15 maio 2012

MRM quer crescer com aquisições

CEO global Bill Kolb espera que o escritório brasileiro troque posição no top 20 por destaque no top 5 da rede
Para Kolb, Brasil é prioridade da rede MRM em 2012. Escritório brasileiro tem a meta de figurar entre os cinco maiores do mundo

A MRM, rede de marketing direto do McCann Worldgroup, elegeu o Brasil como prioridade número um em 2012. Quem garante é o CEO global Bill Kolb, com pretensão de que a MRM Brasil troque a posição que tem entre os 20 maiores escritórios da rede por um lugar de destaque no topo do ranking, entre os cinco maiores da companhia. “Isso pode acontecer até o início de 2013”, afirma.

Para concretizar os planos, duas aquisições estão sendo conduzidas — os nomes das empresas e os detalhes das transações são mantidos em sigilo. “As duas empresas serão incorporadas para fortalecer nossa operação e aprofundar nossas escalas, tanto em digital quanto em CRM. Não digo que elas sairão no segundo trimestre, mas anunciaremos ainda este ano”, promete o CEO global.

A meta ousada do líder, que visitou o escritório brasileiro da MRM há duas semanas, está em linha com a visão que tem do mercado brasileiro. Kolb acredita que a força, bem como o alto poder de consumo dos brasileiros e a solidez das empresas locais tornam o País um mercado já desenvolvido. “Os aspectos que caracterizam um país em desenvolvimento já estão desenvolvidos por aqui. O sistema é autossustentável, com uma grande população e empresas nacionais fortes. No geral, não me parece diferente dos Estados Unidos ou da Europa”, afirma.

Outro aspecto que estimula a MRM Worldwide a investir em aquisições no País é a velocidade com que o mercado nacional vem se desenvolvendo — e a posição estratégica que o Brasil ganha dentro da rede, que tem 30 escritórios espalhados pelo mundo.

Com os clientes globais querendo aproveitar a boa fase do País, a MRM quer se apresentar como agência capaz de mergulhar na realidade local e de soluções eficazes. “Eles querem entender como competir com empresas locais que são líderes em suas áreas e já têm uma presença massiva no País”, esclarece o CEO, que vê na aquisição de empresas locais a saída para atender a essa demanda de forma satisfatória.

A estratégia se soma à ofensiva digital da MRM Brasil, potencializada desde a contratação do presidente Fernando Tassinari, em maio de 2011. Ele assumiu o comando da agência em meio à saída dos sócios minoritários e fundadores da então Sun/MRM, Flávio Salles e Henrique Leal, que venderam para a multinacional, no ano passado, os 30% de ações que detinham.

A participação dos serviços digitais saltou de 15% do faturamento em 2008 para atuais 55%. Globalmente, os negócios digitais representam entre 60% e 65%. “A ideia da minha vinda era trabalhar CRM e digital em paralelo, potencializando a força do digital. O uso de ferramentas online ou off-line varia de caso a caso”, diz Tassinari.

Mesmo com a preponderância digital, a MRM Brasil não conseguiu reter a conta da Chevrolet, maior cliente global da rede, que entregou a verba brasileira de marketing direto para a E/Ou no mês passado. Por EDUARDO DUARTE ZANELATO
Fonte:Meioemensagem 14/05/2012

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