Destaque do mercado de comparação de preços na América Latina, após colocar em prática a estratégia de comprar outras empresas, o Buscapé enfrenta agora gigantes da web. E não apenas pela preferência do consumidor. No fim de dezembro, a empresa ingressou com representação no Ministério da Justiça contra o Google, que lançou em setembro do ano passado o Google Shopping.
A queixa é de que apenas os produtos da empresa aparecem com foto na página de busca do Google, o que os torna mais atraentes aos internautas. Como a gigante norte-americana detém 95% do mercado brasileiro de buscas, e possui grande poder para alavancar seu novo serviço, argumenta-se que eles praticariam concorrência desleal.
O Buscapé questiona também a ordem em que os sites de comparação de preços aparecem no resultado da mesma pesquisa. Apesar de novo na internet - e supostamente por isso sem a mesma relevância na web em relação aos concorrentes mais antigos e tradicionais -, o Google Shopping já surge em posição considerada privilegiada pela empresa brasileira.
Há dois anos, o Buscapé intensificou seu processo de internacionalização para alcançar a liderança na América Latina. Atualmente, a empresa tem escritórios no México, Chile, Argentina e Colômbia, além de Espanha e Estados Unidos. Essa presença faz com que o site acumule cerca de 30 milhões de visitas mensais e tenha mais de 11 milhões de produtos cadastrados.
Por conta dessa estratégia, onze empresas foram incorporadas ao grupo, entre as quais os sites QueBarato!, Pagamento Digital, SaveMe, Bondfaro, e-bit e Lomadee. No início do ano passado, buscando novas oportunidades, o site lançou o 'Desafio Buscapé, sua ideia vale R$ 1 milhão', concurso que premiaria empresas iniciantes com projetos focados em comércio eletrônico móvel ou em comércio eletrônico baseado em redes sociais. Com a iniciativa, o grupo prometia comprar 30% do novo empreendimento.
Cerca de 800 empresas participaram do concurso, que terminou com quatro vencedores, em vez de apenas um, como previsto inicialmente. "Novas oportunidades surgem todos os dias e nós usamos as aquisições como forma de inovação para atuar em áreas que não conhecemos bem, mas precisamos experimentar", afirma Romero Rodrigues, um dos criadores do Buscapé. Com o desafio, o empresário diz ter identificado uma série de novos negócios interessantes para o grupo.
Fonte:OEstadodeSP25/01/2012
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