07 dezembro 2013

Pearson procurou Fisk antes da Wizard, mas levou um não

Segundo Bruno Caravati, presidente executivo da Fundação Fisk, grupo inglês tentou comprar as redes Fisk e PBF

 O grupo Multi, dono da Wizard, não foi a primeira opção de compra da Pearson, multinacional britânica focada em mídia e educação, no Brasil. Assim diz Bruno Caravati, presidente executivo da Fundação Fisk. “A Pearson procurou a Fisk, mas nós dissemos que não estamos à venda. Depois procurou a PBF, e repetimos a resposta”, afirma o executivo em entrevista exclusiva à EXAME.com. 

De acordo com o Caravati, a Fisk não aceitou o negócio porque, sendo uma fundação, seu estatuto não permitiria uma fusão nos moldes que foram oferecidos. “Além do mais, ninguém aqui tem a intenção de vender”, disse. “Para nós, quanto menos mudanças, melhor. Nossos franqueados sabem que conosco não há perigo de as regras mudarem no meio do jogo”.

 Ele considera, ainda, que a compra da Wizard favorecerá sua empresa, já que alguns franqueados da marca podem não se adaptar à nova identidade que a Pearson trará para o negócio e podem mudar de time.

 Apesar disso, a Fisk não tem planos específicos para aproveitar essa brecha. “Temos, há seis anos, a meta de abrir 50 franquias por ano. Batemos esse número todos os anos e pretendemos continuar assim”. O crescimento virá, segundo ele, de novas unidades, não da compra de outras.

 A Fisk já é a maior escola de inglês do Brasil, com mais de 1.000 unidades e 500.000 alunos. O faturamento da empresa em 2013 será de 980 milhões de reais, um crescimento de 8% em relação ao ano anterior. Para o ano que vem, a expectativa é crescer 10%.

 Grupo Multi
 A venda do Grupo Multi foi anunciada na última terça-feira e foi fechada em 1,7 bilhão de reais mais 250 milhões de reais em dívidas. O grupo Pearson veio fazer compras no Brasil tendo em mente a nova demanda por escolas de inglês no mercado brasileiro, por conta de grandes eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Eles pretendem, através da estrutura do Multi, alavancar também sua escola própria no Brasil, a Wall Street English.

 Procurada por EXAME.com, a Pearson preferiu não comentar a informação de que teria feito proposta pela Fisk e PBF. Por Julia Carvalho,
Fonte: exame 05/12/2013

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