27 abril 2012

Private equity precisa investir US$ 1 tri em 2012, aponta estudo da Bain & Company

Hoje, Brasil é foco do capital destinado à América Latina.

Na corrida para negociar cerca de US$ 1 trilhão – quase 40% do capital previsto para aquisições em 2012 –, os fundos de private equity deverão intensificar as negociações em 2012 em busca de transações que levem à rentabilidade obtida dez anos atrás. Os dados são da Bain & Company, consultoria estratégica global e líder em consultoria na indústria de private equity. Segundo relatório anual da empresa, recém-divulgado, os mercados emergentes como o Brasil continuarão sendo os destinos mais atrativos para investir devido ao seu rápido e robusto crescimento. Apesar da previsão, até agora as transações nos mercados em desenvolvimento estão bastante distantes do potencial que apresentam, de acordo com o relatório.

 O principal fator que influencia a capacidade de uma economia de absorver capital de private equity é o número de empresas de tamanho médio para aquisição. Nesse aspecto, o Sudeste Asiático tem sido bastante atraente, particularmente Cingapura, Malásia e, em menor extensão, a Indonésia.

No Brasil, apesar de ainda não existirem muitas empresas de médio porte na economia em termos comparados, as expectativas são bastante positivas, principalmente pelo crescimento esperado da classe média e dos investimentos em infraestrutura nos próximos anos. O país, que ocupa hoje o terceiro lugar dentre os mercados emergentes que mais atraem recursos, é o principal destino do capital investido em private equity na América Latina.

 Na China e na Índia, apesar de estarem à frente do Brasil no ranking de atratividade dos emergentes, os fundos de private equity têm sido capazes apenas de negociar participações minoritárias em empresas pequenas ou a limitar-se a investimentos privados em títulos públicos.

 A grande disponibilidade de capital comprometido com os fundos irá resultar em muito recurso disputando poucos negócios ao longo de 2012. “Para se ter uma ideia, os recursos disponíveis são suficientes para abastecer o mercado ao longo dos próximos três anos”, afirma Hugh MacArthur, sócio da Bain & Company e principal autor do relatório. E é preciso correr contra o tempo, alerta MacArthur: "A menos que o capital seja investido até o final de 2013, os fundos podem se ver forçados a liberar os investidores de seus compromissos e a abandonar suas comissões de gestão”. [ http://goo.gl/bx4D8].

 A Bain & Company e o setor de private equity: A Bain & Company é a principal consultoria para a indústria de private equity. A maioria das pessoas no setor reconhece que Bain & Company e a Bain Capital são empresas distintas, sem propriedade ou governança compartilhadas. No entanto, à luz da intensa atenção da que temos recebido da mídia neste ano de eleições nos EUA, vale a pena registrar: a Bain & Company não é uma empresa de private equity. A Bain & Company mantém uma rede global de mais de 400 profissionais experientes que atendem a clientes de private equity. Na última década, estima-se que a Bain tenha assessorado metade de todas as transações de aquisição, em negociações que somam mais de US$ 500 milhões. Bain & Company, uma das maiores consultorias de negócios do mundo, orienta clientes em relação a estratégias, operações, tecnologia, constituição de empresas, fusões e aquisições, desenvolvendo práticas que assegurem aos clientes transparência nos processos de mudança e tomada de decisões. A Consultoria trabalha em sinergia com os clientes, vinculando seu fee aos resultados. O desempenho dos clientes da Bain superou o mercado de ações em 4 para 1. Fundada em 1973, a Bain conta com 47 escritórios em 30 países e atua junto a grandes empresas multinacionais, de private equity e outras corporações em todos os setores da economia.
Fonte:27/04/2012

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