Quase a metade dos corretores de seguros brasileiros (47,23%) tem interesse em desenvolver fusões com outras empresas na mesma cidade. Outros 52,34 % sonham em tornar a sua operação nacional. Essas são duas das principais indicações mostradas pela primeira pesquisa virtual realizada pela Incubaseg - Incubadora de Negócios de Seguros.
Segundo a pesquisa, 33,32% dos corretores estão dispostos a realizar um investimento para comprar uma concorrente ou a sua carteira de clientes. Desse total, 84,84% admitem investir de R$ 100 mil a R$ 300 mil na aquisição.
Contudo, chamou a atenção o fato de 86,01% dos entrevistados responderem que não sabem exatamente quanto vale a sua empresa ou a própria carteira de clientes.
E mais: 40,25% dos corretores querem buscar investidores estratégicos como sócios, sendo que 52,63% deles estão dispostos a oferecer uma participação entre 31% e 50%.
No entanto, é clara a falta de regras de governança, pois 60,58% dos corretores não têm nenhum planejamento em caso de falecimento de um dos sócios e de como ficaria a sucessão na empresa.
Ainda de acordo com a pesquisa, a corretora de seguros é o principal negócio de 91,94% dos pesquisados e que 27,58% dos corretores são “empreendedores individuais”.
A identificação de oportunidades de negócios na indústria de seguros foi a principal motivação pessoal de 71,92% dos corretores para a abertura da sua empresa.
Foi constatado ainda que 14,22% dos pesquisados não têm nenhum funcionário contratado; 47,84% possuem de um a três colaboradores.
Das empresas pesquisadas, 47,25% têm mais de 10 anos de atuação no mercado e 80,07% faturaram até R$ 700 mil no ultimo ano.
A pesquisa indicou ainda que 72% dos corretores nasceram entre 1961 e 1979 e integram a chamada da Geração X. Outros 5% nasceram a partir de 1980 e são da Geração Y.
O nível de escolaridade mostra o excelente preparo acadêmico dos profissionais, pois 78,97 % dos corretores possuem nível superior ou são pós-graduados.
Participaram da pesquisa 1.465 corretores de seguro dos principais estados brasileiros, sendo 1.253 do sexo masculino e 212 mulheres. “Os dados reais gerados ajudam a entender o momento da categoria, possibilitando sugerir ações que promovam o desenvolvimento desse importante segmento profissional para ajudar a ampliar o mercado de seguros em nosso País”, afirma o coordenador da Incubaseg, Carlos Alberto Oliveira.
Ele acrescenta que a pesquisa ratifica a necessidade de os corretores individuais e micros e pequenas empresas do segmento articularem-se em ações conjuntas de cooperação, visando à obtenção de competências e para adquirir níveis de produtividade, qualidade, escala, redução de custos, acesso a fornecedores, marketing e, principalmente, “o fortalecimento tão necessário para enfrentar as turbulências, descontinuidades e incertezas dos novos tempos”.
VANIA ABSALÃO
Fonte: segs 10/04/2013
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