18 abril 2012

Fusões à vista, Santander na mira

O Banco Central da Espanha aprovou nesta terça-feira os planos de recaptalização apresentados pelos bancos do país em uma tentativa de fazer cumprir as normas mais rigorosas dentro do sistema, minimizando riscos futuros. O setor financeiro na Espanha é um dos mais preocupantes dentro da zona do euro, algumas instituições podem estar apresentando riscos de insolvência neste exato momento.

Segundo o BC espanhol, os bancos comerciais foram notificados sobre a necessidade de levantarem 29,08 bilhões de euros de valor extra de provisões, além de 15,57 bilhões de euros adicionais de capital principal. No total são quase 45 bilhões de euros em recursos a serem levantados pelos bancos.

Estes recursos podem ser levantados através dos próprios lucros das instituições financeiras, somado à novas emissões de ativos no mercado. O Banco Central da Espanha destacou também que irá criar incentivos para fusões e aquisições entre as instituições financeiras espanholas. Os bancos maiores provavelmente irão abocanhar os bancos menores que passam por dificuldades, deixando o sistema financeiro ainda mais compacto e longe do ideal.

O Santander, um dos grandes bancos espanhóis, pode estar envolvido em alguma fusão dentro da Espanha. Por este motivo (levantar capital), especula-se cada vez mais que o banco poderá vender seus ativos no Brasil ou se fundir com o Bradesco (conversas extra-oficiais podem ter ocorrido entre as diretorias executivas) ou com o Banco do Brasil (menos provável, já tem um caixa comprometido e acabou de abocanhar o Banco Postal do Bradesco).

Este foi o noticiário macro que serviu de impulso para as bolsas operarem no azul e não a venda de títulos públicos espanhóis conforme a mídia noticiou erroneamente. Na manhã desta terça-feira o governo espanhol captou 3,177 bilhões de euros em títulos de curto prazo no mercado, mas foi obrigado a subir novamente o yield dos títulos para arrumar comprador no mercado. 2,09 bilhões de euros foram em títulos de um ano, com uma rentabilidade de 2,73% (dobro da emissão anterior de 1,47% realizada em março deste ano). Outros 1,08 bilhão de euros foram títulos de um ano e meio com uma rentabilidade de 3,2 %, bem superior aos 1,77% da última emissão.

O dia foi definido logo na abertura do pregão em Wall Street. O índice Dow Jones abriu a terça-feira rompendo sua resistência psicológica dos 13k. Este movimento detonou pivot de alta no intraday e chamou abertura de posições compradas de curtíssimo prazo. Acabou passando por cima da linha central de bollinger também. Posições compradas em aberto visando teste na região dos 13.3k.

No Brasil o índice Bovespa também fechou em alta, mas não conseguiu armar pivot no intraday. O índice foi barrado novamente pela resistência fraca de curto prazo nos 63k. Se o movimento de repique conseguir passar por esta barreira dos 63k, deverá jogar o Ibovespa para romper sua LTB e projetar um teste sobre a linha de resistência nos 64k.

Fonte:financasinteligentes 17/04/2012

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