Experian, grupo com sede em Dublin (Irlanda) que lidera o mercado mundial de dados sobre risco de crédito, está aumentando o seu braço de marketing e o Brasil está no foco. A receita do grupo na América Latina no ano fiscal terminado em março cresceram 19%, para US$ 722 milhões, e o mercado brasileiro responde por mais de 80% desse valor.
A área de informações para risco de crédito ainda é 95% da receita da América Latina, mas a tendência é que fique menor pois outras áreas como a de serviços de marketing e de consultoria devem crescer nos próximos anos, diz Juliano Marcilio, presidente da unidade de serviços de marketing da Serasa Experian na América Latina. No faturamento global da Experian, a venda de dados sobre risco de crédito é de 40%.
No Brasil, a Serasa Experian passou a dominar o mercado de e-mail marketing há dois meses, quando comprou a Virid, por valor não informado. O seu fundador Walter Sabini Jr deve permanecer até o fim do ano na Virid, que deve registrar faturamento de R$ 18 milhões neste ano. É o dobro das vendas feitas em 2010. “O que notamos é uma demanda crescente por e mail marketing no mercado de varejo on-line. As varejistas precisam falar com seus clientes”, diz Sabini Jr, que ainda não decidiu o que fará a partir de janeiro, mas certamente será algo na internet.
A Virid já tem serviços em português, inglês e espanhol e o plano é levar seus produtos para outros países da América Latina como Colômbia, México, Argentina e Chile, onde a Experian já atua.
A aquisição da Virid vem na esteira de outras feitas no Japão e na Alemanha, também na área de e-mail marketing. A Experian, que faturou no mundo US$ 4,2 bilhões no ano fiscal encerrado em março, afirma que é a maior fornecedora de serviços de marketing por e mail. Marcilio diz que novas aquisições poderão ocorrer na América Latina, mas não na área de e-mail marketing.
Sabini Jr, que dá aulas na Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre marketing, observa que o serviço prestado pela Virid não se trata de enviar “spams”, aquelas mensagens que ninguém gosta de receber. O serviço de e-mail marketing evoluiu e as mensagens são enviadas a pessoas que deram sinal verde para receber esse tipo de serviço. Já foi criado no Brasil o Código de Autorregulamentação para a Prática de E-mail Marketing, mas é um mercado que ainda carece de dados e de uma associação que reúna as empresas do setor. Por Cynthia Malta
Fonte:valoreconomico22/09/2011
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