22 dezembro 2011

Fibria sente peso da dívida e quer mudar indicador

A crise internacional que pesou sobre as dívidas do setor de papel e celulose está se mostrando mais forte do que o apresentado pelos executivos das empresas durante a divulgação de seus resultados do terceiro trimestre.

Três dias depois de a Suzano divulgar que pretende renegociar os prazos com os portadores de seus títulos de dívidas (debêntures), ontem foi a vez da maior produtora de celulose de fibra curta do mundo, a Fibria, de anunciar uma medida semelhante.

Em comunicado enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa, resultado da união entre a VCP e a Aracruz e que nasceu com uma dívida de R$ 13,5 bilhões em 2008, negociará com instituições financeiras os chamados covenants financeiros, ou seja, vai renegociar os termos contratuais de endividamento da companhia definidos na captação de R$ 2,5 bilhões para financiamento de exportações.

Ao fim do terceiro trimestre deste ano a empresa reportou dívida líquida de R$ 9,5 bilhões, uma relação que ultrapassava 4,2 vezes o resultado antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês). Esse nível é o maior desde o verificado pela empresa desde o segundo trimestre de 2010 quando chegou a 4,7 vezes. Esse aumento se deu pela valorização de 19% do dólar, moeda na qual a empresa possui a maior parte da dívida.

Na assembleia geral do próximo ano, será feita a proposta de distribuição de dividendos acima do mínimo obrigatório até julho de 2012. Por Maurício Godói Fonte:DCI22:12:2011

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