A parceria entre Office Depot e Gimba traz à tona a discussão em torno do interesse das varejistas americanas pelo Brasil. As redes europeias dominaram o setor no país nas últimas décadas e poucas cadeias dos EUA chegaram a ensaiar uma aproximação com o consumidor local, com exceção do Walmart.
Há sinais, porém, de que esse interesse cresce, em parte pela previsão de que os mercados de consumo desenvolvidos terão dificuldades em voltar a reagir a curto e médio prazos. Na lista de varejistas americanas que estiveram em visitas ao país, desde o fim de 2011, estão a Home Depot, rede do setor de construção e decoração, e as drogarias Walgreens e CVS.
A Home Depot chegou a visitar terrenos nas Marginais Tietê e Pinheiros, em São Paulo, neste ano. E esteve analisando a hipótese de abrir lojas em estacionamentos em shoppings paulistanos. Segundo uma fonte contratada pela empresa para analisar salários de profissionais no país, o projeto foi engavetado no começo do ano. O elevado preço dos terrenos (as lojas da Home Depot têm de 30 a 35 mil metros quadrados) e a complexa legislação trabalhista teriam desestimulado a empresa.
Walgreens e CVS ainda têm interesse em entrar no país. A necessidade de fazer a integração com a Alliance Boots, teria feito a Walgreens desacelerar as negociações por aqui. Uma fonte do setor de farmácias diz que a Walgreens tem interesse em companhias de médio porte, visto que as grandes drogarias do país não têm interesse em vender a operação. Procuradas, as redes americanas não se manifestaram sobre o assunto. (AM) Valor Econômico
Fonte:tudofarma 29/08/2012
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