O fundo americano Advent embolsou R$ 1,57 bilhão nesta semana com venda de participações em três empresas de serviços: Kroton, do setor de educação, International Meal Company (IMC), holding dona do Viena e Frango Assado, e Dufry, varejista de "free shops" em aeroportos.
Procurado, o Advent não comentou as vendas recentes. No Brasil, o fundo tem ainda participação minoritária na Cetip, que atua no mercado de balcão, e é acionista controlador da varejista gaúcha Quero-Quero, empresa não listada na bolsa.
O maior negócio foi a venda da fatia remanescente de 13,1% na Dufry, em leilão que movimentou R$ 971,5 milhões. A empresa, com sede na Suíça, possui recibos de depósitos de ações (BDRs) listados na Bovespa e tem cerca de 30% do seu faturamento proveniente da operação no Brasil.
A fatia do Advent na varejista estava abrigada sob o veículo de investimentos Global Retail Group. Cada ação foi vendida por 114 francos suíços, num desconto de 4,3% sobre o preço de fechamento da terça-feira na bolsa de valores da Suíça.
No caso da Kroton, o Advent alienou uma fatia de 7,4%, por R$ 432,5 milhões, informação antecipada pelo Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor. As ações foram vendidas a R$ 43,25 cada uma, com um desconto de 5% em relação ao pregão anterior.
O fundo ficou ainda com uma participação de 10,2% no capital da Kroton. Até fim do ano passado, o Advent fazia parte da holding controladora da companhia. Mas, desfeito o acordo de acionistas que o vinculava aos sócios-fundadores, ficou livre para vender sua participação diretamente na bolsa de valores.
A Kroton, que migrou para o Novo Mercado - nível mais alto de governança corporativa da bolsa - passou a ter controle difuso no começo deste ano.
A operação com as ações da IMC, dona das redes Viena e Frango Assado, movimentou R$ 175 milhões. O fundo vendeu o equivalente a 8,3% do capital da empresa, com deságio de 1,9% em relação ao preço das ações no pregão anterior.
Após a transação, a participação da Advent na IMC, concentrada no veículos de investimentos FIP Brasil Empreendimentos, passou de 48,3% para 39,9%.
A venda não tem por objtivo alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa da IMC, informou o fundo em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Por Natalia Viri e Marina Falcão Valor Econômico
Fonte: almeidabuguelii 17/01/2013
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