No aguardo do parecer do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a fusão com Anhanguera, a Kroton já mapeou 59 instituições de ensino presencial que podem ser alvo de aquisição em 35 cidades, cada uma delas com 5 mil a 50 mil alunos. Mas nenhuma transação será feita até que o processo de integração com a Anhanguera esteja nos trilhos , afirmou ontem Rodrigo Galindo, presidente da Kroton.
Durante evento para investidores ontem em São Paulo, Galindo disse que o foco principal da Kroton agora é concluir a fusão com a Anhanguera, mas que a empresa não está parada na prospecção de novas oportunidades de consolidação. A Kroton também identificou mais 98 instituições em 43 cidades que podem passar por uma aquisição do tipo greenfield . Segundo Galindo, trata-se de empresas menores, com até 1,5 mil alunos, que podem ser compradas para acelerar a entrada da Kroton em determinadas localidades.
Galindo disse que a companhia está empenhada em fornecer todas as informações ao Cade para acelerar o processo de aprovação da fusão. O prazo final para o órgão regulador se pronunciar sobre o negócio acaba em maio.
Ele disse que, embora a Kroton ainda não esteja autorizada a executar a integração com a Anhanguera, tem trabalhado intensivamente no planejamento deste processo, em parceria com a consultoria McKinsey, desde junho.
Em conversa com o Valor, no intervalo do evento, Galindo disse que o atual momento da educação no Brasil é muito promissor e único na história recente. A educação entrou na agenda do governo. Estamos muito otimistas e não apenas porque é uma boa oportunidade de ganhos para nós , afirmou, citando os programas Fies, Pronatec e PROUNI.
Excluindo as eventuais aquisições, a Kroton deve crescer organicamente entre 10% e 15% no segmento de ensino presencial na média por ano nos próximos cinco anos, prevê Galindo. Esse mesmo patamar de expansão é estimado para a categoria de ensino à distância, desconsiderando a abertura de 278 novos polos já protocolada pela Kroton no Ministério da Educação. Para o segmento de educação básica, a previsão é de um avanço de 6% a 10% ao ano nas receitas, nos próximos cinco anos, sem considerar aquisições.
Até o fim de 2014, a Kroton deve alcançar 30 mil alunos no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico Superior (Pronatec), disse Galindo. Hoje, são 8 mil. Para este ano, a companhia prevê uma receita total de R$ 1,9 bilhão. Por Marina Falcão
Fonte: linearclipping 29/11/2013
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