O BTG Pactual e a corretora Celfin, do Chile, assinaram há uma semana um memorando de entendimentos com as linhas gerais da transação em que o banco brasileiro adquirirá a instituição chilena. O fechamento da aquisição, com assinatura do contrato definitivo, está previsto para ocorrer dentro de 45 dias e depende da realização das auditorias nas contas da Celfin, a chamada "due diligence".
Segundo o Valor apurou, o BTG pagará pela Celfin cerca de US$ 600 milhões. A maior parte será em ações, o que dará aos sócios chilenos um pequeno percentual do banco controlado por André Esteves. O banqueiro, por sinal, foi a Santiago no fim da semana passada para dar uma palestra sobre a transação aos funcionários da Celfin e apaziguar os ânimos.
A intenção do BTG é criar uma plataforma regional para o banco e, com isso, dar início a uma sonhada internacionalização. A Celfin atua em corretagem, fusões e aquisições e gestão de recursos e fortunas. Tem posição de liderança no mercado Chileno e no Peru e iniciou suas operações na Colômbia.
Inicialmente, a operação foi comunicada como uma fusão. Mas a Celfin é muito menor que o BTG e trata-se de uma aquisição. A Celfin deve lucrar cerca de US$ 48 milhões em 2011. A instituição - criada em 1988 por Juan Andrés Camus e Jorge Errázuriz - encerrou o ano passado com ativos totais de 80 bilhões de pesos chilenos, equivalente a cerca de R$ 274 milhões, de acordo com balanço disponível no site da instituição. Já o BTG possuia R$ 73,7 bilhões em ativos em dezembro passado, conforme balanço no padrão contábil brasileiro (BR Gaap). O lucro consolidado da instituição atingiu R$ 810 milhões em 2010, o que representa um crescimento de 29% em relação ao ano anterior.
No Chile, o BTG terá como concorrente o Itaú, que no início do mês anunciou uma associação com um dos maiores bancos do país vizinho, o Munita, Cruzat & Claro (MCC).
Fonte:valoreconomico02/09/2011
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