Para acelerar o desenvolvimento da atividade turística no Brasil, o Ministério do Turismo prepara um Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC do Turismo, previsto para 2012. De acordo com Vieira, a oferta de crédito para o setor, no Brasil, evoluiu de R$ 1,1 bilhão em 2003 para R$ 6,7 bilhões em 2010.
O ministério prepara junto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um mapeamento da oferta hoteleira no Brasil.
O documento pode incluir metas de desoneração tributária em atividades ligadas a hotéis, aluguéis de carro e até combustível para aviões. "Pesquisas indicam que novos projetos na área devem atingir cerca de 9 bilhões em investimentos, somente em hospedagem, até 2016".
Segundo Vieira, o ministério também quer apoiar pequenos e médios empreendedores. "Os empresários precisam atentar para a qualidade dos projetos", explica. "É preciso incluir o máximo de informações para a tomada de decisão de investimentos."
Segundo o jordaniano Taleb Rifai, secretário-geral da Organização Mundial do Turismos (OMT), a atividade é o maior meio de transferência de fundos voluntários e tem a vantagem de gerar oportunidades locais de renda. "O turismo cria emprego nos locais onde as pessoas moram", explica.
Segundo a OMT, 25 milhões de turistas visitaram a América do Sul em 2010 e este número deve saltar para 58 milhões em 2013. "Essa indústria precisa descobrir como incluir outros setores na sua cadeia produtiva", afirma. "O turismo tem de ser bom para a população local, antes de ser útil para os visitantes".
De acordo com o Fernando Carrilo-Florez, representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Ceará é o Estado com maior presença nas atividades da instituição no país. "Somente por meio do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), o BID prevê investir entre US$ 8 bilhões e US$ 12 bilhões no país e US$ 1 bilhão será destinado ao Ceará." A secretaria de turismo cearense prevê que 975 mil turistas visitarão o Estado na alta estação, de dezembro de 2011 a fevereiro de 2012, 8,5% a mais do que na temporada passada. Do total, apenas 58 mil virão do exterior.
Para Márcio Favilla, diretor-executivo de competitividade, relações externas e parcerias da OMT, o Brasil precisa andar a passos largos para acompanhar o ritmo do desenvolvimento do setor em outros países – até 2010, o país não apareceu na lista dos de3z principais destinos do mundo. "Par5a explorar esse potencial, é essencial conscientizar a sociedade quanto à importância da atividade turística e integrá-la à agenda política." Segundo o especialista, o turismo representa uma "ferramenta poderosa" para o desenvolvimento econômico e social, redução da pobreza por meio da criação de emprego e renda, além de atração do investimento privado, desenvolvimento de infraestrutura e geração de receitas de exportação.
Fonte:ValorEconômico20/12/2011
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