A logística do setor sucroalcooleiro precisa melhorar, afirma José Vicente Caixeta Filho, diretor da Escola Superior de Agricultura (Esalq). "Logística não pode ser o transporte de antigamente, vai muito além e pressupõe uma série de atividades além do transporte", diz. Ele participa do Sugar & ethanol Brazil 2012, que acontece em São Paulo.
Caixeta Filho cita que caminhos possíveis para a diluição de custos fixos são a economia de escala, eficiência de processos com baixa ociosidade e sincronia das atividades. "Fila é problema de desequilíbrio e não é bom para ninguém", declara. Ele aponta que a fila de caminhões durante a safra também refletem problema de estoque e se tornam um "estoque sobre rodas".
As grandes distâncias, a sazonalidade da produção e a perecibilidade do produto são peculiaridades das cargas agrícolas. Para ele, o alongamento do período de escoamento pode ajudar a diminuir os custos, assim como um período alongado de safra pode tornar a commodity mais rentável.
Entre as mudanças recentes, o diretor cita a privatização de rodovias, modernização do sistema portuário e concessão de rede ferroviária. Ele diz que embora os primeiros trechos do alcoolduto devam ser entregues em breve, o Brasil ainda deve continuar a depender da matriz rodoviária pelo menos nos próximos 20 anos e precisa incrementar o nível de qualidade do serviço rodoviário.
Caixeta Filho também diz que é necessário, entre outros pontos, o aumento da capacidade e eficiência dos terminais portuários, sem esquecer a preocupação com impactos ambientais. Por Marília Ávila
Fonte:AgênciaLeia28/03/2012
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