O Wikipass, agregador de redes sociais fundado no começo do ano em Caxias do Sul, captou R$ 1 milhão vendendo 25% da companhia para um grupo de quatro investidores, incluindo pessoas físicas e fundos.
As vendas de participação foram feitas de forma separada ao longo dos últimos meses – a maior venda foi de 10% - e o dinheiro está sendo usado para reorganizar o modelo de negócios da startup.
Fundado inicialmente sobre o conceito de simplesmente agregar diferentes feeds de redes sociais, o Wikipass agora funciona como um serviço para catalogar conteúdo das redes de acordo com temas de interesse.
“É o conceito do Pintrest, com a diferença que a nossa ferramenta permite fazer isso a partir de outras redes e não somente dentro da própria plataforma”, explica Diego Boufleur, diretor executivo da Wikipass.
O conteúdo pode ser captado nos feeds do Twitter, Facebook e Linkedin, além dos canais do YouTube. Em breve, será incluído também o Instagram. “Eu mantenho agrupamentos de conteúdo profissional e uma pasta com vídeos para a minha filha na minha conta”, exemplifica Boufleur.
A ideia do empresário, ex-diretor de Produto e Tecnologia da caxiense Focco que decidiu empreender em janeiro de 2012, é criar uma audiência relevante para depois começar a faturar com o Wikipass.
Essa é outra mudança de estratégia da Wikipass, que em um primeiro momento tinha um modelo de negócio mais parecido com o do serviço especializado em gestão de redes Hootsuite, prevendo uso grátis para o usuário e pago por empresas.
A meta de Boufleur é crescer a base de usuários, hoje em torno de 5 mil, a uma taxa de cerca de 30% mensal, atingindo 70 mil no final do ano que vem. O site está armazenado na Amazon, garantindo flexibilidade de infra para suportar o crescimento de acessos.
O diretor executivo da Wikipass não dá muitas pistas sobre qual deve a estratégia para capitalizar a audiência, um desafio comum em empresas de mídia social, mesmo para gigantes como Instagram e Pintrest, que, apesar de estarem avaliados em bilhões, não geram receita.
Algumas das fórmulas em estudo incluem anúncios – interesses segmentados são um bom alvo para propaganda segmentada – ou mesmo o uso da plataforma como um canal de distribuição de conteúdo, de maneira paga, para escolas, por exemplo.
Boufleur afirma que os recursos obtidos garantem a operação da Wikipass até o final do ano que vem. Hoje a companhia é enxuta: tem quatro empregados fixos e terceiriza o trabalho de desenvolvimento.
A aposta da empresa é conseguir atrair mais investidores para agregar capital aos R$ 600 mil colocados pelos sócios na abertura e ao R$ 1 milhão aportado por investidores, vendendo pelo mais 15% de participação.
Para atrair investimentos, a Wikipass fez um trabalho junto ao escritório de advocacia especializado em fusões e aquisições Montini, transformando a empresa numa S.A, com um estatuto que transmita segurança a investidores. Mauricio Renner
Fonte: baguete 27/11/2013
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