08 outubro 2012

Dasa avança com expectativa de venda da empresa

"O grande destaque é que Edson de Godoy Bueno detém 12% da Dasa, mostrando que, se ele vendeu a Amil, pode vender também a Dasa", explica a equipe da Planner Corretora.

 Em meio ao anúncio de compra da J.P.L.S.P.E. Empreendimentos e Participações (JPL), acionista controlador da Amilpar, pela a americana UnitedHealth Group Incorporated (UHG), as ações da Dasa - Diagnósticos da América (DASA3), empresa de medicina diagnóstica, disparam 5,54%, liderando as altas no Ibovespa.

 A UHG irá adquirir 820.758.710 ações ordinárias de emissão da JLP por R$ 6,5 bilhões, que tem como principal controlador Edson de Godoy Bueno.

 "Ele tinha 63,8% das ações como controlador da Amil e 1,64% como investidor individual. Mas o grande destaque é que Edson de Godoy Bueno detém 12% da Dasa, mostrando que, se ele vendeu a Amil, pode vender também a Dasa", explica a equipe de análise da Planner Corretora.

 Além disso, se juntar o percentual dele com o de sua ex-mulher, Dulce Pugliesi de Godoy Bueno, a fatia na Dasa sobe para 23%.

 No comunicado divulgado nesta segunda-feira (8/10), a UHG irá realizar ainda oferta pública de aquisição das ações (OPA) de emissão da Amilpar para todos os acionistas da companhia em igualdade de condições àquelas acordadas com os acionistas controladores.

 "A alta de hoje da Amil é especificamente por causa dessa oferta pública de aquisição das ações dos demais acionistas. É um ajuste da taxa de risco até a OPA", pontua a equipe. Há pouco, as ações da companhia (AMIL3) subiam 14,39%.

 A UHG informou também que pode fechar o registro de companhia aberta da Amil na BM&FBovespa. "Isso já está certo. Só falta a aprovação do Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] e da ANS [Agência Nacional de Saúde]".

 Em relação às outras empresas ligadas ao setor de saúde que se valorizam neste pregão, a equipe de análise da Planner diz que essa compra realizada pela maior empresa de seguros de saúde dos Estados Unidos, mostra que o segmento no Brasil está melhorando. "O aumento da renda do brasileiro nos últimos anos fez com que ele se preocupasse mais com a saúde, realizando diversos exames", completa.

Diante disso, as ações deste segmento, que antes eram avaliadas de segunda linha, passam a ser observadas com alto rendimento. Neste sentido, os papéis da Tempo Participações (TEMP3) e da Qualicorp (QUAL3) avançavam 3,26% e 3,39%, respectivamente. Com alta menos expressiva, as ações do Fleury (FLRY3) apreciavam 1,16%.

 Os analistas da Planner Corretora explicam que as ações do Fleury já vêm de forte alta desde a semana passada, quando a empresa anunciou a compra de oito unidades da Papaiz, laboratório de diagnóstico por imagem no segmento odontológico, por quase R$ 20 milhões. No setor, a preferência da corretora é pelo Fleury, pois "o laboratório possui uma marca melhor, é voltado à classe A e possui melhor equipe médica". Por Niviane Magalhães
Fonte: brasileconomico 08/10/2012

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