Mencionada em praticamente todos os estudos sobre o agronegócio brasileiro, a infraestrutura logística do país é o principal gargalo para o desenvolvimento do segmento, aponta pesquisa divulgada hoje pela Câmara Americana de Comércio (Amcham, na sigla em inglês), em São Paulo.
O documento, que conta com a entrevista de 84 empresas americanas associadas à entidade, elencou infraestrutura logística defasada, sistema tributário burocrático, falta de acordos internacionais e legislação trabalhista pouco flexível como os principais fatores que reduzem a competitividade para as empresas do setor.
Entre as companhias entrevistadas, 56% entendem que esses gargalos, ou o chamado custo Brasil, podem comprometer a intenção do país de se tornar o líder global no fornecimento de alimentos. Em contrapartida, 68% dos entrevistados acreditam que o uso de tecnologia deva manter a capacidade de produção do país.
No que diz respeito ao crédito agrícola oferecido no Brasil, 49% das empresas pesquisadas consideram os instrumentos satisfatórios, ainda que "apenas alguns segmentos da cadeia se beneficiem". Outros 24% disseram que suas empresas não precisam de créditos para expandir seus negócios, enquanto 19% consideram os instrumentos de crédito agrícola insuficientes e 7% têm dificuldades para acessar as linhas oferecidas.
Questionadas sobre os temas que mais devem influenciar seus negócios, as empresas americanas apontaram o crescimento e melhoria da distribuição de renda do país (39%), a volatilidade dos preços (13%) e as alterações no padrão de consumo (11%) como os fatores mais importantes. A pesquisa destaca, ainda, os mercados da América Latina, Estados Unidos, China e África entre os alvos de interesse para investimentos e parcerias. Por Luiz Henrique Mendes | Valor
Fonte: uol 03/08/2012
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