14 abril 2013

Fundador do Twitter está em busca de oportunidades no País

Fundador da rede social Twitter, considerada como uma das redes sociais mais usadas no mundo, o empresário Jack Dorsey está em visita ao Brasil, e parece que à procura de oportunidades de negócios. "Estou visitando o País porque nos próximos anos, principalmente durante eventos esportivos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, todos os olhares do mundo vão estar voltados para cá", disse ele.

 O executivo sinalizou interesse em promover a expansão dos negócios do Square, sistema de pagamentos móveis - operado em uma carteira virtual que agrega números de cartões de crédito no celular -, já em funcionamento nos EUA e Canadá. "Sabemos que os órgãos reguladores de outros países do mundo são diferentes e têm regras diferentes para gerenciar empresas de pagamentos. O Square é diferente do Twitter. Com a rede social só precisávamos traduzir o conteúdo, já em pagamentos existem uma série de normas de órgão locais que temos que cumprir em caso de expansão", explicou.

 O interesse no Brasil tem se acentuado desde o final do ano passado, quando a empresa inaugurou rum escritório no Brasil para promover a venda de publicidade e links patrocinados. Antes disso, anunciantes interessados em promover marcas na rede social tinham que entrar em contato com os EUA. "Temos visto um crescimento muito grande no Brasil, que é um dos nossos maiores mercados. Os brasileiros adotam tecnologias novas com grande velocidade", comentou.

 O modelo de negócios do Twitter é apoiado em um sistema de promoção de mensagens e links de marcas, que pagam para que sua publicidade entre, de tempos em tempos, na linha do tempo (conhecido pelo termo em inglês time line) dos usuários da rede social. Informações da revista Fortune dão conta de que a empresa está avaliada em aproximadamente US$ 9.9 bilhões.

 Boatos do mercado sobre a possibilidade de uma abertura de capital da empresa (IPO) foram desmentidos por Dorsey, que brincou sobre o tema quando questionado em um evento para estudantes da Fundação Getúlio Vargas (FGV) , realizado ontem (11) em São Paulo: "Nós nunca falamos sobre abertura de capital".

 Empreendedorismo
 Aconselhando estudantes brasileiros sobre como desenvolver modelos de negócios inovadores, capazes de fazer a diferença no mercado, Dorney comentou que os pontos vistais são paciência e insistência. Ele também contou que o Twitter demorou sete anos para dar retorno. "Nossos investidores pensam no longo prazo. Eles sabem que o trabalho desenvolvido é uma plataforma enorme, que levará tempo para ser um sucesso, demorei sete anos para criar o Twitter como ele é hoje. Às vezes temos uma ideia e não é hora dela acontecer. Eu demorei anos para colocar o projeto da rede social em prática porque quando tive as primeiras ideias não era o momento certo, depois aconteceu", concluiu.
 Fonte: DCI 12/04/2013

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