O conglomerado - que deve fechar o ano fiscal com R$ 500 milhões em faturamento - lança programa de franquias para sua subsidiária Compusoftware, tem 30 companhias em seu pipeline de aquisições e apresenta o Vouclicar.com.br
Não dá para passar isso para uma revenda, ela precisa entrar em nosso programa de treinamento, estrutura interna e agir como agimos”
Cristina Boner, da Globalweb Corp - “O modelo de franquias garante mais assertividade que o de canais [no caso da compusoftware]. Não dá para passar isso para uma revenda, ela precisa entrar em nosso programa de treinamento, estrutura interna e agir como agimos”
Quando conheceu o embrião do Windows for Workgroups, Cristina Boner se apaixonou. Era década de 1980 e aquela que é hoje uma das principais empreendedoras do mercado brasileiro de tecnologia da informação era uma professora universitária. Formada em processamento de dados, buscava o que havia de novo em sua área de atuação mundo afora. Assim que ficou sabendo do produto, enviou uma carta à Microsoft, que lhe encaminhou disquetes com o tão almejado software. Foi o pontapé para a criação do Grupo TBA, nascido para atender contas públicas.
Aos 30 anos, tudo o que tinha para o projeto eram, além dos disquetes, dois estagiários. “O mercado que encontrei em 1992 era 100% mainframe. Ninguém estava a fim de abrir a porta para algo novo. Pensei: vou lá, sozinha, falar ‘cliente de bilhão, o que você acha disso’”? Apesar de soar insano para ela mesma, Cristina fez exatamente isso. Os primeiros trabalhos foram em torno da criação de agendas corporativas, conectando máquinas que antes ficavam totalmente isoladas uma da outra. “Entre 1995 e 1996, foi a explosão da Microsoft. E eu já estava lá”, conta. “Quem nasce empreendedor não demora muito para abrir seu negócio. Ninguém me disse que daria certo. É algo que vem de dentro para fora. Não tinha nem dinheiro para fazer pesquisa de mercado, tinha apenas a minha convicção técnica”, garante.
Os primeiros clientes foram entidades públicas. A companhia viu, já nos anos 2000, espaço, também, entre o mercado corporativo. Foi então que em uma joint venture com a Benner criou a Globalweb Corp. Cristina e Severino Benner, fundador da desenvolvedora, decidiram, tempos depois, congelar a operação de unificação das atividades, mantendo somente um departamento de cross–selling para ampliar as vendas de ambos os lados.
Com raciocínio e fala frenéticos, a executiva quer mais. O faturamento de R$ 500 milhões previstos para a GlobalWeb Corp encerrar seu ano fiscal – o que ocorrerá em março de 2014 – não são suficientes. Cristina planeja ampliar as operações de sua empresa com mais aquisições, venda de até 30% de sua companhia para potencial comprador “com predominância estratégia”, criar um programa de franquias para sua unidade da Compusoftware, e anuncia a criação do Vouclicar.com.br, uma loja de aplicativos corporativos, que deve trazer ao mercado o que ela chama de “a verdadeira cloud computing”, fornecendo soluções para micro e pequenos empresários com a facilidade de uma app store. O objetivo é democratizar o acesso à tecnologia.
A companhia deve faturar, em três anos, R$ 1,2 bilhão, sem contar possíveis aquisições. “Se eu fosse homem, faturaria o dobro”, acredita. “Mas não olho para isso, o importante para mim é quebrar paradigma”, esclarece. Leia mais..
Fonte: crn.itweb 02/12/2013
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