16 maio 2012

Investidores querem retornos maiores com riscos menores

Se não quiserem correr riscos, os investidores brasileiros terão de se adaptar à nova realidade do País, de menores retornos financeiros. A opinião é do diretor da Franklin Templeton Investments no Brasil, Heitor de Souza Lima, ao analisar a Pesquisa Global de Opinião dos Investidores feita pela empresa. "Diante de um novo panorama de juros baixos, o brasileiro vai viver um dilema: ou aumenta os riscos ou reduz expectativa de retorno."

 De acordo com o levantamento, o brasileiro tem uma das maiores expectativas de retorno do mundo mas é um dos menos propensos a ter perda nas aplicações: 48% dos investidores do País esperam obter retorno entre 5% e 15%, o que Lima classifica de "número relevante". Outros 30% acreditam que obterão um retorno de 15% a 25%. "Esse retorno alto é muito advindo do que o País teve nos últimos anos, porém é uma situação que não vai se repetir daqui para a frente."

 Há, no entanto, outro dado relevante no estudo. São poucos os brasileiros investidores. O resultado aponta que 33% dos brasileiros não têm qualquer tipo de investimento, 29% têm imóveis e 7,7% investem em renda variável. "Com esse aumento da classe C, você começa a ter pessoas preocupadas com suas aposentadorias, por exemplo. Tudo isso parte do aumento da renda da população e houve um inequívoco avanço nesse aspecto", afirmou Lima.

 Lima observou que a importância que o investidor brasileiro dá é para o retorno garantido, ou seja, não está disposto a perder dinheiro. "Isso acontece porque, até hoje, o investidor brasileiro tem surfado essa onda de juros reais altos e conseguia ter um retorno bem razoável, com pouquíssimo risco."

 O panorama do País está mudando e os investidores precisam se adaptar. "Os juros tendem a ser certamente mais baixos do que foram no passado. Os retornos também serão menores. A própria poupança, que dava o retorno sem risco, já não dá mais o mesmo retorno", disse executivo.

 Na pesquisa, 22% dos aplicadores brasileiros se declararam extremamente otimistas, 23% muito otimistas, 18% otimistas, 26% neutros e 6% um pouco pessimistas em relação à perspectiva econômica do País nos próximos três anos. Fonte: DCI 16/05/2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário