16 setembro 2011

Possíveis compradores já cortejam o Yahoo

O Yahoo Inc. vem sendo procurado por possíveis interessados em adquirir a empresa de internet, toda ou parte dela, agora que ela se concentra em estabilizar seu corpo de executivos e aumentar seus negócios de anúncios on-line, segundo pessoas a par do assunto.

Executivos da firma de private equity Silver Lake Partners estão entre os pretendentes que procuraram os dirigentes do Yahoo sobre um possível acordo, mas o Yahoo não se reuniu com dirigentes dessa firma, segundo uma das pessoas a par do assunto. Não ficou claro qual foi, exatamente, a proposta da Silver Lake.

O Yahoo já sinalizou a possíveis pretendentes que não está sob pressão para fechar um acordo rapidamente, disse uma pessoa a par da situação.

Conselheiros do Yahoo conversaram sobre os pretendentes em uma reunião regular do conselho na quarta-feira, segundo pessoas a par da situação. Na semana passada, a demissão da diretora-presidente do Yahoo, Carol Bartz, gerou dúvidas sobre a direção estratégica da empresa de internet e sua possibilidade de sobreviver como entidade independente.

Os conselheiros vêm dando prioridade à avaliação de uma venda de toda ou parte da empresa, e não à procura de um novo diretor-presidente, segundo uma das pessoas. Mas o conselho não tomou grandes decisões sobre o futuro do Yahoo. Abrir a empresa à possibilidade de uma venda reflete o reconhecimento de que o Yahoo enfrenta inúmeros desafios de crescimento de longo prazo, em meio à crescente popularidade de redes sociais como o Facebook Inc. e dos dispositivos móveis e aplicativos direcionados a eles.

Embora a receita do Yahoo não tenha aumentado nos últimos anos, a empresa continua a dar lucro. Seus executivos estão buscando iniciativas estratégicas, tais como fazer uma oferta de compra do site de vídeos Hulu LLC e fazer uma nova parceria de publicidade com a Microsoft e a AOL Inc., um esforço das três empresas para competir melhor com o Google Inc., disseram pessoas a par do assunto.

Os membros do conselho também discutiram a possibilidade de fazer outras aquisições estratégicas, ou mudar o tipo de investidores que detêm ações do Yahoo, segundo uma pessoa. O conselho também discutiu as operações internas da empresa sob o comando do diretor-presidente interino Tim Morse, segundo pessoas a par da situação.

As participações do Yahoo na Ásia – 40% do Alibaba Group Holding Ltd., com sede na China, e 35% do Yahoo Japan – são um ponto focal das discussões do conselho, disseram pessoas a par do assunto. Esses ativos representam de um terço a metade dos US$ 18 bilhões que se calculam que seja o valor de mercado do Yahoo, segundo analistas da B. Riley & Co. e da Stifel Nicolaus & Co.

Algumas firmas de private equity que estudam a possibilidade de fazer uma oferta pelo Yahoo indicaram, em conversas particulares, que não pretendem apresentar proposta a menos que os ativos asiáticos da empresa sejam vendidos, tornando o Yahoo menor e mais fácil de adquirir.

Mas o conselho do Yahoo acredita que alguns possíveis pretendentes estariam interessados em adquirir a empresa inteira, segundo uma pessoa a par do assunto.
Os conselheiros descartaram a hipótese de desmembrar os ativos asiáticos do Yahoo em uma empresa separada prevendo a provável oposição da comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, a SEC, já que as finanças do Alibaba são, em grande parte, desconhecidas, segundo uma pessoa a par da situação.

O Yahoo passou meses procurando maneiras de aumentar o valor de seus ativos asiáticos, ou de vender essas participações, segundo pessoas a par da situação. Tais discussões foram complicadas pelas conseqüências fiscais de uma venda e por desentendimentos com o Alibaba sobre o valor da participação do Yahoo nessa firma chinesa de comércio eletrônico, entre outros fatores, segundo essas pessoas.

O investidor ativista Daniel Loeb, cujo fundo de hedge Third Point LLC divulgou, na semana passada, que detém participação de mais de 5% no Yahoo, continuou a criticar a diretoria do Yahoo esta semana, pedindo que seus membros se demitam. O conselho da empresa não está preocupado com essa agitação e não tentará impedir Loeb de obter mais ações, disseram pessoas a par do assunto.
Fonte: WSJAmericas15/09/2011

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