Segundo uma fonte, as conversas estariam avançadas; as duas casas negam a fusão.
Acompanhando a tendência que se configurou em todo ano de 2012, as corretoras Planner e a Ativa estão em conversas avançadas para unificar os dois negócios.
Segundo uma fonte que preferiu não se identificar, o negócio deve sair em breve, sendo que a Ativa deve ser incorporada à Planner.
O motivo seria a redução de custos, uma vez que as corretoras perderam muitas receitas, especialmente com corretagem já que a crise econômica afugentou os investidores pessoa física da bolsa.
Procurada, a Ativa informou por meio da sua assessoria de imprensa que não há conversas sobre o assunto.
"Eles (os sócios das duas corretoras) são amigos, mas cada um segue o seu caminho", diz a assessoria da Ativa.
Na outra ponta, a Planner também nega qualquer negociação e, também por meio de sua assessoria de imprensa, afirma diz que não "há nenhuma conversa nesse sentido, nem com a Ativa e nem com outras."
No entanto, se o negócio se confirmar, este será o segundo movimento da Planner em menos de um ano. Em junho último, a corretora anunciou a incorporação da Prosper.
A companhia nasceu com um movimento médio de R$ 230 milhões por dia na BM&FBovespa. Num primeiro momento a nova corretora trazia em sua marca os dois nomes, mas recentemente a marca Prosper saiu de cena.
A operação unificou exclusivamente os serviços de intermediação de títulos e valores mobiliários.
Ainda pequenas
Mesmo juntas, as duas corretoras não chegariam à lista das dez maiores por ativos do país.
Segundo dados do Banco Central, compilados pela agência Austin Rating, em dezembro do ano passado, a Itaú liderava, com R$ 2,9 bilhões em ativos totais e R$ 1,85 bilhão de patrimônio líquido.
De acordo com dados de setembro, os ativos totais das duas casas somaria R$ 88,32 milhões. Este valor seria praticamente a metade dos R$ 181,54 milhões que uma eventual junção entre Magliano e Spinelli - anunciado com exclusividade pelo Brasil Econômico em junho, mas que ainda não se confirmou.
Ano de fusões
Antes da confirmação da unificação entre Planner e Prosper, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou a compra de 100% do controle da Banif Corretora.
Na época o objetivo do banco estatal português era aumentar o fluxo de operações entre o Brasil e a Europa e ampliar a participação dos investidores institucionais.
A CGD já tinha 70% da corretora do Banif no Brasil, operação que foi aprovada em fevereiro deste ano, mas a compra havia sido realizada em junho de 2010 por R$ 130 milhões.
Também em junho, as corretoras Magliano e a Spinelli assinaram memorando de entendimentos e o negócio seria formalizado em outubro. Segundo fontes do mercado, a fusão ainda não saiu por disputas internas.
Naquele mesmo mês, a BTG se fundiu à corretora chilena Celfin e, no final do ano passado, a gestora Plural se uniu à corretora Flow.
Priscila Dadona
Fonte: brasile conomico 28/12/2012
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