A Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) anunciou nesta quinta-feira, 04/10, a iniciativa Brasil 2022, que tem como objetivo transformar o Brasil em referência no setor de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) até 2022. O anúncio foi feito durante a terceira edição do Brasscom Global IT Forum, realizado em parceria com The Economist, em São Paulo.
Em sua apresentação, Antonio Gil, presidente da Brasscom, lembrou que há muito a fazer e pouquíssimo tempo para isso. De todo modo, ele lembrou que o País está bem posicionado. Segundo a Brasscom, o Brasil é hoje o 5° maior mercado mundial de TICs e o 7° maior em tecnologia da informação. A meta é chegar a terceira posição em 2022.
A projeção é que a indústria do setor movimente R$ 212,5 bilhões em 2012 - US$ 100,5 bilhões em Comunicações e US$ 111,5 bilhões em TI - e cresça 8% na comparação com 2011. Nos próximos dez anos, a estimativa é que a cifra dobre e alcance aproximadamente R$ 430 bilhões.
Mais que isso, Gil lembrou que o setor emprega hoje 2,5 milhões de pessoas e que, nos próximos dez anos, vai demandar mais um milhão. “Além disso, não somos apenas grandes, mas muito bons no uso de tecnologia”, disse, lembrando avanços percebidos nas eleições, no setor financeiro, nas declarações de imposto de renda etc.
Por outro lado, Gil reconhece que, para tirar proveito do atual posicionamento do País, é preciso uma mudança de atitude e preparar-se para o futuro. Esta preparação inclui dar mais foco a questões como desenvolvimento social, econômico e transparência governamental. Do lado técnico, significaria estar mais atento ás novas tendências. “O uso que fazemos de tendências como cloud, big data e mobilidade é ridículo”, comparou.
Governo em movimento
No mesmo painel, o coordenador geral de software e serviços de TI do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Rafael Moreira, disse que o órgão está atento às oportunidades existentes no nicho de software. “O mercado brasileiro de software deve crescer 400% nos próximos dez anos”, disse.
Para o executivo, muito deste crescimento virá do uso intensivo de software em setores onde o País tem grande liderança ou grandes desafios socioeconômicos para enfrentar. Partindo deste cenário, e depois de uma analise criteriosa de como países como Estados Unidos, Coreia e Índia estão tratando o setor, Moreira afirmou que o MCTI identificou quatro grandes áreas que serão estimuladas nos próximos anos: desenvolvimento social e econômico; posicionamento internacional; inovação e empreendedorismo; e competitividade.
“Em cada uma destas áreas haverá uma série de iniciativas com foco no incentivo ao uso e desenvolvimento de software”, disse. Ele citou como exemplo um edital que o governo federal deve divulgar no início do ano que vem, com o objetivo de atrair para o país, centros globais de pesquisa e desenvolvimento de software. “Será uma iniciativa bastante agressiva se comparada ao que já foi feito em outros países”, concluiu.
Por Fábio Barros
Fonte: Convergência Digital 04/10/2012
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