A gestora DLM Invista, de Minas Gerais, entrou na reta final da captação de recursos de seu primeiro fundo de “private equity”, que vai investir em empresas de tecnologia. A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão ligado ao governo federal, aprovou nesta semana um aporte de R$ 30 milhões no fundo.
Com isso, a gestora já angariou R$ 160 milhões do total de R$ 200 milhões que pretende levantar para a iniciativa. A expectativa é que o processo de captação seja concluído até o começo de agosto, afirma Paulo Caputo, sócio da DLM. A prospecção de recursos começou há cerca dois anos.
O fundo também recebeu aportes dos fundos de pensão Funcef (funcionários da Caixa Econômica Federal) e Real Grandeza (Furnas) e de instituições mineiras. Outros cinco investidores devem entrar no projeto – entre eles, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
Os gestores já têm em vista pelo menos dois projetos em que planejam investir recursos do fundo. Um deles é uma empresa que produz software para gestão de risco na área de logística. Outra é uma companhia que provê tecnologia para o segmento conhecido como “marketplace”, como são chamados os sites que vendem conteúdo, serviços ou produtos de empresas que não têm sua própria loja virtual.
Caputo não revela os nomes desses alvos potenciais, já que ainda não foram aprovados pelos cotistas do fundo. A expectativa é que a primeira assembleia ocorra em meados de agosto.
A prospecção de investimentos baseia-se, em grande medida, na própria experiência de Caputo e de Jorge Steffens, outro sócio da DLM Invista. Ambos fizeram carreira na Datasul, empresa de software que foi adquirida pela Totvs em 2008.
Caputo, que também foi vice-presidente da Totvs antes de entrar na gestora, diz que a ideia é que o fundo de private equity faça investimentos em um portfólio de oito a dez empresas, sempre em participações minoritárias. O perfil desejado é de companhias de tecnologia com faturamento anual de R$ 15 milhões a R$ 150 milhões.
“Queremos investir em empresas já estabelecidas, mas que precisam de financiamento para continuar crescendo”, afirma.
O fundo terá prazo de três anos para aplicar os recursos e de quatro a cinco anos para sair dos investimentos.
A decisão da DLM Invista de ingressar na área de private equity, tomada no fim de 2009, também marcou a chegada da gestora mineira a São Paulo. Foi nessa época que a asset – cuja especialidade são os fundos multimercados – abriu seu escritório na capital paulista, tendo em vista a possibilidade de ficar mais próxima de potenciais investidores. Valor Econômico
Fonte: cecompi 05/07/2012
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