A rede Magazine Luiza deve finalizar totalmente a integração das Lojas Maia, adquirida em julho de 2010 por R$ 290 milhões, no quarto trimestre de 2012, informou a empresa. A partir do último trimestre do ano, a empresa vai se "beneficiar totalmente" da união dos ativos. Com isso, o processo de união das operações terá levado cerca de dois anos.
Esse projeto de integração foi destacado no relatório de resultados publicado na noite de ontem porque pressionou as despesas extraordinárias da empresa, que acabaram impactando no lucro do grupo. A Maia deu prejuízo de R$ 13 milhões de outubro de dezembro de 2011, acima da perda de R$ 1 milhão no mesmo período de 2010. A rede foi comprada com 130 lojas e em dezembro, somava 142 pontos.
A margem líquida da Maia, negativa em 0,6% de outubro a dezembro de 2010, caiu para - 6,4% no mesmo período de 2011.
Em material de resultados financeiros de 2011, a rede explica que realizou a virada da marca nas regiões metropolitanas do Recife, em outubro, Maceió e Fortaleza, em dezembro - e que esse processo de virada foi uma "antecipação". O grupo destaca bons números de venda da Maia e do potencial futuro da rede.
No Nordeste, a Maia fechou 2011 com R$ 992 milhões em vendas, o dobro de vendas realizadas pela varejista antes da aquisição. O lucro líquido do ano foi de R$ 10 milhões, ante prejuízo de R$ 2,3 milhões em 2010.
O Magazine Luiza fechou o ano de 2011 com lucro líquido de R$ 11,7 milhões, ante lucro de R$ 68,8 milhões apurado em 2010, uma redução de 83,1%. No quarto trimestre de 2011, a companhia deu prejuízo de R$ 16,9 milhões, ante lucro de R$ 20,5 milhões no mesmo intervalo de 2010. Despesas extraordinárias com o processo de integração das redes adquiridas (Lojas Maia em 2010 e Baú, em 2011) no valor de R$ 28,4 milhões teve efeito nos números.
A margem líquida despencou de 1,4% para 0,2% de 2010 para 2011. Essa margem mede quanto de cada real vendido foi transformado em lucro.
As vendas brutas subiram de R$ 5,6 bilhões para R$ 7,6 bilhões de 2010 para 2011, alta de 33,5%, mesma taxa de crescimento da receita líquida. Ou seja, ela "fez venda", mas não conseguiu lucrar mais.
A expansão nas vendas "mesmas lojas", um dos principais indicadores do varejo, caiu de uma taxa de 29% de para 16,5% de 2010 para 2011. Esse índice mede a receita dos pontos abertos há mais de 12 meses, e portanto exclui aberturas que "turbinam" os números.Por Adriana Mattos
Fonte:Valor23/03/2012
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