Das dez marcas mais valiosas do mundo atualmente, seis são do setor de tecnologia.
A conclusão é da Interbrand, consultoria de marcas (branding), na 12.ª edição do ranking 100 Melhores Marcas Globais. Coca-Cola segue como a marca mais valiosa do mundo, segundo o levantamento. A fabricante de bebidas vale US$ 71,8 bilhões, aumento de 2% em relação ao levantamento anterior, quando valia US$ 70,4 bilhões.
A segunda marca mais valiosa é a IBM, que se valorizou 8%, de US$ 64,7 bilhões em 2010 para US$ 69,9 bilhões na edição 2011.
Em seguida, aparecem, na ordem: Microsoft, Google, GE, McDonald’s, Intel, Apple, Disney e HP.
Dessas, a que mais cresceu foi a Apple, que saltou da 17.ª colocação no ano passado para a 8.ª posição neste ano. “A Apple aumentou seu valor de marca em 58% e pela primeira vez se encontra entre as 10 maiores”, diz o diretor da Interbrand do Brasil, Alejandro Pinedo.
Além de Apple, a Amazon.com (26.ª), Google (4.ª) e Samsung (17.ª) são as quatro empresas que mais subiram no ranking. Uma das poucas novatas é a HTC (98.ª), fabricante de aparelhos móveis. “O setor é extremamente valorizado. Entretanto, algumas empresas de tecnologia enfrentam grandes problemas”, disse Pinedo, citando como exemplo a Nokia, que caiu da 8.ª para a 14.ª posição, após enfrentar forte concorrência em smartphones.
Automotivo
Pinedo lembra ainda que o último ano foi marcado por uma melhora nos mercados, depois da crise de 2008 que acabou abalando o desempenho das companhias também em 2009. A melhora do humor no ano passado, segundo ele, contribuiu para o ressurgimento da indústria automotiva americana e a alta demanda por carros na China.
Dessa forma, a Toyota (11.ª) mantém sua posição como a maior marca automotiva no estudo. E como novidade, a Interbrand informa que a Nissan Motor, a segunda maior fabricante de veículos do Japão e ausente das Melhores Marcas Globais desde 2007, retornou ao ranking agora, na 90.ª posição.
A próxima edição do ranking deve apresentar reflexos do cenário de turbulências nos mercados da Europa e EUA. Porém, como ressalta Pinedo, para uma marca permanecer na lista das mais valiosas é importante “manter a consistência, relevância e comprometimento, especialmente em época de mudanças”.
Conforme o levantamento, o mercado financeiro é um dos que continua lutando para manter o valor das marcas após a crise econômica de 2008. Citi (42.ª posição), Barclays (79.ª), Credit Suisse (82.ª) e UBS (92.ª) viram uma pequena redução no valor de suas marcas. Porém, algumas instituições financeiras com sede na Europa registraram crescimento de 5% ou mais, como o suíço Zurich (em 94.° lugar) e o espanhol Santander (68.°). Por Vanessa Stecanella
Fonte:estadao05/10/2011
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