a criação de uma joint venture com a estatal mineira no qual a Vale aportou a sua participação em sete hidrelétricas.
Histórico. Anteriormente, a Vale já havia vendido a sua participação de 20% em dois blocos de éxploração de gás natural na Bacia do Parnaíba para a GDF Suez, cujo valor não foi revelado. Outros dois grandes negócios realizados pela empresa em 2013 foram o seu desinvestimento na fabricante norueguesa de alumínio Norsk Hydro, por US 1,822 bilhão, e a venda à canadense Silver Wheaton, por US$ 1,9 bilhão,, de uma parcela da produção de ouro das minas de Salobo (PA) e Sudbury. Autor(es): Wellington Bahnemann / Fernanda Güimarães O Estado de S. Paulo - 27/12/2013
Fonte:clippingmp 27/12/2013
A companhia anunciou a venda de 44,25% na empresa de fertilizantes Fosbrasil por US$ 52 milhões (ou R$ 112,7 milhões ao fechamento do câmbio de ontem) para a Israel Chemicals e arrecadou mais R$ 233 milhões ao se desfazer de sua fatia de 31,3% na empresa de transporte de cargas Log-In em leilão na BMF8cBovespa. Com as operações desta semana, a Vale já levantou este ano US$ 6,1 bilhões com os desinvestimentos.
A Fosbrasil é maior produtora de ácido fosfórico purificado do Hemisfério Sul, insumo usado pela indústria de alimentos e bebidas, tratamento de metais, de águas e efluentes, na produção de açúcar, entre outros. O negócio de fertilizantes, porém, deixou de ser estratégico à companhia, tanto que o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, havia dito na semana passada que buscava sócios para desenvolver os seus projetos no setor. "Hoje o negócio de fertilizantes da Vale tem um sotaque muito brasileiro", disse, na ocasião.
A Israel Chemicals é uma das principais produtoras de fertilizantes e especialidades químicas do mundo, com faturamento global de US$ 6,7 bilhões em 2012. A empresa já detinha uma fatia de 44% na Fosbrasil e, com o acordo com a Vale, aumentará a sua participação para 88,25%. A operação ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Mudança. A venda da participação na Log-In faz parte da estratégia da Vale de reduzir os seus investimentos na área de logística e também denota a mudança de rumo da empresa. A gestão anterior, de Roger Agnelli, foi caracterizada pela diversificação de investimentos.
Na última segunda-feira, a mineradora já havia anunciado a alienação de 26,5% de sua participação no capital da VLI, companhia de logística integrada de carga geral, por R$ 2 bilhões para um fundo gerido pe- la Brookfield Asset Management. Em setembro passado, a Vale havia celebrado acordos para a venda de participação de 20% na VLI para a japonesa Mitsui e de 15,9% para o FI-FGTS.
"Com a venda, a Vale consegue extrair um valor de certa forma não precificado em suas ações, uma vez que boa parte da capacidade de geração de caixa futura de suas operações da VLI não era considerada na avaliação de Vale pelo mercado", avaliou, em relatório, William Alves, daXP Investimentos.
A venda de ativos agrada o mercado porque os analistas entendem que isso ajudará a empresa a financiar o seu maior projeto, o Serra Sul, no Pará, orçado em US$ 20 bilhões e que adicionará 90 milhões de toneladas à sua capacidade.
Além disso, a percepção é de que o processo de desinvestimento pode permitir à Vale pagar dividendos adicionais em 2014, mesmo diante dos desembolsos para o pagamento do Programa de Recuperação Fiscal (Refis).
Este ano, a empresa já efetuou um pagamento à Receita Federal de quase R$ 6 bilhões. Segundo o analista Andreas Bokkenheuser, do UBS, a estratégia da Vale é positiva, já que a companhia consegue levantar capital de forma a financiar projetos dentro de seu "core business" e criar espaço para o pagamento de dividendos. Por outro lado, o profissional destaca que o risco disso é a empresa : vender só os ativos que possuem valor de mercado, deixando, assim, apenas em seubalanço os de baixo valor.
Além dos ativos em logística e fertilizantes, a Vale também tem revisto suas posições na área de energia. A mineradora vendeu 49% de sua participação acionária na hidrelétrica Belo ! Monte para a Gemig por R$ 206 milhões, diminuindo a sua fatia de 9% para 4,41%, no fim da semana passada, além de ter anunciado a criação de uma joint venture com a estatal mineira no qual a Vale aportou a sua participação em sete hidrelétricas.
Histórico. Anteriormente, a Vale já havia vendido a sua participação de 20% em dois blocos de éxploração de gás natural na Bacia do Parnaíba para a GDF Suez, cujo valor não foi revelado. Outros dois grandes negócios realizados pela empresa em 2013 foram o seu desinvestimento na fabricante norueguesa de alumínio Norsk Hydro, por US 1,822 bilhão, e a venda à canadense Silver Wheaton, por US$ 1,9 bilhão,, de uma parcela da produção de ouro das minas de Salobo (PA) e Sudbury. Autor(es): Wellington Bahnemann / Fernanda Güimarães O Estado de S. Paulo - 27/12/2013
Fonte:clippingmp 27/12/2013
Textron vai comprar Beechcraft por US$1,4 bi
Acordo deve expandir o negócio de aviação comercial da Textron
A Textron, fabricante dos aviões Cessna, disse que vai comprar a fabricante de aeronaves Beechcraft Corp por cerca de 1,4 bilhão de dólares em dinheiro, em um acordo que deve expandir o negócio de aviação comercial da Textron.
A Beechcraft saiu de um processo de falência em fevereiro e estava procurando compradores para seu negócio de aviões comerciais que vinha perdendo dinheiro.
A Textron, que também produz o helicóptero Bell, disse que planeja financiar a compra com uma combinação de dinheiro e até 1,1 bilhão de dólares em nova dívida.
O Credit Suisse e o Morgan Stanley foram os assessores financeiros da Beech Holdings e o JPMorgan assessorou a Textron.
Fonte: exame 27/12/2013
A Textron, fabricante dos aviões Cessna, disse que vai comprar a fabricante de aeronaves Beechcraft Corp por cerca de 1,4 bilhão de dólares em dinheiro, em um acordo que deve expandir o negócio de aviação comercial da Textron.
A Beechcraft saiu de um processo de falência em fevereiro e estava procurando compradores para seu negócio de aviões comerciais que vinha perdendo dinheiro.
A Textron, que também produz o helicóptero Bell, disse que planeja financiar a compra com uma combinação de dinheiro e até 1,1 bilhão de dólares em nova dívida.
O Credit Suisse e o Morgan Stanley foram os assessores financeiros da Beech Holdings e o JPMorgan assessorou a Textron.
Fonte: exame 27/12/2013
26 dezembro 2013
Odebrecht tem nova subsidiária de logística
A OdebrechtTransPort está se associando à Agrovia para desenvolver um projeto de logística integrada para exportação de açúcar produzido no Nordeste por meio do Porto de Suape, em Pernambuco. Para isso, as duas empresas irão formar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) para construção e operação, por um período de 25 anos, de um terminal de 72,5 mil metros quadrados e cais de 355 metros de extensão.
O investimento previsto é de R$ 150 milhões nos dois primeiros anos. A Odebrecht ficará com 75% da SPE e a Agrovia, 25%. Esta é a 19ª empresa da TransPort e a quarta no setor de logística.
- É um projeto transformador, que vai impactar fortemente a economia açucareira do Nordeste, que terá, em 2015, uma logística do século 21 - disse Paulo Cesena, presidente da empresa.
Sobre o aumento da participação do governo na TransPort por meio da BNDESPar, que pagou R$ 1 bilhão pela fatia de 10,61% na empresa que venceu o leilão do aeroporto do Galeão, Cesena disse que a entrada do banco estatal na holding não está relacionada diretamente ao negócio Galeão.
- Investimos em 19 projetos diferentes. O dinheiro vem dos acionistas, dos dividendos que esses negócios geram, de emissões de debêntures. Não tem dinheiro carimbado pra esse ou aquele projeto - diz Cesena. Autor: Vinculado ao extra.globo.com
Fonte: ecofinancas 26/12/2013
O investimento previsto é de R$ 150 milhões nos dois primeiros anos. A Odebrecht ficará com 75% da SPE e a Agrovia, 25%. Esta é a 19ª empresa da TransPort e a quarta no setor de logística.
- É um projeto transformador, que vai impactar fortemente a economia açucareira do Nordeste, que terá, em 2015, uma logística do século 21 - disse Paulo Cesena, presidente da empresa.
Sobre o aumento da participação do governo na TransPort por meio da BNDESPar, que pagou R$ 1 bilhão pela fatia de 10,61% na empresa que venceu o leilão do aeroporto do Galeão, Cesena disse que a entrada do banco estatal na holding não está relacionada diretamente ao negócio Galeão.
- Investimos em 19 projetos diferentes. O dinheiro vem dos acionistas, dos dividendos que esses negócios geram, de emissões de debêntures. Não tem dinheiro carimbado pra esse ou aquele projeto - diz Cesena. Autor: Vinculado ao extra.globo.com
Fonte: ecofinancas 26/12/2013
Braço financeiro do Bird vira sócio da Ser Educacional
International Finance Corporation, braço financeiro do Banco Mundial, comprou cerca de R$ 45 milhões em ações da empresa
O Banco Mundial (Bird), por meio do braço financeiro, International Finance Corporation (IFC), anunciou que se tornou sócio de mais uma empresa do Brasil, a Ser Educacional, grupo de educação que abriu o capital em outubro. O IFC comprou cerca de R$ 45 milhões em ações da empresa.
O Grupo Ser Educacional, holding controladora das Faculdades Maurício de Nassau (Uninassau) e Joaquim Nabuco, captou cerca de R$ 600 milhões com a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
Desse total, 58% dos papéis foram vendidos a investidores estrangeiros. Apesar de o IPO ter sido concluído no fim de novembro, a participação do IFC só foi divulgada agora.
Entre os fatores que levaram o IFC a comprar as ações da empresa brasileira, está o projeto de expansão do grupo para os próximos dois anos. A Ser Educacional promete melhorar as instalações universitárias, implementar um programa de ensino à distância e ser uma consolidadora do setor de educação, via fusões e aquisições.
O IFC também ressalta o fato de a faculdade ter cem mil estudantes, na maioria de renda média e baixa das Regiões Norte e Nordeste. Cerca de metade do dinheiro captado no IPO será usado para financiar os investimentos nestes dois anos. Fundado em 2003, pelo empresário e advogado Janguiê Diniz, o Ser Educacional tem 23 unidades em 11 Estados.
O IFC recentemente tem aumentado a compra de participações em empresas brasileiras. Se antes a instituição fazia muitos empréstimos para bancos e outras companhias, agora tem comprado ações diretamente. Em maio, anunciou a compra de uma participação na seguradora SulAmérica. Antes, já havia comprado fatias do Tribanco, de Minas Gerais, e do Banco Fibra. Também este ano, anunciou um empréstimo e compra de ações da Minerva Foods.
A participação final do IFC na Ser Educacional não foi divulgada, mas a intenção era ter no máximo 5% do capital, pois o IFC costuma comprar fatias minoritárias. No ano fiscal de 2013, o IFC destinou US$ 2 bilhões ao Brasil, entre empréstimos e compras de ações. Foi o país com maior volume de negócios, segundo um comunicado do grupo. Altamiro Silva Júnior, do Estadao
Fonte: Exame 26/12/2013
O Banco Mundial (Bird), por meio do braço financeiro, International Finance Corporation (IFC), anunciou que se tornou sócio de mais uma empresa do Brasil, a Ser Educacional, grupo de educação que abriu o capital em outubro. O IFC comprou cerca de R$ 45 milhões em ações da empresa.
O Grupo Ser Educacional, holding controladora das Faculdades Maurício de Nassau (Uninassau) e Joaquim Nabuco, captou cerca de R$ 600 milhões com a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
Desse total, 58% dos papéis foram vendidos a investidores estrangeiros. Apesar de o IPO ter sido concluído no fim de novembro, a participação do IFC só foi divulgada agora.
Entre os fatores que levaram o IFC a comprar as ações da empresa brasileira, está o projeto de expansão do grupo para os próximos dois anos. A Ser Educacional promete melhorar as instalações universitárias, implementar um programa de ensino à distância e ser uma consolidadora do setor de educação, via fusões e aquisições.
O IFC também ressalta o fato de a faculdade ter cem mil estudantes, na maioria de renda média e baixa das Regiões Norte e Nordeste. Cerca de metade do dinheiro captado no IPO será usado para financiar os investimentos nestes dois anos. Fundado em 2003, pelo empresário e advogado Janguiê Diniz, o Ser Educacional tem 23 unidades em 11 Estados.
O IFC recentemente tem aumentado a compra de participações em empresas brasileiras. Se antes a instituição fazia muitos empréstimos para bancos e outras companhias, agora tem comprado ações diretamente. Em maio, anunciou a compra de uma participação na seguradora SulAmérica. Antes, já havia comprado fatias do Tribanco, de Minas Gerais, e do Banco Fibra. Também este ano, anunciou um empréstimo e compra de ações da Minerva Foods.
A participação final do IFC na Ser Educacional não foi divulgada, mas a intenção era ter no máximo 5% do capital, pois o IFC costuma comprar fatias minoritárias. No ano fiscal de 2013, o IFC destinou US$ 2 bilhões ao Brasil, entre empréstimos e compras de ações. Foi o país com maior volume de negócios, segundo um comunicado do grupo. Altamiro Silva Júnior, do Estadao
Fonte: Exame 26/12/2013
Vale vende ações da Log-In e movimenta R$ 234,8 milhões
A Vale vendeu 28,9 milhões de ações da Log-In em leilão realizado nesta tarde na BM&FBovespa. O preço final foi de R$ 8,11 por papel, acima do valor mínimo de R$ 8 proposto pela mineradora. O leilão movimentou R$ 234,8 milhões.
A Itaú Corretora intermediou a operação. A liquidação financeira deve ocorrer daqui a três dias.
A Vale era a maior acionista da Log-In em participação. De acordo com a última atualização da composição de capital da empresa de logística, em setembro, a Vale detinha 31,3% (28,737 milhões) do total de papéis, seguida pela Fama Investimentos (16,2%), Petros (12,8%) e o Banco Fator (5,1%).
A ação da Log-In estreou na bolsa em 21 de junho de 2007 e desde então acumula queda de 45,66%, segundo a cotação de fechamento de segunda-feira (23). A empresa foi criada pela Vale há seis anos, para o transporte de cargas em geral. Mas, por uma mudança de estratégia da mineradora, que decidiu focar em atividades relacionadas à mineração, o desinvestimento na companhia era estudado desde antes da crise financeira de 2008. (Tatiane Bortolozi | Valor)
Fonte: Valor econômico 26/12/2013
A Vale era a maior acionista da Log-In em participação. De acordo com a última atualização da composição de capital da empresa de logística, em setembro, a Vale detinha 31,3% (28,737 milhões) do total de papéis, seguida pela Fama Investimentos (16,2%), Petros (12,8%) e o Banco Fator (5,1%).
A ação da Log-In estreou na bolsa em 21 de junho de 2007 e desde então acumula queda de 45,66%, segundo a cotação de fechamento de segunda-feira (23). A empresa foi criada pela Vale há seis anos, para o transporte de cargas em geral. Mas, por uma mudança de estratégia da mineradora, que decidiu focar em atividades relacionadas à mineração, o desinvestimento na companhia era estudado desde antes da crise financeira de 2008. (Tatiane Bortolozi | Valor)
Fonte: Valor econômico 26/12/2013
Setor de TI reduz ritmo de abertura de capital no 3º tri
Os processos de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de empresas de tecnologia da informação (TI) sofreram uma desaceleração no terceiro trimestre deste ano, em comparação ao segundo trimestre.
Segundo levantamento da PricewaterhouseCoopers (PwC), no mundo foram registradas 13 aberturas de capital que, juntas, movimentaram US$ 1,32 bilhão.
Em relação ao segundo trimestre, houve uma queda de 53% em valor movimentado. Em volume, a redução foi de 19%.
Fonte: valor econômico 26/12/2013
Segundo levantamento da PricewaterhouseCoopers (PwC), no mundo foram registradas 13 aberturas de capital que, juntas, movimentaram US$ 1,32 bilhão.
Em relação ao segundo trimestre, houve uma queda de 53% em valor movimentado. Em volume, a redução foi de 19%.
Fonte: valor econômico 26/12/2013
No Brasil, maior interesse é por fusões e aquisições
No mercado internacional, as companhias de tecnologia da informação retomaram, neste ano, seu interesse em abrir o capital, principalmente nos EUA, onde a economia deu alguns sinais de melhora.
A expectativa é que esse processo ganhe mais força em 2014, à medida que a economia europeia se recupere e a China solucione questões regulatórias relacionadas ao mercado de capitais.
Fonte: Valor Econômico 26/12/2013
A expectativa é que esse processo ganhe mais força em 2014, à medida que a economia europeia se recupere e a China solucione questões regulatórias relacionadas ao mercado de capitais.
Fonte: Valor Econômico 26/12/2013
Tempo vende para Caixa divisão de planos odontológicos
A Tempo Participações celebrou contrato para a venda da divisão de planos odontológicos (Tempo Dental) para a Caixa Seguros, pelo valor de R$ 133,595 milhões.
A transação inclui a compra e venda da totalidade das quotas detidas pela companhia na Odonto Empresas para a Caixa Seguros, contrato de transferência da carteira de clientes da Prevdonto para a Odonto Empresas.
O fechamento do negócio deverá ocorrer em até 15 dias úteis, mas somente após as aprovações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). MARCELLE GUTIERREZ - Agencia Estado
Fonte: estadao 23/12/2013
A transação inclui a compra e venda da totalidade das quotas detidas pela companhia na Odonto Empresas para a Caixa Seguros, contrato de transferência da carteira de clientes da Prevdonto para a Odonto Empresas.
O fechamento do negócio deverá ocorrer em até 15 dias úteis, mas somente após as aprovações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). MARCELLE GUTIERREZ - Agencia Estado
Fonte: estadao 23/12/2013
LPS Consultoria de Imóveis compra 49% da Netimóveis
A LPS Brasil - Consultoria de Imóveis firmou, em 24 de dezembro, memorando de entendimentos vinculante, por meio do qual se obrigou a subscrever ações representativas de 49% do capital social da Netimóveis Brasil Rede Imobiliária, de Belo Horizonte, após cumpridas determinadas condições precedentes.
O desembolso total da companhia para subscrição das ações será de R$ 16 milhões.
Segundo a LPS, a Netimóveis é a maior rede de imobiliárias em atuação no mercado secundário brasileiro, com valor geral de vendas (VGV) intermediado superior a R$ 3,0 bilhões nos últimos 12 meses.
Fonte: Estadao 26/12/2013
O desembolso total da companhia para subscrição das ações será de R$ 16 milhões.
Segundo a LPS, a Netimóveis é a maior rede de imobiliárias em atuação no mercado secundário brasileiro, com valor geral de vendas (VGV) intermediado superior a R$ 3,0 bilhões nos últimos 12 meses.
Fonte: Estadao 26/12/2013
Vale vende fatia de 44,25% na Fosbrasil por US$52 mi
A Vale assinou acordo com a Israel Chemicals para vender sua fatia de 44,25 por cento no capital da produtora de ácido fosfórico purificado Fosbrasil por 52 milhões de dólares, como parte de sua estratégia de focar em ativos estratégicos, disse a mineradora em comunicado nesta quinta-feira.
A Fosbrasil está localizada na cidade de Cajati (SP).
"A transação é consistente com a estratégia da Vale de priorizar o investimento em ativos estratégicos de classe mundial e se constitui em mais um passo no processo de simplificação de seu portfólio", informou a mineradora em comunicado.
A conclusão do negócio depende do cumprimento de condições precedentes, entre elas o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). (Por Fabíola Gomes) Reuters
Fonte: yahoo 26/12/2013
A Fosbrasil está localizada na cidade de Cajati (SP).
"A transação é consistente com a estratégia da Vale de priorizar o investimento em ativos estratégicos de classe mundial e se constitui em mais um passo no processo de simplificação de seu portfólio", informou a mineradora em comunicado.
A conclusão do negócio depende do cumprimento de condições precedentes, entre elas o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). (Por Fabíola Gomes) Reuters
Fonte: yahoo 26/12/2013
Credores fecham acordo e serão donos da petroleira de Eike
A petroleira OGX, de Eike Batista, passará ao comando dos credores. O empresário perderá seu poder e ficará com apenas um décimo da companhia que um dia lhe garantiu o posto de homem mais rico do Brasil.
A nova estrutura societária foi acertada na véspera do Natal em acordo com os credores internacionais, como adiantou a Folha em seu site.
Será uma empresa "sem dono", com ações nas mãos de dezenas de investidores. Mas a gestão ficará a cargo de executivos indicados pelos principais credores, que são os fundos Pimco, BlackRock, Ashmore e GSO.
Com dívidas de quase R$ 14 bilhões, a OGX, rebatizada recentemente de OGP, pediu proteção à Justiça no fim de outubro para suspender pagamentos, no maior processo de recuperação judicial já feito na América Latina.
O acordo selado com os credores, que está sujeito a algumas condições para ser assinado, encerra quatro meses de negociações e é um passo decisivo no processo de reestruturação da petroleira, comandada pela consultoria Angra Partners.
Ele prevê a conversão de toda a dívida da OGX, de US$ 5,8 bilhões, em ações, e a injeção de US$ 200 milhões a US$ 215 milhões, dinheiro suficiente para sustentar a operação da petroleira em 2014.
A dívida total corresponde aos valores cobrados por credores internacionais (US$ 3,8 bilhões), por fornecedores (US$ 500 milhões) e pela empresa naval OSX (US$ 1,5 bilhão), também de Eike.
Se tudo correr como planejado, esses três grupos de credores passarão a deter 90% das ações da OGX. A participação atual de Eike, de mais de 50%, será reduzida a 5%. O empresário terá indiretamente outros 4% por meio da OSX, na qual é acionista majoritário. No total, deve ficar com pouco mais de 9%.
Como a petroleira terá capital pulverizado, Eike deve seguir como um dos principais acionistas. Mas o máximo que poderá fazer é pleitear um assento no conselho de administração, provavelmente, a ser ocupado por um conselheiro independente.
Os acionistas minoritários, que processam a OGX por informações enganosas, serão os maiores prejudicados. Sua fatia cairá de 50% para 5%.
Para que o acordo seja assinado, a OGX se comprometeu a apresentar um plano de reestruturação até 24 de janeiro, que será votado em assembleia no fim de março. Se for aprovado, a petroleira sairá da recuperação judicial.
"A OGX vai encerrar esse processo em tempo recorde, o que é fundamental para sua sobrevivência", disse Eduardo Munhoz, sócio do escritório Mattos Filho, que trabalha na recuperação judicial de OGX e OSX.
CONDIÇÕES
Tudo isso dependerá, contudo, de importantes condições, que devem ser cumpridas até a apresentação do plano. A principal delas é garantir o dinheiro novo.
Para convencer os credores a injetar mais capital, os negociadores de Eike amarraram a operação de forma que eles só terão participação majoritária se converterem os US$ 200 milhões em ações. Caso contrário, a dívida bilionária que cobram valerá só 25% das ações da petroleira.
Outra condição é que haja um acordo com os credores da OSX, que têm direito sobre a plataforma usada pela companhia, que é sua única fonte para gerar receita.
Como o dinheiro dos credores vai demorar a chegar –a primeira parcela será paga em janeiro e a outra em março–, a petroleira tenta levantar empréstimo emergencial de US$ 50 milhões.
A instituição que topar colocar esse recurso poderá receber de volta ou trocar em ações.
Para os credores, que nunca planejaram se tornar donos de uma petroleira no Brasil, a saída será a venda das ações na Bolsa, segundo um de seus assessores. Eike perderá o controle da OGX, mas se livrará de dívidas bilionárias e, de quebra, será liberado de colocar o US$ 1 bilhão que prometera. RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO
Fonte: folha.uol 26/12/2013
A nova estrutura societária foi acertada na véspera do Natal em acordo com os credores internacionais, como adiantou a Folha em seu site.
Será uma empresa "sem dono", com ações nas mãos de dezenas de investidores. Mas a gestão ficará a cargo de executivos indicados pelos principais credores, que são os fundos Pimco, BlackRock, Ashmore e GSO.
Com dívidas de quase R$ 14 bilhões, a OGX, rebatizada recentemente de OGP, pediu proteção à Justiça no fim de outubro para suspender pagamentos, no maior processo de recuperação judicial já feito na América Latina.
O acordo selado com os credores, que está sujeito a algumas condições para ser assinado, encerra quatro meses de negociações e é um passo decisivo no processo de reestruturação da petroleira, comandada pela consultoria Angra Partners.
Ele prevê a conversão de toda a dívida da OGX, de US$ 5,8 bilhões, em ações, e a injeção de US$ 200 milhões a US$ 215 milhões, dinheiro suficiente para sustentar a operação da petroleira em 2014.
A dívida total corresponde aos valores cobrados por credores internacionais (US$ 3,8 bilhões), por fornecedores (US$ 500 milhões) e pela empresa naval OSX (US$ 1,5 bilhão), também de Eike.
Se tudo correr como planejado, esses três grupos de credores passarão a deter 90% das ações da OGX. A participação atual de Eike, de mais de 50%, será reduzida a 5%. O empresário terá indiretamente outros 4% por meio da OSX, na qual é acionista majoritário. No total, deve ficar com pouco mais de 9%.
Como a petroleira terá capital pulverizado, Eike deve seguir como um dos principais acionistas. Mas o máximo que poderá fazer é pleitear um assento no conselho de administração, provavelmente, a ser ocupado por um conselheiro independente.
Os acionistas minoritários, que processam a OGX por informações enganosas, serão os maiores prejudicados. Sua fatia cairá de 50% para 5%.
Para que o acordo seja assinado, a OGX se comprometeu a apresentar um plano de reestruturação até 24 de janeiro, que será votado em assembleia no fim de março. Se for aprovado, a petroleira sairá da recuperação judicial.
"A OGX vai encerrar esse processo em tempo recorde, o que é fundamental para sua sobrevivência", disse Eduardo Munhoz, sócio do escritório Mattos Filho, que trabalha na recuperação judicial de OGX e OSX.
CONDIÇÕES
Tudo isso dependerá, contudo, de importantes condições, que devem ser cumpridas até a apresentação do plano. A principal delas é garantir o dinheiro novo.
Para convencer os credores a injetar mais capital, os negociadores de Eike amarraram a operação de forma que eles só terão participação majoritária se converterem os US$ 200 milhões em ações. Caso contrário, a dívida bilionária que cobram valerá só 25% das ações da petroleira.
Outra condição é que haja um acordo com os credores da OSX, que têm direito sobre a plataforma usada pela companhia, que é sua única fonte para gerar receita.
Como o dinheiro dos credores vai demorar a chegar –a primeira parcela será paga em janeiro e a outra em março–, a petroleira tenta levantar empréstimo emergencial de US$ 50 milhões.
A instituição que topar colocar esse recurso poderá receber de volta ou trocar em ações.
Para os credores, que nunca planejaram se tornar donos de uma petroleira no Brasil, a saída será a venda das ações na Bolsa, segundo um de seus assessores. Eike perderá o controle da OGX, mas se livrará de dívidas bilionárias e, de quebra, será liberado de colocar o US$ 1 bilhão que prometera. RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO
Fonte: folha.uol 26/12/2013
Lafarge vende atividades de gesso para Etex por €145 mi
Lafarge venderá sua participação remanescente de 20% nas operações de gesso da Europa e da América do Sul para o grupo belga de materiais de construção
Fabricante francesa de cimentos Lafarge disse que venderá sua participação remanescente de 20 por cento nas operações de gesso da Europa e da América do Sul para o grupo belga de materiais de construção Etex por 145 milhões de euros (198 milhões de dólares) em dinheiro.
A transação deve ser concluída nas próximas semanas, informou a Lafarge em comunicado nesta quinta-feira. A Lafarge havia vendido 80 por cento do negócio para a Etex em 2011 mas manteve uma participação minoritária.
A Lafarge vem se desfazendo de ativos não estratégicos e focando as atenções em cimento e concreto. A maior fabricante de cimento do mundo quer reduzir sua dívida para menos de 10 bilhões de euros neste ano e 9 bilhões de euros em 2014.
Em 30 de setembro, a dívida líquida era de 10,94 bilhões de euros.
Fonte: exame 26/12/2013
Fabricante francesa de cimentos Lafarge disse que venderá sua participação remanescente de 20 por cento nas operações de gesso da Europa e da América do Sul para o grupo belga de materiais de construção Etex por 145 milhões de euros (198 milhões de dólares) em dinheiro.
A transação deve ser concluída nas próximas semanas, informou a Lafarge em comunicado nesta quinta-feira. A Lafarge havia vendido 80 por cento do negócio para a Etex em 2011 mas manteve uma participação minoritária.
A Lafarge vem se desfazendo de ativos não estratégicos e focando as atenções em cimento e concreto. A maior fabricante de cimento do mundo quer reduzir sua dívida para menos de 10 bilhões de euros neste ano e 9 bilhões de euros em 2014.
Em 30 de setembro, a dívida líquida era de 10,94 bilhões de euros.
Fonte: exame 26/12/2013