22 novembro 2011

Redes Convergentes na Copa do Mundo no Brasil

Uma estimativa realizada pela Brasscom (Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia e Comunicação) e pela consultoria AT Kearney aponta que R$ 57 bilhões serão investidos em infraestrutura para a realização da Copa do Mundo de 2014, sendo que o setor de TI responderá por 10% desse montante, concentrando grande parte dos investimentos do mundial.

Por isso, a aproximação do evento vem gerando uma corrida frenética das empresas fornecedoras de tecnologia da informação e telecomunicações, para desenvolver soluções e serviços capazes de atender a demandas específicas que as construções de estádios esportivos requerem.

Sem dúvida, a adoção de redes convergentes, ou seja, uma rede única e integrada de TI com sistemas de cabos estruturados que suportam um grande número de aplicações de automações e serviços de uma construção, será a principal tendência nesta Copa. Só por meio dessas redes é possível implementar com sucesso soluções integradas que envolvem comunicação de voz, vídeo e dados e sistemas de automação como aquecimento, ventilação, acesso e segurança.

Consideradas hoje pelo mundo da arquitetura e engenharia de TI uma das tecnologias mais inovadoras, as redes convergentes estão cada vez mais sendo indicadas para novos desenvolvimentos. No caso dos estádios, elas se aplicam 100% já que uma rede convergida ou ‘inteligente’ é vital para sincronizar a automação de vários sistemas relacionados a este tipo de construção.

O uso de uma rede única e integrada substitui a utilização de um grande número de redes separadas ou aplicações para cada um dos sistemas Com base nessa vantagem, tem aumentado o número de stakeholders conscientes dos benefícios de contar com uma rede convergente para todos os serviços técnicos tradicionais. Consequentemente, a demanda por profissionais que busquem aplicar seu conhecimento com este conceito em mente também irá aumentar.

Além dos benefícios já citados, quem opta por uma rede convergente contribui para a preservação da natureza. Como é necessário menos cabeamento em uma rede convergente do que em uma instalação de redes independentes, a quantidade de material usado e de lixo gerado é menor, o que reduz o impacto imediato no meio ambiente. Tudo isso vai ao encontro à necessidade de demonstrar comprometimento com aspectos verdes o que leva a uma política mais ética em relação ao gerenciamento responsável e sustentabilidade. Acredito que o Green Building Council do Brasil aprovaria esses projetos e eles podem até tentar obter a certificação LEED (Leadership in Energy & Enviromental Design).

Outro ponto que merece ser destacado, em conjunto com as redes convergentes, é a importância do planejamento na execução dos projetos. Com a experiência que adquiri em projetos de estádios ao redor do mundo, percebi nitidamente uma lacuna entre o planejamento e a execução.

Na grande maioria dos casos o planejamento é deixado de lado, ou para a última hora, colocando em risco a integração dos diversos sistemas envolvidos. Para que isso não ocorra, as integradoras de TI devem iniciar seu trabalho com um planejamento eficaz, levando a uma execução dentro do prazo e orçamento estipulado pelo construtor.

Os estádios da Copa do Mundo de 2014 precisam ser inteligentes para garantir uma transmissão digna de primeiro mundo. Isso só será viável por meio da contratação de fornecedoras de TI que estejam na vanguarda da concepção, desenvolvimento e gerenciamento de projetos para a entrega de soluções tecnológicas para um ambiente construído. Por Leonardo Nogueira
Fonte:DecisionReport21/11/2011

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