A Tempo Assist, cujo maior acionista é a GP Investiments, está negociando a venda de sua seguradora de saúde e operadora de planos odontológicos, segundo apurou o Valor. Entre os interessados, estão três grupos estrangeiros: a inglesa Bupa e as seguradoras suíças Zurich e Swiss Re. De acordo com fontes do setor, a Bupa também está conversando com a operadora de saúde Care Plus.
É a segunda tentativa de venda da Tempo. Entre 2010 e 2011, a companhia tentou vender todo o negócio, mas não foi bem sucedida. Agora, dois anos depois, a estratégia é passar adiante apenas a operadora dental e a seguradora de saúde, esta última adquirida do Unibanco por R$ 55 milhões em 2009.
Com 84,3 mil usuários, a seguradora de saúde da companhia encerrou o ano passado com uma receita líquida de R$ 284 milhões, mas fechou o balanço com prejuízo de R$ 3,2 milhões. Já a operadora dental teve receita líquida de R$ 74,1 milhões e lucro de R$ 30 milhões.
Além das operadoras de planos de saúde e odontológicos, a Tempo tem outros negócios como administração de convênios médicos, serviços de home care, guincho e outras modalidades de assistência. A companhia como um todo encerrou o ano passado com receita líquida de R$ 893,7 milhões, um aumento de 22,7% sobre o ano anterior. O lucro líquido avançou 63%, para R$ 52,4 milhões.
A área de assistências especializadas é a mais representativa da Tempo e atingiu receita líquida de R$ 400 milhões em 2012.
Procurada pelo Valor, a Tempo informou, por meio de nota, que não comenta rumores de mercado. Já as companhias Bupa, Swiss Re e Munique não retornaram os pedidos de entrevista.
A inglesa Bupa, que está interessada em entrar no mercado brasileiro, também mantém negociações com a Care Plus, operadora de planos de saúde voltada para o segmento premium, que tem atualmente uma carteira com cerca de 62,7 mil usuários.
As informações de que a Care Plus estaria à venda começaram a circular no mercado há cerca de dois anos e se intensificaram quando o fundador e principal acionista da operadora, Roberto Laganá Pinto, retornou à presidência, após quatro anos à frente do conselho de administração da empresa. Em entrevista concedida ao Valor em junho de 2011, no entanto, o empresário negou que estivesse negociando a operadora fundada há 20 anos e informou o plano de alcançar faturamento de R$ 1 bilhão em 2020.
O fundador da Care Plus detém 80% do capital da operadora de planos de saúde premium. Os outros 20% pertencem desde 2001 ao fundo americano de "private equity" Nexus Partners. Procurada pela reportagem, a Care Plus não retornou o pedido de entrevista até o fechamento desta edição. Beth Koik Valor Econômico
Fonte: abradilan 26/06/2013
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