Marquesan e Médicis, da Sequoia, que vai investir R$ 10 milhões até 2013
Dois meses após o aporte do fundo de private equity BR Partners, o grupo de logística Sequoia anuncia hoje a aquisição de 100% da Linx Fast Fashion e a entrada da empresa de participações Joá em seu capital.
Com a aquisição, o Grupo Sequoia amplia sua área de atuação que, até então, era focada em sites de comércio eletrônico como o Privalia e o Bebê Store, que atendem o consumidor final. A partir de agora a empresa de logística passa a ter como clientes 11 importantes varejistas de moda como Renner e Lacoste, segundo o Valor apurou. "Hoje, entregamos por dia 15 mil peças. Com a compra da Linx Fast Fashion esse número vai aumentar para 55 mil", disse Armando Marchesan Neto, CEO do Grupo Sequoia.
A Linx Fast Fashion é uma das divisões do grupo de logística Linx, que tem como sócio o fundo americano General Atlantic. A negociação, cujo valor não foi revelado, engrossa a lista de fusões e aquisições no setor. Segundo pesquisa da PricewaterhouseCoopers, foram assinadas 35 transações neste ano até maio na área de logística.
Capitalizados com os aportes dos novos sócios financeiros, a BR Partners e a Joá, a Sequoia prevê investimentos de R$ 10 milhões para compra de equipamentos de automação a serem instalados em seus dois centros de distribuição, em São Paulo. "Com os novos recursos conseguimos antecipar em dois anos os nossos projetos como a entrada na área de moda e a compra de modernos equipamentos", afirmou Décio Alves, fundador e diretor de operações do Sequoia.
O interesse do Sequoia pela área de moda é baseado no crescimento das vendas on-line e a tendência de os varejistas de moda não estocarem produtos nas lojas. "Os altos aluguéis das lojas não permitem que elas tenham grandes áreas de estoque. Com isso, cada vez mais os varejistas estão optando por trabalhar com empresas de logística que fazem entregas diárias. Um 'case' é a Zara que trabalha com uma alta rotatividade", explicou Eduardo Médicis, sócio da BR Partners nomeado para ser diretor financeiro do Grupo Sequoia.
Segundo a consultoria e-bit, o segmento de moda representou 7% do volume de vendas na internet em 2011. "As vendas de itens de moda cresceram 40% contra 26% do setor de e-commerce. É o segmento que mais cresce e está alinhado com a nossa estratégia de investir nos setores de consumo", complementou Diogo Bassi, sócio da BR Partners.
Fundado há apenas dois anos, o Sequoia é comandado por Alves e Marchesan Neto - dois ex-executivos com longa passagem pelo Submarino, controlado pela B2W. Essa experiência faz com que eles saibam os problemas que o mercado de comércio eletrônico vem enfrentando no país. No ano passado, só no Estado de São Paulo, o Procon registrou quase 44 mil reclamações de compras feitas em sites. A B2W, maior empresa de e-commerce do país, está inserida nesse universo de queixas e viu seus resultados despencarem no ano passado devido a falhas de entrega de produtos.
A fim de evitar tais problemas, o Sequoia tem além dos centros de distribuição uma empresa de entrega com uma frota de 180 veículos. "Como temos uma frota dedicada podemos entregar para varejistas e consumidores finais", disse Marchesan Neto.
Autor: Vinculado ao valor.com
Fonte: ecofinancas 26/06/2012
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