29 fevereiro 2012

Suzano negocia sociedade em fábrica com Mondi e UPM

Empresa sul-africana é favorita a tornar-se sócia em unidade no Maranhão

Não é nada fácil encontrar um sócio que aporte dinheiro e não mande em quase nada. Que diga a Suzano. Desde o ano passado, a fabricante controlada pela família Feffer tenta arranjar um sócio para sua fábrica de produção de celulose que constrói no Maranhão, prevista para estar pronta no fim de 2013. O investimento avaliado em R$ 3,5 bilhões pesou sobre o balanço do grupo, que ultrapassou os limites de endividamento acertados com o mercado financeiro. Razão pela qual a empresa decidiu abrir o balcão de negociações com grandes grupos internacionais interessados em comprar celulose competitiva “made in Brazil”.

A Suzano tabula conversas com pelo menos duas empresas que apresentaram propostas por uma participação relevante, porém minoritária. Uma delas é a sul-africana Mondi, que já atuou no país até meados dos anos 1990 quando a então subsidiária da Anglo American detinha um terço da Aracruz Celulose. Ela vendeu sua participação para a Votorantim. E hoje é a favorita na disputa, segundo apurou Época Negócios.

Por fora, corre a finlandesa UPM. A empresa busca matéria-prima para suas antigas fábricas de papel na Europa, mas tem sido apontada com menores chances na disputa.

Dispostas a colocar dinheiro na operação, as empresas querem, porém, uma garantia de que possam vender eventualmente o excedente de celulose no mercado caso haja uma superoferta de matéria-prima, o que bate de frente nas intenções da empresa brasileira.

O presidente da Suzano, Antonio Maciel Neto, jura em cartório que o negócio ainda está longe de acontecer. Por André Vieira
Fonte:epocanegocios29/02/2012

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