A venda de cerveja no mundo praticamente patina, mesmo em mercados emergentes como o Brasil. Em 2011, segundo a Euromonitor, o consumo mundial da bebida cresceu 7% em valor, atingindo vendas de US$ 617,5 bilhões, e subiu só 2% em volume. No Brasil, o consumo em litros subiu 4%, o dobro da média mundial, mas ainda assim um índice tímido, enquanto o faturamento saltou 22%, para R$ 75,2 bilhões.
Nesse cenário, só restam duas opções às grandes cervejarias: crescer agregando valor ao produto – estratégia limitada nos mercados emergentes, por conta do tíquete médio mais baixo – ou viaaquisições. Essa segunda via vem sendo analisada com atenção por empresas globais como AB Inbev, Heineken, Carlsberg, SAB Miller e Kirin. Todos esses estão interessados na Starbev, segundo “The Wall Street Journal” e a “Bloomberg”.
Praticamente desconhecida no Brasil, a Starbev é uma das principais cervejarias do Leste Europeu e Europa Central. Com a AB Inbev, já mantém uma relação comercial, uma vez que a empresa se responsabiliza pela produção e distribuição da marca Stella Artois nos países onde atua. Em se tratando do próprio portfólio, a Starbev aposta na Staropramen, a marca mais vendida em Praga, sede da Starbev, que quer tornar o produto global.
Também constam do mix da cervejaria as marcas Bergenbier, Borsodi, Jelen, Kamenitza, Niksicko e Ozujsko. A Starbev tem operações na Bósnia, Bulgária, Croácia, República Tcheca, Hungria, Montenegro, Romênia, Sérvia e Eslováquia. O faturamento anual da cervejaria gira em torno dos € 700 milhões. Comandada pelo executivo Alain Beyens, a empresa tem 4 mil funcionários.
Fonte:ValorEconômico23/02/2012
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