30 janeiro 2012

Número de fusões e aquisições globais cai 14% no 4º tri, diz estudo

Queda é sobre 3º trimestre de 2011, diz Ernst & Young.
Número de acordos com companhias brasileiras caiu 16%.

O número de fusões e aquisições mundiais caiu 14% no quarto trimestre de 2011, em comparação ao trimestre anterior, e 18% em relação ao mesmo período em 2010, segundo a pesquisa M&A Tracker, divulgado nesta segunda-feira (30) pela consultoria Ernst & Young.

Globalmente, o valor das transações caiu 25% em relação ao trimestre anterior, ficando no nível mais baixo desde o primeiro trimestre de 2010

No Brasil, o número de acordos mirando companhias brasileiras registrou uma queda de 15% no terceiro trimestre e de 16% no último trimestre do ano – ambos em comparação ao período anterior.

Globalmente, o valor das transações caiu 25% em relação ao trimestre anterior, ficando no nível mais baixo desde o primeiro trimestre de 2010. Já o valor médio dos acordos no último trimestre ficou em US$ 277 milhões, o que representa uma queda de 13% sobre o terceiro trimestre.

“A queda no volume e no valor dos acordos foi globalmente desencadeada por uma contínua incerteza provocada pela crise da zona do euro e de seus efeitos na economia global”, avalia Ricardo Reis, líder de fusões e aquisições da Ernst & Young Terco, em nota.

No Brasil, Reis avalia que a queda na quantidade de acordos no quarto trimestre parece ter sido parcialmente regida por uma pausa para reavaliação estratégica dos investidores estrangeiros por empresas brasileiras.

O valor médio dos acordos para transações envolvendo o Brasil como alvo está agora em US$ 293 milhões. “Acordos envolvendo o Brasil como alvo também estão levando um tempo maior para serem concluídos. Houve uma queda na velocidade de conclusão, que, atualmente, está em seu mais baixo nível desde o primeiro trimestre de 2010”, diz Reis, na nota.

Globalmente, o quarto trimestre de 2011 registrou uma queda acentuada também nas atividades transnacionais, as quais representaram 30% de todas as transações globais. Os últimos três trimestres do ano registraram uma alta proporção de acordos em dinheiro, reflexo da depreciação do preço das ações, o que fez do financiamento via ações uma opção pouco atrativa, diz a consultoria.

Regiões e setores
Todas as regiões do mundo registraram um declínio nas atividades de fusões e aquisições no quarto trimestre quando comparadas ao terceiro. A queda foi atenuada pelo volume de acordos na Ásia (declínio de apenas 6%) e em países denominados pelo estudo como MENA (que são o Oriente Médio, Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Tunísia e Iêmen), cujo declínio foi de 9%.
Os campeões em queda por valor de acordos foram Europa Central e do Leste (61%) e Oceania (51%).

Na Europa Ocidental, em volume houve uma queda de 18%, enquanto que, em valor, a queda foi de 22% - ambas maiores do que na América do Norte (que inclui Canadá, EUA e Porto Rico), com declínio de 14% e 21%, respectivamente.

A América Latina, por sua vez, registrou uma queda de 20% em número de acordos e de 36% em valor.
Fonte:G130/01/2012

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