A rede de franquias de depilação foi adquirida pela LaserStar na semana passada
São Paulo – Depois de ter o seu principal equipamento de trabalho suspenso pela Anvisa, a rede de franquias de fotodepilação D’Pil amargou problemas com mais de 20% dos seus 450 franqueados. Para retomar a operação, a empresa JC Comércio de Produtos de Beleza e Máquinas de Depilação Ltda, detentora da marca D’pil, acaba de ser vendida para um de seus principais concorrentes, a rede LaserStar.
A transação, que correu de forma sigilosa, não teve o valor divulgado e foi fechada no dia 13. Segundo Edgard Castro, diretor comercial da LaserStar, a negociação não durou mais de 30 dias. “Um dos nossos acionistas viu a oportunidade de fazer esta aquisição e tinha os recursos para isso”, conta.
Segundo um comunicado enviados aos franqueados da D’Pil ontem, a JC não estava disponível para venda mas os problemas com a rede e a necessidade de reestruturação fizeram com que a empresa aceitasse aaquisição
“Temos condições de solucionar os problemas dos franqueados e os compromissos serão cumpridos. Os problemas com a D'Pil serão analisados de forma individual”, diz Castro.
O executivo não soube dizer quais serão as providências da empresa para que os franqueados que estão parados há vários meses voltem a operar. “Acredito que em 90 dias teremos condições de dar soluções e continuidade ao trabalho dos franqueados”, explica. Segundo ele, o principal interesse da LaserStar, no mercado há 1 ano e meio, com a compra é estruturar e consolidar o mercado de fotodepilação.
Após a compra, as duas marcas vão permanecer separadas e como concorrentes para o mercado. “Não haverá convergência das marcas porque o conceito da LaserStar é diferente e permite que o franqueado agregue serviços à franquia”, conta. Nos últimos 5 meses, desde que começou a comercializar franquias, a empresa vendeu 50 unidades e, até hoje, tem 17 clínicas abertas.
om a venda, o atual diretor da D’Pil Danny Kabiljo deixa o comando da franqueadora nas mãos de Marlon Sampaio, até então diretor comercial da LaserStar. “O que se tem no curto prazo é esta mudança. Outras reestruturações já estavam sendo feitas”, diz Castro. No comunicado enviado aos franqueados, Marlon Sampaio garante que “o foco agora é solucionar os problemas e regularizar o atendimento das unidades impactadas”.
Uma reunião com o conselho de franqueados foi marcada para o dia 25. Até agora a D'Pil propôs um plano emergencial aos franqueados que estão sem operar. A empresa fechou uma parceria com a Bioset para o fornecimento das máquinas de luz pulsada aos franqueados - que devem pagar do próprio bolso pelo maquinário. "O valor do equipamento vai ser abatido do restante que seria pago pela franquia", explica Sampaio.
Nos casos em que houve o pagamento de 100% do negócio, o franqueado pode montar uma segunda unidade quando as outras máquinas forem liberadas pela Anvisa. "Essa proposta serve para boa parte dos franqueados. Para quem não for interessante, vamos conversar e analisar caso a caso", diz. Segundo o novo executivo responsável pela D'Pil, o grande objetivo é injetar capital e solucionar os problemas da rede.
Entenda o caso
Desde abril, mais de 20% dos 450 franqueados da D’Pil enfrentam problemas para funcionar. A máquina fornecida pela franqueadora não tem autorização da Anvisa para ser usada no Brasil. Com isso, quem já tinha o equipamento foi proibido de usá-lo e quem comprou a franquia e estava na fila não recebeu o maquinário, que está suspenso no porto.
A D’Pil garante que foi enganada por um de seus fornecedores e esperava a liberação da Anvisa ou a chegada de novos equipamentos para abastecer a rede. Por Priscila Zuini
Fonte:Exame19/10/2011
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