Negociação pode chegar num acordo que dará à companhia o direito de bloquear a oferta da rival Heineken pelo negócio chave da Fraser & Neave
A Thai Beverage está buscando um empréstimo de cerca de 9 bilhões de dólares de Cingapura (7,3 bilhões de dólares) para financiar uma possível aquisição da Fraser & Neave (F&N) em um acordo que dará à companhia o direito de bloquear a oferta da rival Heineken pelo negócio chave da F&N.
A medida acontece enquanto acionistas da F&N, que inclui a japonesa Kirin Holdings, preparam uma votação crucial para o dia 28 de setembro sobre a proposta de venda de uma participação de 40 por cento na Asia Pacific Breweries (APB), fabricante da cerveja Tiger, para a Heineken.
Comprar a F&N daria à ThaiBev, maior acionista da empresa, o controle de gestão necessário para sabotar o acordo.
ThaiBev, controlada pelo bilionário Charoen Sirivadhanabhakdi, pediu que diversos credores, como bancos de Cingapura, da Malásia e do Japão, apresentassem propostas de financiamento para um empréstimo-ponte, disse Basis Point, uma publicação da Reuters, citando fontes bancárias que não foram identificadas.
A International Beverage Holdings, uma subsidiária da ThaiBev, faria os empréstimos em nome de sua controladora, disse uma das fontes, acrescentando que o empréstimo seria lastreado por ações da F&N. Ainda não ficou claro se essas ações seriam as que a ThaiBev já possui ou se as que podem ser compradas.
"Esta batalha pode levar à uma aquisição hostil da F&N. Uma mudança de controle da F&N pode revogar o acordo entre a Heineken e a F&N? Provavelmente", disse uma fonte do setor bancário que não quis ser identificada.
Um porta-voz da ThaiBev se recusou a comentar. A Heineken também não quis falar sobre o assunto.
A companhia holandesa, que já possui uma fatia da APB, aumentou no mês passado sua oferta para comprar as ações da Asia Pacific controladas pela F&N para 6,3 bilhões de dólares.
A medida foi vista como uma tentativa de afastar Charoen em uma batalha pelo controle da marca líder no mercado de cerveja em rápido crescimento no Sudeste Asiático. Por Maggie Chen e Eveline Danubrata, da Reuters
Fonte: Exame 10/09/2012
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