Algumas das mais promissoras companhias novatas brasileiras estão voltadas aos mercados de educação e varejo. Essas foram as duas principais áreas de atuação das empresas nascentes de base tecnológica selecionadas para participar do programa StartUp Brasil, do governo federal.
Ontem, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou, em São Paulo, 45 empresas nacionais e 11 internacionais que vão participar da primeira etapa do programa, que ao todo recebeu 908 inscritos. Do total de companhias novatas nacionais escolhidas, 19,64% dedicam-se à educação. Outros 14,29% estão concentrados no varejo. Em terceiro lugar estão empatadas as áreas de saúde, finanças, eventos e turismo, cada uma com 8,93%.
Essa composição frustra, em parte, as expectativas do governo federal, que demonstrou interesse de acelerar o crescimento de empresas de setores nos quais o país é competitivo no exterior, como óleo e gás, mineração, alimentos e sistema financeiro.
"Houve um interesse natural por varejo, tendo em vista o bom momento do comércio eletrônico, mas as empresas também mostraram interesse por saúde e educação, que são áreas prioritárias para o governo", afirmou ao Valor o secretário de Política de Informática do MCTI, Virgilio Almeida. "O governo vai continuar perseguindo a meta de desenvolver empresas nessas áreas e também em defesa, um setor estratégico que não recebeu projetos", disse.
Inserido no Plano TI Maior, lançado no ano passado, o StartUp Brasil prevê o aporte de R$ 60 milhões do governo federal até 2015 em 300 empresas. Em outubro, terá início a segunda fase do programa, com o lançamento do edital para mais 50 companhias. Outro edital, em novembro, vai selecionar seis aceleradoras - organizações que apoiam negócios iniciais, mas que já passaram das fases mais elementares.
Já foram escolhidas as nove aceleradoras que vão apoiar as 56 empresas escolhidas na primeira fase: 21212, Aceleratech, Acelera Brasil , Acelera MG, Papaya Ventures, Pipa, Wayra, Outsource Brazil e Start You Up. Cada companhia vai receber até R$ 200 mil da aceleradora.
As 45 empresas nacionais vêm de 11 Estados e do Distrito Federal. As 11 empresas estrangeiras vêm de seis países: Estados Unidos, Irlanda, Argentina, Colômbia, Espanha e Israel. Por Daniele Madureira |Valor Econômico
Fonte: clippingmp 30/07/2013
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