Os mercados brasileiros faturaram R$ 224,3 bilhões em 2011, aumento de 11,3% em termos nominais e 4,4% em termos reais, sobre 2010, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O lucro líquido médio do setor foi de 1,7% sobre o faturamento no período. No ano passado, os estabelecimentos somaram 82 mil lojas, 1% a mais do que o registrado em igual período anterior.
A entidade informou também que as três maiores redes do país, Pão de açúcar, Walmart e Carrefour, foram responsáveis por 47% do faturamento do setor em 2011. Essa participação representou aumento de 7 pontos percentuais em relação à verificada0 em 2010. Considerando apenas o autosserviço, a concentração das três grandes redes caiu 3,6% em 2011 sobre 2010, para 22,2%.
“As cinco maiores empresas tiveram uma participação de mercado de 51% na primeira situação [faturamento do setor] e de 26% na segunda [de autosserviço]. Já as 10 maiores, 56% e 31%, respectivamente”, informou a Abras em comunicado. As 20 maiores redes faturaram R$ 140 bilhões.
O dinheiro foi a principal forma de pagamento das vendas no setor (36,8%), seguido por cartão de crédito (33,7%) e cartão de débito (16,9%).
De acordo com a Abras, os supermercados investiram R$ 2,4 bilhões no ano passado, mas o valor não inclui as três grandes redes. A reforma de lojas respondeu pela maior parte dos investimentos (31,9%), seguida pela construção de novas lojas (29,5%), por aquisição de lojas (16,6%) e aquisição de terrenos (9,2%), entre outros itens.
E março, as vendas reais do setor cresceram 7,32% em março na comparação com fevereiro deste ano. Em valores nominais, sem descontar a inflação, o aumento foi de 7,54%, em relação ao mês anterior.
Já na comparação a março de 2011, as vendas aumentaram 9,57% em termos reais, e 15,31% nominalmente. Segundo a Abras, o “efeito-calendário” influenciou o resultado, pois março contou com 31 dias e fevereiro, com 29. Além disso, parte dos itens de Páscoa começou a ser comprada no mês passado.
O índice Abrasmercado, que mede os preços de cesta de produtos, apresentou queda de 0,27% em março, em relação a fevereiro, para R$ 315,26. No período, a inflação medida pelo IPCA subiu 0,21%.
Os produtos que apresentaram maior inflação no período foram cebola (8,63%), papel higiênico (3,02%) e feijão (2,69%). Já os que tiveram as maiores quedas foram tomate (5,85%), pernil (4,61%) e farinha de mandioca (4,55%). Por Letícia Casado
Fonte:Valor 24/04/2012
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