27 novembro 2012

Precon Engenharia e Grupo Empreza, de RH, planejam abrir capital até 2014

Empresas participaram de fórum na BM&FBovespa nesta terça-feira para expor seus negócios e avanços em governança corporativa a potenciais investidores

A Precon Engenharia e o Grupo Empreza, com atuação em recursos humanos e educação, anunciaram nesta terça-feira seus planos de abrir capital até 2014. As empresas participaram de um fórum na BM&FBovespa, no qual apresentaram a investidores, bancos e gestoras de recursos seus avanços em governança corporativa na tentativa de captar recursos para alavancar seus crescimentos nos próximos anos. Caso sejam bem sucedidas na expansão, poderão abrir capital.

 O fórum acontece anualmente desde 2002 e seis, das 25 empresas participantes, fizeram ofertas iniciais no período. O ano de 2012 foi marcado por várias desistências de IPOs (ofertas públicas iniciais de ações), como as da CVC, Brasil Travel, Pague Menos e CPFL Renováveis, só para citar algumas.

Com receita em torno de R$ 100 milhões e expansão prevista de 40% para este ano e 2013, a Precon Engenharia, que faz estruturas pré-fabricadas de concreto, espera estar listada no segmento Bovespa Mais em 2013. Em uma segunda fase, a companhia poderia realizar um IPO (oferta pública inicial de ações) em três anos, "se for estratégico", ou apostar em uma associação ou em uma fusão e aquisição, segundo o presidente executivo, Marcelo Miranda.

 Miranda avalia que, com um aporte entre R$ 100 e R$ 150 milhões em três anos, seria possível inaugurar mais duas ou três fábricas no período. "Temos um modelo de gestão fácil de replicar", diz. 

Segundo ele, a Precon já deu alguns passos para pavimentar sua entrada no mundo das S/A. "Temos muito o que caminhar para chegar a ser uma empresa de capital aberto, mas já avançamos na governança corporativa", afirma Miranda, citando como exemplo o acordo "bem definido" com os acionistas - Bruno Simões Dias, Nora Simões Dias, Márcia Simões Dias e Décio Vinício Gomes controlam 85% da companhia. Na apresentação aos investidores, Miranda ressaltou também o "atuante" conselho administrativo - formado por sete membros e dois conselheiros independentes. "Fizemos também investimentos em sistemas de controle e em uma maior transparência para os acionistas e investidores", diz.

Sediada em Belo Horizonte (MG), a Precon faz estruturas pré-fabricadas de concreto usadas no Mineirão e que podem erguer shoppings, incorporações residenciais e galpões logísticos. A empresa também constrói empreendimentos imobiliários para o programa Minha Casa Minha Vida.

 Com foco na industrialização da construção civil, a Precon está construindo uma fábrica no Recife (PE). O aumento da receita prevista para os próximos anos, de R$ 140 milhões em 2013 para R$ 200 milhões em 2014, desconsidera a produção adicional. "Temos uma capacidade operacional instalada que permitiu a construção de mil unidades (habitacionais) em 2012, número que deve passar para 2 mil unidades em 2014", afirma Miranda.

 Empreza 
 Especializado na gestão de recursos humanos, processos e serviços, o Grupo Empreza firmou no início do mês uma joint venture com a multinacional de RH Allegis Group Services. Sua expectativa de abertura de capital é até 2014, segundo a presidente da empresa, Helena Machado Ribeiro. A Empreza espera faturar R$ 273 milhões este ano, R$ 400 milhões em 2013 e alcançar R$ 516 milhões em 2014. 

O grupo busca uma injeção de recursos de entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões. O dinheiro seria usado como capital de giro, em um pequeno investimento em despesas de capital e na criação de novos produtos. Com esse aporte, o crescimento da Empreza pode chegar a 50%, enquanto o faturamento pode bater os R$ 750 milhões.

A compahia tem como maiores clientes o governo - que responde por 24% do total de sua receita - e empresas de telecomunicação - com 20%. Além do segmento de recursos humanos, a Empreza atua também no setor educacional, no qual firmou uma parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) em Goiás para capacitar executivos.

 Segundo Helena, a Empreza quer crescer nos segmentos de terceirização - nos quais os contratos trabalhistas são mais longos que os de temporários, por exemplo - e em BPO (Business process outsourcing, ou terceirização de processos de negócios que usam tecnologia da informação). "Não descartamos fazer uma fusão e aquisição na área de tecnologia", afirma Helena.

Para melhorar sua governança corporativa, a empresa instituiu um conselho consultivo formado por oito membros - sendo três independentes. "Temos também 85% de nossos controles documentados e com padrão de auditoria e contabilidade", diz Euclides Tavares, diretor financeiro da companhia. "Instituímos uma área de relações com investidores e buscamos melhorar nossa eficiência operacional e reduzir os custos." Por Danielle Brant
Fonte: iG 27/11/2012

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