Techint busca US$ 1,05 bilhão para aquisição da Usiminas, diz fonte

O negócio seria realizado através das unidades Confab Industrial e Ternium

A Confab contratou o HSBC Holdings Plc para liderar empréstimo de US$ 350 milhões com prazo de cinco anos para aquisição da fatia da Usiminas

O Techint Group está tentando levantar US$ 1,05 bilhão por meio de dois empréstimos sindicalizados para financiar a compra uma fatia da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais SA, de acordo com duas pessoas a par do assunto. O negócio seria realizado através de suas unidades Confab Industrial SA e Ternium SA.

A Confab, fabricante brasileira de tubos de aço controlada pela Tenaris SA, que por sua vez é subsidiária da Techint, contratou o HSBC Holdings Plc para liderar empréstimo de US$ 350 milhões com prazo de cinco anos, disseram as pessoas. Elas pediram anonimato pois o processo de distribuição do empréstimo ainda não foi concluído.

Já Ternium, a segunda maior fabricante de aço da América Latina, contratou o HSBC, o Banco Santander SA, o JPMorgan Chase & Co, o Citigroup Inc. e o Crédit Agricole SA para liderar um empréstimo de US$ 700 milhões, disseram as pessoas. Esse financiamento também terá vencimento em cinco anos.

O resto dos US$ 2,7 bilhões necessários para a aquisição da participação na Usiminas virá do caixa das diversas companhias envolvidas.

A Techint disse em novembro que concordou em pagar R$ 5,03 bilhões (US$ 2,7 bilhões) pela participação de 27,7 por cento no capital votante da Usiminas, a segunda maior produtora de aço do Brasil. O bloco de controle, que inclui a Nippon Steel Corp., terá 63,9 por cento das ações ordinárias.

Desde o anúncio, a Techint comprou da Camargo Corrêa SA, do fundo de pensão dos funcionários da Usiminas e do Grupo Votorantim um total de 139,7 milhões de ações ordinárias da Usiminas. Para tanto, utilizou caixa próprio e um empréstimo- ponte do Banco BTG Pactual SA, assessor da Ternium e da Confab na aquisição, segundo as pessoas. Agora esse crédito será refinanciado com os dois empréstimos sindicalizados que as empresas estão buscando.

Gustavo Pernalete, porta-voz da Ternium em San Nicolas, na Argentina, não quis comentar o assunto. A Confab não respondeu e-mail procurando comentários. Por Cristiane Lucchesi
Fonte:exame23/02/2012