Com a facilidade do caixa garantido, as concessionárias de rodovias conseguem – mesmo com pouca injeção de capital próprio em novos investimentos (geralmente 30%, segundo analistas) – captar empréstimos para expandir ainda mais seus negócios.
Principalmente para aquisições de outras empresas.
A CCR, por exemplo, adquiriu por R$ 947,2 milhões em agosto do ano passado o controle da concessionária SPVias – que administra 510 quilômetros de estradas no Estado de São Paulo, como nas rodovias Castello Branco e Raposo Tavares. Para os investimentos na concessionária, foi feita uma emissão de debêntures no valor de R$ 800 milhões. Segundo o grupo, a aquisição foi o principal motivo para o aumento de 28% da dívida em 12 meses.
No caso da EcoRodovias, a última aquisição foi concluída em dezembro, quando passou a ter controle acionário do Terminal de Cargas e Armazéns Gerais Columbia e do EADI Sul por meio de sua controlada Elog. O valor foi de quase R$ 270 milhões e houve emissão de R$ 170 milhões em debêntures privadas para pagamento de parte da operação.
O capital próprio nesses investimentos gira em torno de 30%, enquanto aproximadamente 70% é oriundo de terceiros, segundo Fernando Camargo, da LCA. “Pode ser alto em empresas em geral, mas é aceitável para esse tipo de empresa, cujo risco é baixo”.
Segundo ele, mesmo com o uso intensivo de capital de terceiros por parte das companhias, os 30% próprios representam um alto custo. “Isso não é pouca coisa. Estamos falando de projetos de milhões. Então, essa porcentagem já significa um grande investimento por parte das empresas”, defende Camargo.
Fonte:valoreconômico05/09/2011
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